terça-feira, outubro 31, 2006

terça-feira, outubro 24, 2006

segunda-feira, outubro 23, 2006

sexta-feira, outubro 06, 2006

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Ontem chorei com uma comédia... e não foi só de me rir. Uma simples frase sobressaltou-me com questões que sustentam a minha própria existência: "Family first."
Não sou uma pessoa religiosa nem defendo a ideia de família enquanto santíssimo sacramento. Acredito que a ambição é um valor importante nos dias que correm. Acredito que há pessoas ambiciosas que fariam tudo, largavam tudo, para conseguir um cargo mais alto na empresa, a tal promoção, o aumentozinho e todos os restantes benefícios profissionais que não só significariam maior sucesso, mas também um maior ego, mais dinheiro e melhor qualidade de vida. Mas será mesmo assim? Como em várias ocasiões onde um silêncio incómodo se impõe,
recorro-me de uma célebre frase do mundo da banda-desenhada, neste caso do tio do Homem-Aranha: "With great power comes great responsability."
Num mundo em fast-forward, onde um ser-humano se dedica incondicionalmente ao seu
trabalho em detrimento da família, do lazer, do prazer, transformando-se numa máquina fria em piloto-automático,  é muito fácil perder-se a noção das prioridades, dos pormenores, do carinho, das verdadeiras emoções. Eu não vivo para trabalhar e tenho raiva de quem vive. Trabalho para viver, se possível com melhores condições do que se não trabalhasse. Considero que obtive sucesso quando vejo o meu trabalho reconhecido, mas não trabalho para me reconhecerem. Prefiro surpreender do que corresponder às espectativas. Tenho o ego guardado para ser valorizado por quem me ama, não por quem me paga.
Mesmo se eu viver em fast-forward sei que o mundo vai demorar as mesmas 24 horas a rodar sobre si mesmo. Essa ligeireza basta-nos, a mim e ao mundo, para sermos felizes. Family first. Play.