quinta-feira, dezembro 28, 2006

E já agora...


Boas entradas! 

sexta-feira, dezembro 22, 2006

quinta-feira, dezembro 21, 2006

O Natal é fodido...


Desejo a todos os leitores assíduos deste blog, aos voyeurs casuais, aos que se enganaram a escrever "bulimia" no Google e vieram aqui parar, aos que souberam deste blog através de amigos e deixaram de ser amigos desses amigos por não terem gostado do que aqui se escreve, aos que concordam comigo, aos que discordam comigo, aos meus amigos, aos amigos dos meus amigos, às namoradas e amigas coloridas, às gajas boas, às gajas boas que também conseguem ser bonitas, às "meninas civilizadas", às que vão particiar amanhã no dia do ORGASMO PELA
PAZ
(um belo gesto natalício), às que vão participar nem que seja sozinhas, aos casais já casados, aos casais por casar, aos homens que dão valor às mulheres que têm, aos homens que dão valor às mulheres que ainda não têm, aos que procuram, aos que fazem, aos que não fazem, aos que sonham, aos que criam, aos que queriam e, finalmente, a mim, um Natal genuinamente selvagem!

update: E um feliz Natal também para as "cotas"!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

PORTUGAL DE... MIGUEL ESTEVES CARDOSO


De cabelos grisalhos, já muito afanado, com o mesmo tique da língua e feio como sempre, um dos escritores mais geniais e influentes da cultura portuguesa dissertou ontem na RTP 1 sobre Portugal. Foda-se, foi lindo. Numa conversa totalmente expontânea, conduzida por Rui Ramos, houve espaço para tudo. Da asneira mais rude à frase mais poética foi uma hora de constante
provocação analítica (ou análise provocadora) da realidade do país e do povo. No meio de risada incontrolável, consegui suster duas ideias: 1ª - Que todos os portugueses deviam ter um estrangeiro em casa para terem uma análise contínua e externa da realidade nacional, pois, segundo a mentalidade lusitana, só os estangeiros têm a capacidade de o fazer (mesmo os estrangeiros que só conhecem uma aldeia no interior da Escócia); 2ª (menos relacionado com a realidade portuguesa mas também) - Que o que as mulheres realmente querem se resume a
este simples poema de alguém-que-não-apanhei-o-nome:
"You'll go your way,
I'll go your way too."

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Jornalismo sequencial...




Record, O Jogo e A Bola... ou vice-versa.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

A maior prova de Amor (2ª vez)


Depois de ter escrito um texto magnífico sobre a minha noite de Wrestling da passada terça-feira, fui rasteirado à entrada da grande área pelo blogger beta e perdi todas as palavras, 
vírgulas e aforismos. Decepcionado com a minha própria falha tecnológica, não consegui
reescrever outro texto magnífico. Sendo assim, aqui fica um texto sobre o mesmo assunto
mas agora com toda a pojança da mediocridade (porque não consigo pensar noutra coisa para
escrever enquanto não tirar isto da cabeça...!).

Terça-feira fui ao Wrestling. Se fui na terça-feira é porque fui um dos fãs "harcore" que esgotou
o Pavilhão Atlântico no primeiro dia de venda dos bilhetes. Sou fã "harcore" de Wrestling
desde que me lembro de ter canais de satélite em casa. Antes da Tv Cabo e da Internet,
acompanhava o Wrestling através da Sky Sports, Eurosport, RTL, TNT e, posteriormente da
RTP 1 (com os comentários do António Macedo e do saudoso Tarzan Taborda). Com 12, 13 anos,
lendo assíduamente BD fantástica, os lutadores de Wrestling eram, aos meus olhos, super-heróis
de carne e osso. Porque o que me interessava eram as estórias da quais aquelas
personagens faziam parte. Não me interessava saber se eles realmente se aleijavam ou não
(era o mesmo que ir ao teatro e dizer: "Aquele actor que levou um tiro não morreu. Ele devia
 morrer realmente para a peça ser mais credível!") , ou se eram genuinamente maus ou bons.
O que me interessava era a forma como todas aquelas personagens com "poderes" (os golpes
individuais que definiam as suas vitórias) se interlaçavam em narrativas de traição, vingança e
justiça. Sim, porque o sentimento de justiça estava sempre presente, nem que fosse pelo
simples facto de todas as situações, por mais complexas que fossem, serem resolvidas num ringue segundo determinadas regras. Eles eram heróis, não só porque conseguiam muitas vezes
superar condições extremamente desfavoráveis, mas porque o seu carisma crescia a cada luta,
a cada queda, a cada gota de sangue e suor, a cada derrota e a cada vitória. Recordo também
que antes dos lutadores adoptarem nomes próprios (como agora é recorrente) usavam
alter-egos que ainda os fazia parecer mais personagens saídas dos livros de fantasia do que pessoas reais (Ultimate Warrior, Srg. Slaughter, British Bulldog, Hitman, Mr. Perfect,
The Giant, etc).

No entanto, na terça-feira pude constactar, finalmente ao vivo, que eles são reais. E que
praticam um desporto (sim, desporto!, se considerarem desporto um exercício que implica uma
determinada condição física, psicológica e atlética) que puxa muito pelo esqueleto. Obviamente que ao vivo tudo perde um pouco do encanto, a análise dos golpes é mais fria, reparamos nas expressões, nas palavras, nas falhas, nos exageros. Mas será que quando vamos ao circo vamos
para ver os fios que seguram os equilibristas ou vamos ver o espectáculo que eles proporcionam com as suas manobras arriscadas?
Confesso que estive durante todo o espectáculo com um tremor inerente ao estômago (afinal, o meu ponto fraco!) tal era o nervosismo de estar perante tais estrelas. A presença daquelas
figuras de estilo na minha realidade impediu que me soltasse o suficiente para aproveitar em pleno aquele momento. Não levei cartazes, não comprei merchandising, aplaudi pouco e gritei menos. Tudo porque estava feliz.
E agora chega o momento de explicar a razão do título deste post.
Na terça-feira fui ao Wrestling com a minha namorada. Menina delicada, nada dada a este tipo de confusões testoesterónicas, aceitou o meu convite e sentou-se ao meu lado para ver algo que nunca tinha visto na vida (nem na televisão!). Desconhecia aquele mundo por completo mas aceitou entrar nele por mim. Foi sem dúvida a maior prova de Amor que me deram na vida (não sei se vos parecerá estranho, mas eu cá sei da minha vida...). E como se não bastasse a sua companhia e o seu sorriso, ainda conseguiu fazer com que o tal tremor que me atacava o estômago se desvanecesse e gritou comigo, aplaudiu, assobiou, riu muito... Foi bom.
Lição a reter: Os gostos não se descutem, partilham-se.