quarta-feira, agosto 29, 2012

quinta-feira, agosto 23, 2012

terça-feira, agosto 21, 2012

Strawberry swing...

O mal de ter ideias pré-concebidas é que isso não nos deixa aprender nada. Quando pensamos que sabemos algo sobre um assunto só porque ouvimos de relance, porque alguém nos contou, porque "achamos isto" ou "consideramos aquilo", o mais certo é estarmos enganados. Seja sobre que temática for. Ter uma ideia fixa sobre um assunto já é algo pouco aconselhável, e se ainda por cima for criada a partir do éter ou, pior ainda, a partir da opinião dos outros, somos apenas mais uma das causas para uma sociedade desinformada e desequilibrada. A partir do momento em que trocamos a curiosidade pela certeza absoluta, estamos perdidos. Assim, desde cedo que aprendi que quando se tem dúvidas sobre alguma coisa, o melhor é ir à fonte. E, normalmente, quando não se pode falar directamente com as pessoas envolvidas no tema, as melhores fontes são os livros.
Neste caso, eu tinha uma enorme curiosidade sobre o mundo do Swing. Já há algum tempo que ouvia "soundbytes" sobre esse universo paralelo, mas raramente me demorei sobre o assunto. Dava para perceber desde logo que não era para todos e que seria algo ainda difícil de absorver numa sociedade, apesar de já haver um bom número de casais em Portugal que desfrutam desse tipo de relação.
Ao encontrar este livro, escrito na primeira pessoa por um casal português de swingers, decidi finalmente embrenhar-me neste mundo semi-oculto. O livro é fininho e lê-se num fôlego, mas as descrições das experiências e a racionalidade com que é escrito são desarmantes. Quando acabei de ler senti que aquele livro poderia convencer qualquer pessoa a iniciar-se no Swing, tal é o nível de honestidade com que foi escrito.
O que aprendi é que uma relação de swingers não se resume à necessidade de querer ter sexo com outras pessoas. E também não é uma traição consentida (como é dito algumas vezes) porque se é consentido, nunca é traição. A ideia por detrás de uma relação de swingers é, acima de tudo, a cumplicidade. Por isso é que normalmente só é feito por casais mais experientes ou com uma mentalidade mais aberta. No entanto, a regra de ouro é que ambos têm de estar na mesma onda. Ninguém força ninguém. Ou querem os dois ou não funciona. E nessa base, surge a outra grande ideia inerente ao swing: o altruísmo. Os casais swingers são, a meu ver, aquilo que de mais desenvolvido há nas relações humanas modernas. São pessoas que perceberam que não é justo condicionar a vida de outras pessoas. É ter prazer em que a pessoa que mais amam tenha o máximo de prazer possível. Incluindo prazer sexual. Porque perceberam que exigir que alguém tenha sexo com a mesma pessoa para o resto da vida é estar a impedir essa pessoa de desfrutar da sua própria vida, porque isso vai contra a natureza humana (e contra a natureza em geral). O sexo é apenas uma expressão física de prazer que não implica necessariamente um envolvimento emocional. Esse envolvimento emocional fica reservado para quem se ama e com quem se partilha tudo. Ao nível da dimensão humana, isto é tão revolucionário como evolucionário. Saber amar sabendo que a outra pessoa não nos pertence. Saber amar sabendo que não temos o direito de controlar o corpo ou as emoções alheias. E sabendo isso, aceitando isso, sermos amados para além de todos os limites possíveis. Porque é nesse altruísmo, nessa libertação, nessa esperança de recebermos de volta tudo aquilo que damos, que a cumplicidade e o amor se tornam maiores, e que o ser humano finalmente percebe que não está na terra para ser dono de nada nem de ninguém, apenas para cuidar e desfrutar daquilo que lhe faz bem a si e aos outros.
Agora... estas são as ilações retiradas do livro. Será que a realidade poderá deturpar este conceito? Presumo que não, mas já houve várias teorias ao longo da história que, quando postas em prática, muitas vezes não correspondem às expectativas... e outras houve que as superaram. Wanna swing?...

segunda-feira, agosto 20, 2012

Vacações...

Primeiro, o último Batman do Christopher Nolan: estou cada vez mais fã deste realizador. Depois dos outros dois, depois do Inception, vê-se que este homem percebe o que é uma boa história contada em filme. Neste último caso, a personagem do Bane ficou um bocado abonecada demais, mas o enredo deixa-nos sem fôlego. É daqueles filmes que precisa mesmo das duas horas e meia para contar a história toda. E que grande final!

Segundo, Ted: às vezes tenho paciência para o Seth Macfarlane. Outras vezes não tenho. Mas num dia de féria, tive paciência e fui ver. A minha testosterona disparou. É uma comédia adulta com um urso de peluche, feita deliberadamente para gajos. Num dia de paciência, e dentro dos parâmetros todos, achei muita bom! Pontos extra pela reverência ao Flash Gordon. Não estava nada à espera. DEATH TO MING!!!

Depois, o Algarve: pela primeira vez com uma pequena cria, tudo muda. Os horários, a stamina, as olheiras, as saídas, o volume alcoólico, a pedalada, etc e tal, principalmente quando somos o único triciclo. Foi ano de adaptação. Para o ano será melhor.
Finalmente, o Alentejo: em família, comida caseira, piscina no monte, noites quentes e dias melosos. Deu para recuperar algumas energias, mas as olheiras continuam lá.
Preciso de férias das férias...