Corro durante horas sem parar em nenhuma estação de serviço. A estrada é longa, embaraçada por vales e colinas. Chego ao destino sem um gota de água no depósito. Meto a mão ao bolso e apercebo-me que me esqueci da encomenda.
O slogan diz que o serviço é rápido, não diz inteligente.
A senhora em cadeira de rodas que esperava ansiosamente pela perna postiça, tem três anos úteis para reclamar...
segunda-feira, agosto 29, 2005
sexta-feira, agosto 19, 2005
Terrorismo
Estou em gerra com a Rita Guerra!
Desde que a Media Capital decidiu colocar os paineis "multimerda" nos átrios das estaçõe do Metropolitano de Lisboa, não há maneira de aqueles que têm de usar este meio de transporte diariamente se safarem de ouvir 32 vezes por minuto o refrão do último single desta "re-puta-da" cantora.
E é com este pequeno exemplo no nosso brando quotidiano que nos vamos apercebendo da facilidade com que se pode promover o terrorismo quando a escala de pressão psicológica é exercida a uma escala várias vezes superior.
Não tendo nós, meros cidadão, ovelhinhas alinhadas nas filas do matadouro com um sorriso nos lábios, à nossa disposição os mesmos meios de quem nos agride com massiças repetições de refrões estridentes, temos que recorrer ao terrorismo. A propaganda que a Media Capital pretende impingir desplicentemente ao comum transeunde que apenas deseja usar o meio de transporte mais rápido da cidade para ir trabalhar, é não só um atentado à liberdade de cada um, mas uma terrível pressão que não pode ser controlada pelo destinatário. Ao sentir-se pressionado, o ser humano tem tendência a reagir e se a sua única opção for subverter a lei para cumprir o seu objectivo, por vezes, uma reacção mais agressiva justifica-se a si mesma por um bem maior.
E com isto tudo, a Rita Guerra até nem tem culpa nenhuma... ou será que tem?
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