quarta-feira, julho 24, 2013

"Los Intocables"...

































© 2012 —Erik Ravelo

Esta é talvez a instalação artística que mais me tocou nos últimos anos... 
É de 2012 mas só descobri agora. É incrível como de uma forma tão simples e simbólica a arte nos faz enfrentar realidades verdadeiramente tenebrosas. Dá que pensar, muito...

sexta-feira, julho 19, 2013

A política que interessa...

Não sabia. Incrivelmente interessante, para não dizer absolutamente. A evolução social, a revolução social e a regressão social. O conhecimento que se adquire e que se perde. A vontade do povo vs a capacidade do povo. A liberdade vs a estruturação. O que se tem vs o que se deseja.
Num país que depois de perder tudo ainda se dividiu ao meio, descobriu mais sobre si do que aqueles que supostamente ganharam. A verdade nunca é só uma. Nunca somos só aquilo que dizem sermos.

quarta-feira, julho 03, 2013

Super cocó...


Este filme é cocó. É cocó não por ser um filme mau mas por ser uma decepção. Tinha tudo para ganhar. Zack Snyder, o realizador de 300. Henry Cavill, um casting perfeitamente credível para o papel  principal. E o genial Christopher Nolan como argumentista (com David Goyer, os mesmos que reavivaram Batman) e como produtor. E esta última parte é que lixou tudo. O Nolan entusiasmou-se com o sucesso de Batman. Já o terceiro filme dá umas indicações que já havia boa droga a rodar ali nos bastidores, havia coisas que não batiam certo. Mas desta vez era preciso que para ver o filme, em vez de dares óculos 3D, dessem pastilhas de ácido. E o maior problema chama-se Lois Lane. A Lois Lane chega e destrói toda a lógica da história a partir do momento em que respira. Mas antes de chegar à Lois (Amy Adams), é triste dizer que só mesmo o novato do Cavill e o muito respeitável Michael Shannon (General Zod) é que dão uma performance minimamente interessante. Todos os outros são fraquíssimos, quer na intensidade quer na entrega. Zero. Cocó. Em compensação, o realizador dá o litro desde o primeiro segundo e só acaba no último segundo. Não fosse isso e o filme seria pior que cocó, seria diarreia de sífilis com béribéri. Mas Snyder salva o filme do falhanço óbvio que já vinha do guião. Não sei se o Christopher Nolan, que me açoitou até ao infinito e mais além com o Inception, deixou o sucesso subir-lhe à cabeça ou se foi mesmo incompetência, mas a minha aposta vai mais para festa de crack bitchs gone wrong. Isto para não falar de pormenores que ainda chateiam mais quando tudo o resto é uma merda, como por exemplo um planeta longínquo que fala inglês mas um "S" não é um "S", horas de porrada onde nenhum cabelo ou roupa se desgastam, a merda da história do fato, a idiotice da consciência do pai, a explicação do plano em sonho quando podia perfeitamente ser feito na realidade, entre outras coisas mais ou menos picuinhas que chateiam. E isto sou eu a tentar não ser geek...
Mas para além disto tudo, o que me meteu mais nojo foi outra coisa: a subtileza católica apostólica. Que foda. O menino Jesus de capa. O recurso ao padreco em vez de ao próprio pai. A analogia do "sacrifício pela humanidade" com a imagem do calvário em fundo... que imposição é esta? Que sobreposição é esta de uma religião às restantes. É humilhante, é triste e é ridículo. Já me apeteceu espancar o Clint Eastwood no "Gran Torino" pela mesma razão, a religião que se sobrepõe às outras, que salva as outras, que se sacrifica pelas outras. Estúpido. Já para não entrar na cena da americanice... mas pronto, foram eles que o criaram, levem lá a taça.
E é isto...