quarta-feira, março 21, 2007

Rimar com arvére...















Subi a uma árvuri
fiquei para não descer
piquei-me na casca de nózi
nenhuma gata apareceu para me fazer um curativo e dar um beijo para não doer.

sexta-feira, março 16, 2007

"Lisboa, Cidade da Luz"


Este era o criativo "slogan contre Paris" da claque que mais animou a segunda-mão dos oitavos de final da taça UEFA no Estádio da Luz: os Diabos Vermelhos.

Foi a minha primeira vez (há que assumí-lo!) no novo estádio do SLB e, apesar de não ter ficado espantado com o estilo arquitectónico, senti que estava numa imensidão de betão... confortável. Sim, penso que esta seja a palavra mais correcta. Senti-me confortável. Sem ter dimensões excessivamente grandes, é um estádio amplo que, com uma composição humana quase total, ganha ainda maior imponência. Um palco perfeito para jogos emocionantes, onde sentimos as vibrações da multidão e vibramos com ela. Este é o palco ideal para a magia acontecer... como por exemplo, o golo do Petit! Que golo! Fdx, que golo! E eu estava lá! Mais bimbo que isto é difícil, eu sei, mas chega uma altura em que as nossas crenças crêem mais em nós que nós nelas e, neste momento, sinto-me, pela primeira vez, verdadeiramente benfiquista. Deslumbrei-me com o voo da Vitória, gritei Moreira em vez de Moreto, e sim, sofri com o desenrolar da partida, por estar a ver a minha equipa numa situação prericlitante. A minha equipa... finalmente.

Mas... ainda assim, a melhor equipa, aos meus olhos foi (e continua a ser) outra: a equipa das cheerleaders! Fora a indumentária (totalmente anti-sexy) são realmente uma equipa com grande potencial felino! Com as unhas de fora, só tenho uma coisa a dizer em relação a estas águiazinhas: "Deixa-as poisar!"

segunda-feira, março 12, 2007

As Barbies e os Defs


Tomando o fio à meada do comentário feito pelo Alexandr3 no post anterior, discutia exactamente a temática do novo reality show da TVI "A Bela e o Mestre" hoje com um grupo de felinas (ah, a perfeição da televisão chunga, quando o povo discute a temática de um programa de mau gosto. "Já ganhámos", gritam alguns. "Desde que falem de nós", gritam outros. "Somos imensamente bons a fazer merda", gritarão os senhores da Merdemol. "Sois sim", direi eu, "sois vós os maiores a lamber o escroto da cultura de um país que se quer ignóbil. Saboreiem-no bem.")
Falavamos nós, os felinos, míseros sonambulos. O que será mais preocupante? As mulheres que se sujeitam a um programa destes, onde são totalmente ridicularizadas, por pensarem que sim, as mulheres devem ser primeiro desejáveis e só depois responsáveis? Ou serão as mulheres que concebem, veiculam, apresentam e assistem a um programa destes, dando-lhe audiências e estatuto de prime-time, onde um verdadeiro cromo/"mestre" como o Zé Pedro Vasconcelos as espezinha com a sua estupidez/lucidez de forma inexplicavelmente ridicularizante e até intimidadora? Quaisquer que elas sejam, são elas que realmente se devem impor. Mas, claro, uma necessidade de imposição pode sempre ser catalizadora de radicalismos intransigentes e perigosos. Muitas poderão pensar que só se pode contrapor um extremo com outro extremo e poderão até tentar banalizar a beleza da mulher com a afoiteza do intelecto, sem entenderem o intelecto enquanto conceito assexuado, que não as distingue, apenas segrega a sua condição humana.
Uma imposição sexual implica uma diferenciação espectacular. Assim como se descobriu o poder da inteligencia emocional, proponho a descoberta da inteligência visual, do poder da imagem, do saber concretizar o interior através do exterior e de utilizar o exterior em benefício do interior. O poder da mulher é infindável. E talvez por ser tão complexa, ela própria se deixe monopolizar pela sua inteligência ao ponto de ser subjugada pela sua aparência. Felizmente conheço felinas bonitas que presam a sua inteligência. Mas conheço ainda mais gatas que ainda sonham com o poder insustentável da beleza eterna. Destas últimas, fazem-se "comedy-shows".
Esta bola de pêlo é difícil de cuspir...

sexta-feira, março 09, 2007

Um dia que é todos os dias...


Um dia depois, elas continuam aí, por aí, no meio de nós, no meio da gente. Deambulam alegremente por todo o lado com roupas soltas, roupas justas, largas ou curtas. Parecem felizes. Há quem diga que são reais. Mulheres reais? Sim, pois...
O Dia da Mulher é como o Dia da Liberdade, da Imaculada Conceição ou da Fraternidade Universal. É a celebração de um conceito, elas não existem.
O que os homens vêem, tocam, sentem, são lampejos alucinogénicos de formas sonhadas em vidas passadas ou futuras. Formas arredondadas com sorrisos e pernas. Por vezes duas, por vezes quatro (rinnnnhau!).
Por estas razões e por ter sido atacado vorazmente por duas reflexões felinas (sim, porque elas são muitas!), não celebrei ontem o que celebro todos os dias.

Às femininas, um feliz dia depois do Dia da Mulher!