quarta-feira, dezembro 19, 2012

quinta-feira, dezembro 13, 2012

quarta-feira, dezembro 12, 2012

sexta-feira, dezembro 07, 2012

sexta-feira, novembro 30, 2012

Na sombra da sombra, da sombra...


 Há livros que vêm por bem e este, decididamente, é um deles. Sabe bem ler histórias destas. Sabe bem porque lê-se de um fôlego. Literalmente. O livro lê-se em 20/30 minutos. A não ser que se queira apreciar bem a arte gráfica. Aí pode levar dias, semanas, meses, anos. E voltarei a ela várias vezes, certamente. A estória não é poética, com a capa indica, mas é deslumbrante, tocante, linda. E se a lemos num fôlego, quase que nos arriscamos a ficar sem ele. Claro que o título me chamou a atenção. Fui pesquisar. Para não estragar a surpresa não vou dizer a que se refere. Mas caso queiram saber mais depois de lerem, procurem "as três sombras" do mestre escultor Auguste Rodin.

quinta-feira, novembro 29, 2012

quarta-feira, novembro 28, 2012

What makes you itch...?


Esta é a questão que sempre guiou a minha vida e permitiu que eu conseguisse fazer tudo o que sempre sonhei fazer (bem, quase tudo...). Saber a importância do dinheiro mas não fazer as coisas apenas por dinheiro, perseguir os sonhos, cumprir as promessas, chegar onde sempre quisemos chegar e nunca viver satisfeito. Isso chama-se aproveitar a vida. "Mais vale viver uma vida curta e cheia (de emoções, de desafios e novas experiências), do que uma vida longa e vazia." É pá, sem dúvida...

terça-feira, novembro 27, 2012

Desfada...


À primeira vista o álbum é todo muito bom de uma ponta à outra. Mas depois de o ouvir 10 vezes, começamos a perceber que, para além de ser muito bom, tem momentos simplesmente geniais. Em especial para mim, um desses momentos é a canção "Havemos de acordar", escrita pelo incrível Pedro da Silva Martins, guitarrista e letrista dos Deolinda. Já tinha falado dele como um dos artistas mais talentosos e menos conhecidos do país, e mais uma vez o provou, tendo sido o único a escrever duas músicas para este álbum (mérito também da Ana Moura que o convidou).
"Havemos de acordar" é uma obra-prima-tia-mãe-avó-irmã-madrinha-cunhada-afilhada-etc da música mundial. É perfeita do primeiro acorde à última palavra. Para além da música, é o que se diz, como se diz e por quem é dito. As rimas internas, as frases suspensas, as palavras medidas ao milímetro, o sentido etéreo e eterno dos sentimentos e todo o arranjo musical e vocal que envolve o conteúdo, fazem desta música uma daquelas músicas duram milénios e da qual ansiamos nunca nos fartarmos delas. A primeira música, "Desfado", também escrita por Pedro Martins, não é fácil de entrar no ouvido, mais porque cumpre uma função do que propriamente explora sentimentos. A função é desconstruir o fado e a fadista (como o título da música/álbum indica), mas na sua funcionalidade é também um trabalho brilhante.
É sem dúvida um disco surpreendente, com pequenos altos e baixos que têm a ver com os riscos que foram tomados. Mas compensa. Compensa mesmo...

quinta-feira, novembro 22, 2012

Taste...


...but we can try!

terça-feira, novembro 13, 2012

Em construção...


Comprei este "livro" do designer gráfico/banda desenhista americano Chris Ware. Depois de já ter feito livros com os mais variados formatos, passou-se de vez e fez uma caixa com não sei quanto livrinhos e livrões + formato jornal + formato poster + formato bricolage, com um protótipo de casa para montar. Ainda não abri o meu, mas aqui fica aquilo que me vai entreter até, pelo menos, ao fim deste ano...

terça-feira, novembro 06, 2012

Primeiras...



A curiosidade e o gato...

segunda-feira, outubro 29, 2012

Fran Lebowitz...

... ou "A arte de ser besbocada".

quarta-feira, outubro 24, 2012

"E foi aqui..."


O passo seguinte...

terça-feira, outubro 23, 2012

segunda-feira, outubro 22, 2012

Zelig...


Uma relíquia preciosa que define uma mente brilhante...

terça-feira, outubro 16, 2012

A bloguimia da crise portuguesa (ou porque é que o Benfica não tem jogadores portugueses?)


Muita gente se pergunta porque é que Portugal está em crise. Muitos culpam os políticos, os políticos culpam-se entre si mas, neste momento em que percebemos que os políticos são tão incompetentes que nem se sabem governar a si próprios, a verdade é que a culpa... é nossa!
Primeiro, toda a gente sabe que somos um país de sacanas. A arte do engenho, do desenrasca, que tão boa fama nos dá, é também a arte do "faz-me aí um jeitinho, que não te custa nada", retirando-se assim o valor do trabalho, o profissionalismo, a especialização, o mérito. As profissões são hierarquizadas. E mais do que isso, como todos nos desenrascamos, somos capazes de fazer tudo, possivelmente até uma operação cirúrgica, se o paciente não precisar de ficar com as  suas funcionalidades intactas. Por isso, se nós conseguimos fazer, se parece fácil, não vamos pagar nada por isso ou, então, pagamos pouco, reduzindo o valor de tudo.
Isto leva-nos áquilo que, para mim, foi o grande potenciador da crise nacional. O problema da conversão. Quando entrámos para o Euro, a moeda portuguesa era das que menos valia em relação à moeda única. Um Euro valia 200 escudos. No entanto, internamente, o povo português auto-fodeu-se, porque fez a conversão da seguinte forma: os ordenados foram convertidos à taxa real (ou seja, por exemplo, 10.000$00 = 500€), enquanto os preços dos produtos foram convertidos a uma taxa virtual de 1€=100$00, aproveitando a difícil adaptabilidade dos mais velhos e o entusiasmo cego dos mais novos. Assim, quando se comprava, por exemplo, uma caixa de pastilhas por 100$00, passou automaticamente a comprar-se por 1€ (200$00), o que exponencialmente, na compra de produtos de maior valor, provocou um impacto brutal nos orçamentos familiares, que não viram os ordenados "insuflar" da mesma forma. Assim, a culpa das famílias deixarem de ter dinheiro, deve-se a esta "taxa de câmbio psicológica", que foi largamente aproveitada pelos próprios portugueses em várias áreas de negócio e que lixou o mercado interno, leia-se, os próprios portugueses. E foi isto que nos fez começar a viver acima das nossas possibilidades. Sem nos apercebermos, ganhávamos o mesmo e gastávamos os dobro, com os lucros a reverterem a favor das grandes empresas (principalmente as de monopólio, como a PT, a EDP, a EPAL, os bancos, etc.) que, na maior parte das vezes, investiam mais no estrangeiro do que em Portugal, já para não falar daquelas que, mesmo tendo lucros brutais, continuavam a chupar na teta dos subsídios comunitários.
Mas tudo isto tem como base uma crise de valores. O que é nacional é bom e pode ser mesmo muito bom, mas não se acredita nisso. É preciso tirar tudo a ferros. Nós continuamos a importar mais do que exportamos, porque nós não acreditamos naquilo que estamos a vender. Portugal precisava de bons comerciais, de lóbis, do caralho alado, algo que fizesse o país ser apetecível a quem está lá fora, mas também a quem está cá dentro. Aprenda-se com o Zezé Camarinha. É um bimbo, é, mas ele sabe vender o que é português, incluindo o bigode e o sotaque à vela. O Zezé fala tão bem inglês como o Mourinho. Eles sabem que os detalhes não interessam, porque estão a fazer um favor em tentar falar estrangeiro. São portugueses, gostam de Portugal, têm orgulho nisso. E é isso que nos falta. Mas Portugal está cheio de snobs que gostam é de pronunciar os nomes estrangeiros com minúcia. Vê-se em todo o lado, na cultura, no entretenimento, na rádio, na televisão, no cinema, no que comemos, no que bebemos, etc. E quando se quer combater isso, vai-se para o popularucho, para o vão de escada, para o baratucho, porque isso é que vende. Perdemos tempo e dinheiro com merda. Com a merda da Casa dos Segredos, com a merda do Toca a Dançar, com a merda da Maya e das Júlias e das Fátimas e dos Gouchas. Não se educa, choca-se, porque a população envelhecida só merece é merda. É isto que nos espera. Já não há espaço para Julios Isídros com sentido cultural, para Zip Zips com sentido de entretenimento junto do povo sem o tratar como atrasado mental, para teatro na TV (sem ser as revistas e o La Féria), para coisas que tenham conteúdo e não tenham a Teresa Guilherme.
É como o Benfica. Porque é que o Benfica não tem jogadores portugueses? Porque é que a seleção nacional não consegue arranjar um bom avançado? Porque é que os clubes portugueses preferem gastar dinheiro com jogadores estrangeiros do que com os jovens portugueses, já que não ganham nenhuma competição internacional à mesma? Porque é que não se fomenta uma cultura nacional, seja em que área for? Só assim é que o dinheiro fica cá. Só assim é que se pode crescer a partir de dentro para fora, só assim é que podemos ir para a rua exigir alguma coisa, porque por muito que queiramos mandar governos abaixo, os que para lá forem não têm outro remédio senão baixar as calças ao banco central. Quando se pede dinheiro emprestado tem de se pagar. Faz parte da honra, algo que também já se esqueceu. Eu pago sempre o que devo, e devíamos pagar todos. O que não devíamos era mamar tanto na teta dos outros e depois dizer para eles se foderem. Isso não se faz porque não gostaríamos que nos fizessem isso a nós.
Só uma última questão. Quando se fala em desemprego, a última coisa com que nos devemos preocupar é com o desemprego jovem, senhores ministros. Os jovens têm como se amanhar. Vão para uma caixa de supermercado, um call center, tiram mais um curso, pedem ajuda aos pais, vão à aventura para outro país sozinhos ou acompanhados, resumindo, desemerdam-se, até porque actualmente é muito fácil encontrar jovens que ficam em casa dos pais até aos 30 anos. O que nos devemos preocupar seriamente é com o desemprego sénior. Porque esses sim, não se conseguem desemerdar. Esses sim têm contas para pagar, filhos para criar, jovens para ajudar, avós para cuidar, famílias para sustentar. Esses sim não têm tempo para se aventurarem, não têm capacidade para levar a família para o estrangeiro, mudar de casa, pagar os empréstimos da casa e do carro. Esses sim estão fodidos, e não são os jovens com ordenados de 500 euros que os vão ajudar. É preciso garantir o trabalho de quem sustenta, não de quem é sustentado. Porque uma casa com mãe e pai desempregados, até podem ter 10 filhos, que não vai aguentar. E se a intenção é criar uma sociedade em que os filhos sustentam os pais, bem podemos começar o borrar os pés todos.
Ainda assim, a crise até está a ter um efeito benéfico, mesmo que ainda a um nível sub-reptício. Está a ensinar-nos a valorizar o que é nosso, a perceber que ser patriótico, amar um país, a sua cultura, a sua história, não é ser fascista, nem retrógrada, nem saudosista. As pessoas já saem à rua na luta pelo seu futuro, os políticos já não são senhores intocáveis, as empresas já não são blocos de cimentos opacos porque já se percebeu que muitas delas fazem lucros à conta da desinformação e da passividade dos clientes. Finalmente há luta. Lutemos, então.

segunda-feira, outubro 15, 2012

Moonrise...














Wes Anderson está seriamente a tornar-se um daqueles realizadores que me fazem querer ver um filme só por estar lá o nome dele. É tudo tão bom que parece que o mundo, eventualmente, numa dimensão paralela, até poderia ser perfeito... desde que tivesse um toque vintage.
Este filme é Nutella audiovisual.




















Ultimamente, não sei porquê, há sempre uma frase que me marca nos filmes que gosto. Desta vez, apanhei uma frase que nem sequer apareceu legendada na versão que vi. No momento em que o escoteiro fugitivo se vê encurralado pelos seus perseguidores, ele sobe para um monte de pedras e exclama: "I will stand here and I will fight no more forever!" A frase pairou sobre mim de tal forma que pensei em ser o meu único comentário ao filme, como se resumisse todas as ideias. Mas resolvi colocar a frase no google e surgiu-me uma miríade de coisas, baseadas nesta célebre frase de um chefe índio. A curiosidade tem destas coisas...

sexta-feira, outubro 12, 2012

quinta-feira, outubro 11, 2012

Em bico...

A sério, já vi este vídeo cerca de duzentas vezes...

quarta-feira, outubro 10, 2012

(Lost) control...


Não sei se me fez bem ver este filme. Com três letrinhas apenas podem-se escrever vários nomes e naquele outro lado do espelho haviam muitos reflexos em vidro fosco. As angústias, as dúvidas, o bem maior e o mal menor, o cérebro em luta com o coração, a escrita como fuga e o palco como o lugar mais visível onde se quer ser invisível. Tudo isso representado na vida de alguém que morreu no ano em que eu nasci, aos 23 anos, numa fase da vida igual àquela em que me encontro agora. Só que esta história não acaba bem. Mas em vez de me deixar subjugar pela ficção da realidade, prefiro acreditar que talvez sejam estes os messias dos tempos modernos, que se sacrificam para salvarem as almas dos seus semelhantes, mesmo que para isso levem consigo talentos que poderiam salvar a humanidade de muitas outras formas...

terça-feira, outubro 09, 2012

Lennon...


Diz que hoje faz aniversário...

segunda-feira, outubro 01, 2012

quarta-feira, setembro 26, 2012

Mel...


O que é bom nunca desaparece, reinventa-se...

segunda-feira, setembro 24, 2012

quarta-feira, setembro 19, 2012

terça-feira, setembro 18, 2012

Sexo em Portugal: Parte 1...


Primeiro de quatro volumes publicados no Expresso sobre a sexualidade portuguesa, no maior inquérito alguma vez feito (não pelo número de pessoas questionadas, mas pelo número de perguntas feitas: 100)
Primeira parte: Práticas sexuais (iniciação, frequência, número de parceiros, satisfação, desempenho, orientação sexual, etc).
Até agora, estou mais desapontado com as respostas do que surpreendido...

sexta-feira, setembro 14, 2012

Del Rey...




















A GQ sabe... (e a Lana também.)

quarta-feira, agosto 29, 2012

quinta-feira, agosto 23, 2012

terça-feira, agosto 21, 2012

Strawberry swing...

O mal de ter ideias pré-concebidas é que isso não nos deixa aprender nada. Quando pensamos que sabemos algo sobre um assunto só porque ouvimos de relance, porque alguém nos contou, porque "achamos isto" ou "consideramos aquilo", o mais certo é estarmos enganados. Seja sobre que temática for. Ter uma ideia fixa sobre um assunto já é algo pouco aconselhável, e se ainda por cima for criada a partir do éter ou, pior ainda, a partir da opinião dos outros, somos apenas mais uma das causas para uma sociedade desinformada e desequilibrada. A partir do momento em que trocamos a curiosidade pela certeza absoluta, estamos perdidos. Assim, desde cedo que aprendi que quando se tem dúvidas sobre alguma coisa, o melhor é ir à fonte. E, normalmente, quando não se pode falar directamente com as pessoas envolvidas no tema, as melhores fontes são os livros.
Neste caso, eu tinha uma enorme curiosidade sobre o mundo do Swing. Já há algum tempo que ouvia "soundbytes" sobre esse universo paralelo, mas raramente me demorei sobre o assunto. Dava para perceber desde logo que não era para todos e que seria algo ainda difícil de absorver numa sociedade, apesar de já haver um bom número de casais em Portugal que desfrutam desse tipo de relação.
Ao encontrar este livro, escrito na primeira pessoa por um casal português de swingers, decidi finalmente embrenhar-me neste mundo semi-oculto. O livro é fininho e lê-se num fôlego, mas as descrições das experiências e a racionalidade com que é escrito são desarmantes. Quando acabei de ler senti que aquele livro poderia convencer qualquer pessoa a iniciar-se no Swing, tal é o nível de honestidade com que foi escrito.
O que aprendi é que uma relação de swingers não se resume à necessidade de querer ter sexo com outras pessoas. E também não é uma traição consentida (como é dito algumas vezes) porque se é consentido, nunca é traição. A ideia por detrás de uma relação de swingers é, acima de tudo, a cumplicidade. Por isso é que normalmente só é feito por casais mais experientes ou com uma mentalidade mais aberta. No entanto, a regra de ouro é que ambos têm de estar na mesma onda. Ninguém força ninguém. Ou querem os dois ou não funciona. E nessa base, surge a outra grande ideia inerente ao swing: o altruísmo. Os casais swingers são, a meu ver, aquilo que de mais desenvolvido há nas relações humanas modernas. São pessoas que perceberam que não é justo condicionar a vida de outras pessoas. É ter prazer em que a pessoa que mais amam tenha o máximo de prazer possível. Incluindo prazer sexual. Porque perceberam que exigir que alguém tenha sexo com a mesma pessoa para o resto da vida é estar a impedir essa pessoa de desfrutar da sua própria vida, porque isso vai contra a natureza humana (e contra a natureza em geral). O sexo é apenas uma expressão física de prazer que não implica necessariamente um envolvimento emocional. Esse envolvimento emocional fica reservado para quem se ama e com quem se partilha tudo. Ao nível da dimensão humana, isto é tão revolucionário como evolucionário. Saber amar sabendo que a outra pessoa não nos pertence. Saber amar sabendo que não temos o direito de controlar o corpo ou as emoções alheias. E sabendo isso, aceitando isso, sermos amados para além de todos os limites possíveis. Porque é nesse altruísmo, nessa libertação, nessa esperança de recebermos de volta tudo aquilo que damos, que a cumplicidade e o amor se tornam maiores, e que o ser humano finalmente percebe que não está na terra para ser dono de nada nem de ninguém, apenas para cuidar e desfrutar daquilo que lhe faz bem a si e aos outros.
Agora... estas são as ilações retiradas do livro. Será que a realidade poderá deturpar este conceito? Presumo que não, mas já houve várias teorias ao longo da história que, quando postas em prática, muitas vezes não correspondem às expectativas... e outras houve que as superaram. Wanna swing?...

segunda-feira, agosto 20, 2012

Vacações...

Primeiro, o último Batman do Christopher Nolan: estou cada vez mais fã deste realizador. Depois dos outros dois, depois do Inception, vê-se que este homem percebe o que é uma boa história contada em filme. Neste último caso, a personagem do Bane ficou um bocado abonecada demais, mas o enredo deixa-nos sem fôlego. É daqueles filmes que precisa mesmo das duas horas e meia para contar a história toda. E que grande final!

Segundo, Ted: às vezes tenho paciência para o Seth Macfarlane. Outras vezes não tenho. Mas num dia de féria, tive paciência e fui ver. A minha testosterona disparou. É uma comédia adulta com um urso de peluche, feita deliberadamente para gajos. Num dia de paciência, e dentro dos parâmetros todos, achei muita bom! Pontos extra pela reverência ao Flash Gordon. Não estava nada à espera. DEATH TO MING!!!

Depois, o Algarve: pela primeira vez com uma pequena cria, tudo muda. Os horários, a stamina, as olheiras, as saídas, o volume alcoólico, a pedalada, etc e tal, principalmente quando somos o único triciclo. Foi ano de adaptação. Para o ano será melhor.
Finalmente, o Alentejo: em família, comida caseira, piscina no monte, noites quentes e dias melosos. Deu para recuperar algumas energias, mas as olheiras continuam lá.
Preciso de férias das férias...

segunda-feira, julho 16, 2012

Alien...

Gosto da criação de universos. Gosto da criação de conceitos que têm como base a imaginação. Gosto de pessoas que concretizam sonhos/pesadelos em obras reais. Gosto de tudo isso. Mas não sou muito adepto destes Aliens.
Muito do valor deste imaginário provém do seu potencial gráfico e visual. E o grande culpado disso não é Ridley Scott, é H. R. Giger. Foi ao universo de Giger que este Alien me levou, e foi nesse que eu rejubilei.

Depois de ter visto recentemente este Prometheus, fiquei mais uma vez decepcionado com o resultado multimédia, mas apeteceu-me voltar à origem gráfica. Apeteceu-me também voltar a rever o Alien original, para juntar as peças desta prequela. Vi e voltei a não gostar muito. Não encaixo neste universo. Não sei porquê. Tinha muito para me ser apelativo, mas há ali peças que não conjugam e há pouca coisa que faça despertar a minha curiosidade...

quarta-feira, julho 11, 2012

sexta-feira, julho 06, 2012

Spider sense...

Finalmente. Fi-nal-men-te!
Depois de três intragáveis filmes com o totó do Tobey Maguire (ainda nem consegui ver o terceiro até ao fim), finalmente um homem-aranha que tem tudo a ver com o personagem original que conquistou tantos admiradores. E está tudo nos olhos. A forma como este Peter olha para o mundo tem tudo a ver com os putos introvertidos, fechados em si mesmos, com o mundo sobre os ombros, com as responsabilidades das suas escolhas, com as lições dos erros. Mas sempre com uma curiosidade no olhar, não com os olhos de veado em frente aos faróis, como o outro totó.
E também está na linguagem corporal, na forma de falar, no desgaste emocional, na postura e na dicotomia entre amargura e humor (essencial nesta personagem!).
Aliás, já deu para perceber que metade do sucesso de um filme de heróis de BD tem a ver com o casting. Por o público já ter tantas referências visuais dos livros, há muita coisa que precisa de bater certo. É a diferença entre a BD e os outros livros. Aqui já há uma base visual, enquanto nos livros de literatura escrita cada um imagina os seus personagens. A BD trabalha com algo que a restante literatura não trabalha: os silêncios, onde uma imagem vale mil palavras. E quando se traduz isso para o cinema, tem de bater certo.
No Hulk acertaram à primeira.
No Homem de Ferro acertaram à primeira.
No Thor acertaram à primeira.
No Homem-Aranha acertaram à quarta.
Nos restantes ainda não acertaram... (e não estou a contar com os heróis da DC.)
Para além disso, este filme vai buscar uma história que deve ter mais de 20 anos. Não sei se os putos sabem quem foi Gwen Stacy na vida de Peter Parker. Apesar da história estar um bocadinho baralhada, é sempre bom quando nos levam numa viagem assim. E ainda conseguiram manter a originalidade dos lançadores de teias em vez das secressões viscosas dos filmes anteriores. Muitos pontos por isso!
Depois há o lado menos bom. O exagero dos poderes. A sua demonstração pública que passa despercebida a toda a gente. Entre outras coisas pouco importantes, mas que parecem ser feitas à medida do público mais novo (houve crianças a delirar com as cenas).
E a Emma Stone. Tendo o Peter Parker acabado por casar com uma ruiva, não percebo porque é que tiveram de ir buscar uma ruiva para fazer de loira, mas a Emma Stone fica bem de qualquer maneira.
Venha o segundo! (Depois do teaser no genérico final, a minha aposta é: Abutre!)

quinta-feira, julho 05, 2012

Boyz...


De repente redescobri este álbum. É possivelmente o álbum do qual sei a maior parte das letras. Em especial esta música, que foi talvez a banda sonora da maior parte dos meus primeiros textos... e desgostos de amor.
Haverá guilty pleasure mais xoninhas que este?...

quarta-feira, julho 04, 2012

Underwater love...

Este filme é uma homenagem maior ao legado e ao imaginário de Georges Méliès do que o filme "Hugo". Simplesmente brilhante.

terça-feira, julho 03, 2012

Virar a página...


Sempre deu.
Desde muito novo que me refugiei na ficção. Não porque a minha vida tenha sido extremamente dura ou porque tenha passado por situações muito traumáticas, mas porque a a realidade que vivia não correspondia às expectativas da minha imaginação. Por isso refugiei-me nos livros, nas histórias, nas realidades onde todas as potencialidades de vida eram levadas ao seu expoente máximo.
Apaixonei-me pela literatura. E quando descobri a banda-desenhada, apaixonei-me também pelas imagens. A ficção é necessária. Seja ela qual for. A vida obriga-nos a fazer uma escolha, a seguir um caminho. Só se vive uma vez. A ficção permite-nos viver múltiplas vidas. Saber o que poderia acontecer-nos caso fossemos pela esquerda em vez de irmos pela direita, caso fizéssemos antes em vez de fazermos depois, caso vivessemos noutro país ou noutro tempo, caso fossemos mais aventureiros do que sedentários, caso tivéssemos mais certezas do que dúvidas, caso tivéssemos asas em vez de braços...
 Aprende-se muito a viver outras vidas. Aprende-se muito com o que os outros aprenderam, com o que os outros imaginaram, com o que os outros criaram. Ajuda-nos a aprender, a imaginar e a criar por nós mesmos. Ajuda-nos a querer mais do que apenas aquilo que a vida nos dá. Ajuda-nos a querer subir a montanha em vez de ficarmos satisfeitos só com aquilo que cai por ela abaixo.
Enquanto era filho único os livros eram a minha companhia preferida. Nunca fui muito de brincar na rua (a não ser quando ia de férias para o algarve ou para o alentejo) e a televisão só era boa aos fins de semana de manhã (ou então quando ia de férias para casa da minha avó e passava os dias deitado no sofá). Nos dias úteis, os livros eram da maior utilidade. Ainda hoje são. Ainda hoje são eles que mantêm a minha mesa de cabeceira no lugar. Sem eles, ela certamente voaria pela janela ou arrebentaria com uma das paredes. Um bom livro ajuda a dormir melhor.
No meu caso, o livro comanda o sonho. E o sonho comanda a ficção da vida...

segunda-feira, julho 02, 2012

Fun...

I need more fun.

quinta-feira, junho 28, 2012

Gato preto...

Olympia (1863) - Édouard Manet

segunda-feira, junho 25, 2012

Catalizadores...

Tenho uma avó que é uma catalizadora de positivismo, apesar da vida dela ter sido uma verdadeira série de desgraças. Ninguém na minha família teve uma vida pior que a dela e, ainda assim, ela é a maior fonte de luminosidade, entusiasmo e mimo que temos. Neste último fim-de-semana, ela passou o sábado com alguns dos seus irmãos (chegaram a ser 10, agora são só 5) e quando esteve conosco no domingo vinha cheia de felicidade para dar, sem nunca vender, nem comprar. Desde que a conheço que ela se entusiasma com pequenas coisas, só por estar com as pessoas, com pequenos gestos, pequenas atenções, um abraço, uma palavra, a felicidade dos que lhe são próximos, o sucesso pessoal e profissional, a saúde, o crescimento, a evolução, a criatividade e a alegria em geral. A única coisa que alguma vez nos exigiu foi também poder fazer parte dessa parte positiva das nossas vidas. Nunca nos cobrou algo que não merecesse, e geralmente eram sempre coisas fáceis de dar. Os poucos arrufos que eu e ela tivemos foram geralmente porque eu passei por uma fase demasiado intransigente, onde era contra todas as regras, todas as leis, inclusive cheguei a ser contra a própria felicidade, porque para quem gostava de escrever e tinha regularmente duvidas existenciais e decepções emocionais que pareciam ser o fim do mundo, não havia melhor estado de espírito do que a infelicidade. Cenas da juventude.
Mas a maneira de ser da minha avó não se alterou com o tempo. Mesmo com os problemas de saúde que hoje enfrenta (nada de grave, apenas dificuldade em andar), parece que o seu sorriso está cada vez mais aberto.
Mas voltando ao ponto de reflecção. Neste último almoço de família, a minha avó vinha a transbordar de alegria e dos mimos que recebera no sábado anterior. Os seus olhos brilhavam-lhe e distribuía sorrisos e elogios por toda a gente. Fez-me pensar: poderá o ser humano (e quem diz ser humano, diz todos os seres vivos) ser um catalizadores das emoções de que é alvo? Claro que não será apenas por esta razão, porque nós temos condicionantes inerentes que funcionam como "selecionadores" do tipo de coisas que nos influenciam ou não e da forma como as entendemos, mas poderemos nós ser melhores ou piores pessoas consoante aquilo que nos é "infringido" durante a nossa vida?
Das poucas coisas que me orgulho ao longo da minha vida é dos amigos que escolhi manter junto de mim. Digo "escolhi" porque foi mesmo intencional. Escolhi afastar-me das pessoas que sentia que me faziam mal ou que me levavam por caminhos que eu não queria. Escolhi afastar-me das pessoas que eu sentia que me estavam a transformar no pior sentido. Porque também senti que era permeável a isso. Lidar com pessoas pouco pacientes fazia-me ser menos paciente. Lidar com pessoas brutas fazia-me ser mais bruto. Lidar com pessoas sem escrúpulos fazia-me pensar menos nas consequências daquilo que fazia. E enquanto somos jovens e ainda nos estamos a descobrir interiormente, por vezes não sabemos se essa influencia nos está a transformar ou a revelar o que realmente somos. E isso pode ser muito assustador.
Por isso, ao longo da vida escolhi quase sempre conscientemente as pessoas que queria próximas de mim e aquelas que não queria. Muitas afastei porque sentia que eram más influências, outras afastei porque exigiam demasiado de mim, outras afastei porque eu exigia demasiado delas. Aliás, se formos a ver bem, todas as nossas relações são definidas por distancias. Se fizermos um gráfico, depressa conseguimos definir a distância "de segurança" ou "de conforto" que temos em relação a todos aqueles que nos rodeiam. Mesmo entre os membros da nossa família. Nem todos estão tão perto de nós como alguns dos nossos amigos. Há uma hierarquia que muitas vezes nem sempre é justa ou justificada, mas que precisamos que exista para conseguirmos ter o nosso espaço, para que nos consigamos movimentar por entre todos aqueles de que precisamos e que precisam de nós. E a energia emocional que catalizamos para cada uma dessas pessoas também é diferente. Daí os laços que criamos e a influencia que essas pessoas têm em nós (e vice-versa) definir também a forma como nos damos com elas.
Não sei se acontece com toda a gente, mas comigo acontece outra coisa curiosa. Eu sou percepcionado em diferentes grupos de forma diferente. Não é algo propositado. A energia que recebo e que dou é que difere. Isso provoca que, em determinados grupos, eu seja considerado uma pessoa mais extrovertida que noutros, tenha um estatuto mais relevante ou menos relevante, tenha uma aceitação mais benévola ou menos benévola, tenha uma margem de manobra maior ou menor, etc. Nas primeiras vezes em que identifiquei essas diferenças fiquei preocupado. Quem era eu afinal? Um maluco ou um totó? O rei da festa ou o bobo da corte? O bucólico ou o boémio? Achava que o problema era só meu, mas depois percebi que havia mais pessoas assim. Claro que tudo influenciava: o contexto, o estado emocional, o próprio dia, etc. Mas há pessoas que seja qual forem essas condicionantes têm sempre a mesma postura e a mesma relevância. Cheguei a invejar essas pessoas. Mas também há outras, como eu, que sentem muito mais o impacto do fluxo de energia e emoções de um determinado grupo ou situação.
Nesse sentido, gosto de acreditar que somos catalizadores de emoções e gosto de proporcionar as melhores emoções a quem me rodeia. Tal como na teoria do arroz. Vejam aqui (sem som!): http://www.youtube.com/watch?v=-1nCeFdHZu0

sexta-feira, junho 15, 2012

River...


Já disse que gosto disto, neste país, neste canal, este tempo todo, várias vezes...?

terça-feira, junho 12, 2012

Reality...


Escrever um blog mantém-me realista...

terça-feira, junho 05, 2012

Epic...

Adoro cenas épicas...

quinta-feira, maio 31, 2012

Prazer e dor...


O que é o prazer? De onde vem? Para onde vai? Quanto tempo dura? Qual a intensidade? Até quando o suportamos? E a dor? Será mesmo necessária?
Mesmo não respondendo a todas estas questões de forma definitiva, este documentário identifica uma ideia que determina fortemente a leitura destas emoções, mostrando quão relevante (ou mesmo necessária) é a sua procura em todos os animais, racionais ou não: a ideia de "recompensa".

quarta-feira, maio 30, 2012

Sandman...


Tive a oportunidade de trocar umas breves palavras com este incrível ser humano numa das suas visitas a Portugal, aquando da primeira (e acho que única) edição do "Fórum BD" em Lisboa. Eu estava a trabalhar lá como voluntário e era eu que andava com ele da sala de convidados para as mesas de autógrafos. Mesmo estando sempre vestido de negro, toda a sua postura e atitude exuberavam uma tranquilidade contagiante. Foi com os livros dele que aprendi a escrever BD em formato guião. Foi com o seu Sandman que descobri que a BD é muito mais do que livros de super-heróis para crianças. Foi com as suas histórias que percebi que a banda-desenhada não era só feita de pequenos diálogos e linhas de acção, podia ser pura literatura visual.
Aprendi muito com ele. E nestes 20 minutos aprendi um pouco mais...

segunda-feira, maio 28, 2012

Heebie-jeebies...


Este universo é cada vez mais apelativo...

quinta-feira, maio 24, 2012

Dry...


De repente tenho uma nova banda preferida. Completamente rendido...
(Tanx, Anão!)

quarta-feira, maio 23, 2012

PUA...

Sim, senhoras, há homens que escrevem livros de 500 páginas sobre como engatar mulheres. E depois há outros que criam fóruns, workshops em vários países, videos no youtube, reality shows na tv e filmes para cinema, tudo com o intuito altruísta de passar o conhecimento aos que ainda não descobriram o seu verdadeiro potencial enquanto pickup artists (artistas do engate). Tudo isto poderia ser machista e repelente, não estivessem estes homens genuinamente preocupados com o supremo bem-estar... das mulheres. Um artista do engate pretende ser primeiramente isso, um artista. Aqui não há lugar a bocas foleiras, atitudes intimidatórias ou mentiras compulsivas. O arte não é enganar, é engatar. E o que se ensina é como engatar uma mulher com respeito e classe. Mas vai além disso. Como diz Mystery, um dos mestres do engate, "isto é muito mais do que conquistar miúdas, é ter capacidade de construir uma vida". Porque todas as nossas relações são de engate, só que muitas não envolvem sexo. Quando nos queremos dar bem com familiares, amigos, colegas de trabalho, a empregada da pastelaria, ou mesmo o homem que vende castanhas, temos de saber o que fazer para estimular e melhorar essas relações, de forma a que a nossa vida e as pessoas que fazem parte dela sejam positivas também para nós.
Mas claro que este livro não vai tão longe. O que importa aqui é mesmo saber como engatar miúdas, porque o grande mistério é mesmo saber o que se passa na cabeça delas e, mais do que homens confusos, existem hordas de homens cheios de medo de se aproximarem de mulheres e serem rejeitados como freaks. A isso se deve o sucesso deste livro e de todas as outras derivações do mesmo.A vantagem aqui é que este livro é escrito por alguém com olhar jornalístico, relativamente neutro e mundano, que olha para tudo de uma perspectiva mais abrangente, levando-nos de fora para dentro e trazendo-nos de volta novamente.
Existem muitos vídeos do autor Neil Strauss (aka Style) a falar da sua experiência enquanto PUA. Todas as personagens do livro são reais e também existem vídeos delas a falar sobre os seus métodos. Quem quiser saber mais, basta escrever "pickup artist" no google e descobrirem um universo quase ao nível do Fight Club...

segunda-feira, maio 21, 2012

Tábua rasa...


Depois de uma tia-avó com Alzheimer, uma avó com Alzheimer. Despassarado como sou, isto não augura nada de bom...
Muitas vezes me perguntam porque quero fazer tantas coisas, com muitas pessoas, em muitos sítios. Primeiro porque não acredito em Deus. Não acreditar em Deus faz-me acreditar que o potencial da vida é viver em vez de se estar à espera de ir para o paraíso depois de bater as botas. Segundo porque não quero ser o António Feio nem aquelas pessoas que "só dão valor à vida" quando estão às portas do cancro. Depois porque experienciar as coisas sozinho faz com que, à medida que a memória vai falhando, fiquemos a duvidar se as coisas realmente aconteceram, se as sonhámos ou se nos contaram e nós só as imaginámos. Partilhar uma experiência com alguém é mais do que a partilha de um momento, é a partilha de uma memória, de uma história e é isso que fortalece os laços entre as pessoas. Para além de tudo isto, ter a experiência da vida é assumir que vivemos uma vez. É assumir que a vida serve para algo mais do que apenas para ajudarmos a destruir o planeta por acharmos que somos mais que os outros seres vivos.
Recentemente um dos meus mentores dissertou sobre um estudo sobre a existência de almas e da sua evolução ao longo dos tempos. Explicou como as almas se manifestam nos corpos para evoluírem. E essa evolução ocorre com as experiências físicas e emocionais de cada corpo. Segundo esse estudo, essa evolução das almas é que tem permitido ao Homem chegar ao nível de desenvolvimento a que chegou, explicando da mesma forma a evolução mais "restrita" dos animais, condicionados pelo seu habitat e pelas suas próprias necessidades e ações. Se uma vaca passa a vida a pastar é normal que não evolua muito. Da mesma forma que o facto de um golfinho ou um macaco terem necessidades e actividades mais complexas definir que a sua evolução é mais notória. Ou seja, as almas supostamente são transferidas de corpo para corpo quando os corpos morrem, ou podem até habitar vários corpos ao mesmo tempo. Isto é uma visão que vai mais de encontro à filosofia budista do que de outra religião qualquer, mas ainda assim não é algo que me faça pensar muito. Não vivo a pensar que estou a educar uma alma ou que estou a contribuir para um mundo melhor. Vivo para que viver valha a pena. Vivo para que este tempo passado de olhos abertos signifique alguma coisa.
 Ver a minha avó a falar com toda a gente como se fosse a primeira vez é assustador mas ao mesmo tempo é inspirador. E a melhor cura para o esquecimento dela é sem dúvida a capacidade das outras pessoas guardarem em si as suas memórias. Da mesma forma, sentirei que a minha vida foi bem vivida se souber que as minhas memórias foram guardadas por pessoas com quem partilhei a minha vida... nem que tenha sido só por um breve momento.

quinta-feira, maio 17, 2012

quarta-feira, maio 16, 2012

O pianista...


Descobri por acaso que Júlio Resende não é só nome de pintor. Foi também por acaso que descobri que Elisa Rodrigues tem uma voz sublime. E fiquei a gostar ainda mais do que é nosso...

sexta-feira, maio 11, 2012

Enjoy more...


Ouvir ou ler Carl Sagan é "uma experiência de humildade" que supera todas as bíblias, alcorões e outras ficções.

quinta-feira, maio 10, 2012

Mumford & Sons...


Demasiado bons para serem aconselhados a corações fracos...

terça-feira, maio 08, 2012

Velha guarda (imperial)...

(2004 DVD BOX SET)

O Han Solo disparou primeiro.
Os Ewoks não têm olhos digitais.
O Darth Vader tem a voz do James Earl Jones.
O Yoda é real.
Fuck you very much!

quarta-feira, maio 02, 2012

It must be...

O que é passa pela cabeça de um italiano para escrever uma história destas? Não sei. O que é que passa pela cabeça do Sean Penn para aceitar fazê-la? Também não sei. Só sei que é daqueles filmes tão fora do comum que dá vontade de fazer coisas fora do comum. Duas palavras: De culto.

terça-feira, abril 24, 2012

segunda-feira, abril 23, 2012

O que é ser palhaço...?

É muito mais do que fazer rir.
(Slava's Snowshow... pela 3ª vez.)

quinta-feira, abril 19, 2012

Dear John...

Mais do que um livro sobre prostituição, este é um livro sobre relações humanas. Escrito e desenhado por um dos génios maniaco-depressivos da 9ª arte, este livro leva-nos numa viagem intelectual e emocional pelo mundo do sexo pago. Mas nesta viagem o sexo acaba por ficar remetido para as entrelinhas, já que as questões que se colocam abrangem muitos outros temas. Mais do que a relação sexual, este livro evoca o amor, o prazer, o desejo, a política, a cultura, a condição humana e a influência de todas estas nuances na relação das pessoas com o sexo, pago ou não. E levanta questões pertinentes que dão que pensar, principalmente à luz da sociedade atual. Mas por vezes a retórica quer ser tão conclusiva que não deixa espaço para a reflexão do leitor. No entanto, esse exagero é quase sempre compensado com uma auto-análise equilibrada que torna o discurso suficientemente honesto e coerente para ser compreendido e debatido.
 É um livro que começa por falar sobre as primeiras experiências (reais) de um homem que procura ter sexo sem compromisso (mas não tem capacidade - nem paciência - para andar a engatar mulheres) e acaba por se tornar um livro profundo sobre a condição da prostituição nos dias de hoje e a sua relevância na estrutura das sociedades ocidentais.

segunda-feira, abril 16, 2012

Improvável...

É estranho quando uma coisa óbvia deixa de ser óbvia e se torna surpreendente. A suposta mensagem inspiradora deste filme devia ser um cliché e, estranhamente, não é. Qual a originalidade de dizer que alguém que precisa de ter vontade de viver quando tudo parece perdido? Acredito que, neste caso, o que valoriza essa mensagem é o facto de esta ser uma história (inspirada numa história) verídica. E as permissas reais serem dignas de um guião cinematográfico. Um homem que tem tudo mas que não pode usufruir de nada. Um homem que não tem nada mas que deseja usufruir de tudo. O cruzamento destes dois mundos e os benefícios que ambos retiram desse encontro.
O filme é daqueles que vai crescendo há medida que vamos pensando nele. É daqueles que acabamos de ver e dizemos "sim senhor, faz-nos sentir bem, dá-nos esperança e faz-nos ver aquilo que realmente é importante na vida". Mas depois, passado umas horas, já estamos a pensar em cenas metafísicas, tipo "o que moveu aquele homem imóvel foi a "joie de vivre" de um homem que não teria razões nenhumas para sentir prazer em viver". E começamos a questionar a nossa própria condição, quais as razões que nos fariam querer viver numa situação limite, quais os nossos maiores desejos, qual o sorriso que gostariamos de ver se nada mais valesse a pena...
E assim o filme vai crescendo dentro de nós. E é isso que faz um filme ser um bom filme.

quinta-feira, abril 12, 2012

Inadaptados...


Apanhei esta série por acaso. Comecei a gravar os episódios todos. Fiquei mega-fã. No último episódio da primeira temporada levantei-me e bati palmas. É uma série inglesa sobre super-heróis wannabe e feita com baixo orçamento. O humor é dilacerante. A sensualidade é subtil mas provocante. A realização é perfeita. As interpretações são suficientemente más para parecerem pessoas reais em vez de actores. Parece um prato gourmet feito com comida enlatada. Muita bom!

terça-feira, abril 10, 2012

Corto....

Desde pequeno que considero os livros do Corto Maltese como uma versão mais cool do National Geographic. E por muito que eu gostasse que fossem mais do que isso, é apenas isso que continuam a ser. Os livros do Corto ganham pelas primeiras páginas, pela história dentro da história, pela pesquisa, pela percepção que houve ali um interesse em fazer algo que fosse mais do que apenas contar uma aventura de um marinheiro armado ao pintarelho. Só que a fama dos álbuns do Corto é sem dúvida muito superior ao proveito. A poética, a nostalgia e a fantasia que nos vêm à cabeça quando ouvimos falar das histórias do Corto Maltese não se reflete de forma minimamente nas histórias propriamente ditas. Os diálogos sempre foram inconsistentes (ainda mais depois de traduzidos), as sequências sempre foram dignas de sonhos mirambolantes de pessoas alcoolizadas e os enredos nunca tiveram uma finalidade ou um propósito que nos fizessem pensar ou reflectir sobre algo. Onde as histórias do Corto ganham é nas referências históricas, nas frases poéticas ditas por razão nenhuma e pelo marinheiro armado ao pintarelho com as meninas que vai encontrando nas zonas mais inóspitas e recondidas do planeta. Fora isso, é um vazio e uma aleatoriedade que chegam a provocar uma ligeira urticária na planta do pé (isto é um exemplo de uma frasea aleatória que poderia aparecer num diálogo do Corto).
Por muito que goste do personagem (que, reflexo da sua própria casualidade, se tornou famoso por mero acaso, já que começou por ser apenas uma personagem secundária no livro "A Balada do Mar Salgado") não consegui ficar tão fã como gostaria.

sexta-feira, março 30, 2012

A insustentabilidade do ser...


Quarta-feira fui dar uma "palestra" numa empresa. Foi a primeira vez que fiz tal coisa. O nervosismo era muito e as ideias eram ligeiramente obscuras. A ansiedade era enorme e a responsabilidade era ainda maior. Tinha tudo para correr mal.
A apresentação intitulava-se "A Arte da Sustentabilidade". A empresa era de comunicação na área da sustentabilidade. E a intenção era dissertar sobre como a Arte pode ser uma forma de gerirmos a nossa própria sustentabilidade emocional e racional, por permitir quebrar barreiras de uma forma criativa e producente.
Sim, o meu nome do meio é El "Ultra-Ambicioso" Felino...
A conversa implicava também uma parte prática, em que cada uma das pessoas tentaria explorar um dos seus medos, desejos, sonhos, problemas, dúvidas, etc, de uma forma concreta (e quiçá, artística), com uma/numa simples folha de papel. Não me lembro bem como foi que tudo se passou porque aquela meia hora pareceu meio segundo. Só sei que a certa altura vi que aquela ideia maluca que eu tinha tido durante um almoço e tinha rabiscado na base de papel de um tabuleiro, estava a criar o efeito que eu desejava que acontecesse mas que nunca esperaria que realmente acontecesse. A honestidade com que as pessoas se entregaram a esta breve deambulação pelo seu íntimo, fez com algumas delas não conseguissem conter as lágrimas e a emoção. Estarreci. Aquela reação era nova. É muito dificil para mim ver pessoas chorar. Normalmente quando falo em público é para fazer as pessoas sorrir e aquilo baralhou os meus circuitos.
Felizmente tudo acabou bem e depressa. A ver vamos se me vou meter noutra aventura do género.
Quanto à ideia, surgiu-me (talvez por coincidência mas creio que não), numa altura em que andava com vontade de ver o documentário "Lixo Extraordinário". Já muita gente me tinha falado mas ainda não o tinha visto. Foi exactamente quando comecei a desenvolver a ideia para a apresentação que resolvi ver o filme e percebi a relevância do tema e o impacto que ele teve.

Depois de ver, mais do que o documentário, mais do que a parte criativa, mais do que a dura realidade que é mostrada, o que me tocou foi a parte humana. Não o facto de haver pessoas a viver do lixo, mas a parte da "ascenção" dessas pessoas pela via da criação artística. As obras do Vik Muniz não refletem apenas o que se passa na lixeira, elas retiraram da lixeira algumas das pessoas que, de outra forma, não teriam oportunidade de sair de lá ou de sonhar mais alto. A parte que mais me tocou foi quando o artista e a mulher discutiam se deveriam levar os "modelos" dos quadros para assistir ao leilão em Londres, dando-lhes a conhecer um outro mundo, um mundo de sonhos, de possibilidades. Nessa discução, o artista acaba por perguntar: "Mas porque é que haveremos de privar as pessoas de sonharem, mesmo que seja com algo muito difícil de alcançarem?" E essa, para mim, é a questão que define o filme. Tanto para as pessoas que trabalham no lixo, como para o artista que arrisca a vida para passar dois anos numa lixeira e tentar encontrar os sonhos subterrados sob toneladas de pesadelos.
Essa acabou por ser a essência da mensagem que tentei passar na minha apresentação. No entanto, depois de voltar para casa, lembrei-me que me faltou apenas dizer uma coisa: devemos encontrar forma de enfrentar os nossos problemas, mas para os conseguirmos resolver, temos de enfrentar um de cada vez. Da mesma forma que em "A Arte da Guerra" Sun Tsu diz que um túnel é a melhor forma de transformar um batalhão numa fila de pessoas únicas, também os nossos problemas devem ser eliminados um a um. Caso contrário, corremos o risco de entrar numa guerra que acabaremos por nunca vencer...

quinta-feira, março 29, 2012

A Arte do Silêncio...

Quanto a mim, este filme mereceu todos os prémios que ganhou por uma simples razão: foi uma lufada de ar fresco no cinema actual. A coragem de quem fez, produziu e apostou neste filme, nos dias de hoje, mereceu ser recompensada da forma que foi. E se eu gosto de ideias loucas que desafiam o status quo, esta foi a pastilha no fundo do Epá.