sexta-feira, abril 30, 2010

quinta-feira, abril 29, 2010

Moebius...

Há palavras que querem comunicar-nos muita coisa e nós nem reparamos nelas. Se não tivermos as referências necessárias, se não dedicarmos atenção àquilo que nos rodeia, muitas vezes perdemos o sentido de coisas verdadeiramente simples que podem ser verdadeiramente importantes. Ao longo da história, das culturas e das artes, da política e da ciência, da humanidade e do mundo, muitas são as palavras que se referenciam umas às outras, lançando pistas sobre como tudo pode estar interligado, como tudo pode englobar mais significados do que apenas aqueles que se decifram no seu sentido lato, como se podem descobrir muito mais mensagens do que apenas aquelas que resultam do entendimento lógico, como as pessoas, sobretudo as mais inteligentes, aquelas que interessam, conseguem com apenas uma palavras dizer muito mais do que alguns tentam explicar em calhamaços de páginas. A simbologia das palavras sobrepõe-se quase sempre à sua etimologia. Por isso, mais do que consultar dicionários ou enciclopédias (que nos dão o significado e a origem das palavras), devemos estar atentos às relações que existem entre elas, só por as ouvirmos, só por olharmos para elas, só por pensarmos nelas. Só assim podemos falar/escrever pouco e dizer/significar muito.
Dito isto, para mim, a palavra Moebius sempre significou isto:

O pseudómino de Jean Giraud, um dos artistas mais importantes da última metade do século passado (ainda no activo), que não só revoulucionou o mundo da banda-desenhada, mas o mundo das artes em geral, ao ponto de ter recebido uma carta do seu admirador Federico Fellini (vejam aqui)!
De certa maneira, este nome sempre me desconcertou, mas nunca procurei saber o seu significado, nem porque teria sido escolhido por tão enorme artista. Assumi que fosse um mero nome inventado, já que inventar é a sua arte. Até que, hoje de manhã, me deparei com uma notícia acerca do Síndrome de Moebius. Claro que o meu primeiro pensamento foi relacionar o nome desta doença com o nome do artista, mas isso não fazia sentido. Por isso, resolvi investigar.
O que descobri foi que o artista Moebius inspirou-se no nome de August Ferdinand Möbius, um matemático e astrónomo que fez importantes descobertas na área da geometria e da noção espacial. Só por isto, encontrei a resposta à razão pela qual Moebius decidiu adoptar esse nome. Mas essa descoberta levou-me a outra descoberta, já que este matemático do século XIX tinha o nome demasiado semelhante ao de Paul Julius Möbius, o homem que identificou pela primeira vez o Síndrome de Moebius, atribuindo-lhe o seu nome. E essa ligação tornou-se evidente quando percebi que primeiro foi avô do segundo.
Para quem não conhece a arte de Jean Giraud (Moebius), ouvir falar deste síndrome é apenas ouvir falar de mais uma doença rara. Mas para quem tem na memória as imagens das suas histórias, das suas personagens, vê que os que sofrem desta doença e as expressões dos protagonistas dos mundos visionários deste artista têm uma relação instrinseca, ainda que eventualmente casual. Ambos têm dificuldade em exprimir as suas emoções, em mostrar o que sentem, em refletirem na face o que lhes vai na alma. E de repente, uma palavra ganha milhares de significados, simbologias e dimensões.

E assim como uma palavra, um sorriso pode ser muito mais do que um simples movimento de lábios...

quarta-feira, abril 28, 2010

terça-feira, abril 27, 2010

Da minha casa vejo...

Depois do Projecto NATAL, esta foi a segunda evolução tecnológica que me fez cair o queixo. Para quem mora no meio da Praça do Chile ou num R/C sem janelas, aqui está a salvação (bebé não incluído!):

sexta-feira, abril 23, 2010

A book on my face...

Para mim, o dia do livro é todos os dias. Este ano, o dia internacional calha na página do meio de um livro que me tem levado numa viagem de entusiasmo, espanto, aprendizagem e perfeita devoção. Escrito e ilustrado pelo genial David Mack, este 7º volume da sua obra-prima Kabuki conjuga a magia das artes plásticas com a filosofia, a literatura e, acima de tudo, a virtude da beleza, numa história de pura alquimia criativa.
Este é o livro que me tem transformado os dias a a mente:

Mas porque um livro não chega, fui ontem ver um filme que se baseia num livro. Nunca é a mesma coisa, mas prefiro ver tudo do que julgar por antecipação. Assim, fui ver a versão cinematográfica do livro de BD que quebrou as regras no mundo da BD: Kick Ass!
A permissa é: "Com milhões de pessoas a lerem livros de super-heróis em todo o mundo, porque é que não existem super-heróis verdadeiros?"

Apesar de ser um bocado sangrento e o mais politicamente incorrecto possível, esta história puxa, sem dúvida, pelo adolescente sonhador que há em nós. Continuo a seguir a história em BD, mas o filme não me decepcionou... e tenho a dizer que esta pode muito bem ser a melhor actuação da carreira do Nicolas Cage!

quarta-feira, abril 21, 2010

Game over. Let's play...


Fechem os olhos e oiçam a letra.
Uma carta de amor para um geek. Genial.
Emocionei-me a ouvir isto. A sério.

terça-feira, abril 20, 2010

sexta-feira, abril 16, 2010

"Fa-lo de mãos postas"...

Tenho uma Nossa Senhora que brilha no escuro. Mas é só isso que ela faz.
Agora a Atlantis, desesperada para não ir à falência, lançou isto:

A partir de agora vou desconfiar sempre que ouvir uma mulher gritar de prazer "ai, minha nossa senhora"!
E estou seriamente a pensar em ir a Fátima este ano com a máquina de filmar...
Mais informações, aqui.

quinta-feira, abril 15, 2010

Gourmet mais...


Ontem estive lá... e quase que chegava ao peixe de gatas.

quarta-feira, abril 14, 2010

Este ficou-me...


Sim, um filme com a Sandra Bullock ficou-me na memória... e pela positiva.

terça-feira, abril 13, 2010

segunda-feira, abril 12, 2010

Vacation...


I needed that!...

quinta-feira, abril 01, 2010

Imaginarium...


Ver um filme do Terry Gilliam é sempre uma aventura inesquecível. Como membro dos Monty Python, desde cedo revelou o seu fabuloso "imaginarium" enquanto realizador, animador e, acima de tudo, sonhador. Para ele tudo é possível em cinema e não se acanha de demonstrar isso a cada filme que faz. Se Kubrick era um mestre a mostrar as disfunções da mente, Gilliam é um mestre a mostrar as emoções da mente. Mas mais do que criar universos oníricos, ele cria universos empíricos, onde a imaginação não é o limite, é o começo. Desde o filme Brazil até a este Imaginarium, passando pelos fabulosos Fear and Loathing in Las Vegas e Tideland, entrar numa sala de cinema para ver uma obra de Terry Gilliam é como atravessar para o outro lado do espelho.
Este filme tem ainda a particularidade de ser o último de Heath Ledger, no papel de um homem que está prestes a morrer... (damn irony!).