segunda-feira, outubro 29, 2012

Fran Lebowitz...

... ou "A arte de ser besbocada".

quarta-feira, outubro 24, 2012

"E foi aqui..."


O passo seguinte...

terça-feira, outubro 23, 2012

segunda-feira, outubro 22, 2012

Zelig...


Uma relíquia preciosa que define uma mente brilhante...

terça-feira, outubro 16, 2012

A bloguimia da crise portuguesa (ou porque é que o Benfica não tem jogadores portugueses?)


Muita gente se pergunta porque é que Portugal está em crise. Muitos culpam os políticos, os políticos culpam-se entre si mas, neste momento em que percebemos que os políticos são tão incompetentes que nem se sabem governar a si próprios, a verdade é que a culpa... é nossa!
Primeiro, toda a gente sabe que somos um país de sacanas. A arte do engenho, do desenrasca, que tão boa fama nos dá, é também a arte do "faz-me aí um jeitinho, que não te custa nada", retirando-se assim o valor do trabalho, o profissionalismo, a especialização, o mérito. As profissões são hierarquizadas. E mais do que isso, como todos nos desenrascamos, somos capazes de fazer tudo, possivelmente até uma operação cirúrgica, se o paciente não precisar de ficar com as  suas funcionalidades intactas. Por isso, se nós conseguimos fazer, se parece fácil, não vamos pagar nada por isso ou, então, pagamos pouco, reduzindo o valor de tudo.
Isto leva-nos áquilo que, para mim, foi o grande potenciador da crise nacional. O problema da conversão. Quando entrámos para o Euro, a moeda portuguesa era das que menos valia em relação à moeda única. Um Euro valia 200 escudos. No entanto, internamente, o povo português auto-fodeu-se, porque fez a conversão da seguinte forma: os ordenados foram convertidos à taxa real (ou seja, por exemplo, 10.000$00 = 500€), enquanto os preços dos produtos foram convertidos a uma taxa virtual de 1€=100$00, aproveitando a difícil adaptabilidade dos mais velhos e o entusiasmo cego dos mais novos. Assim, quando se comprava, por exemplo, uma caixa de pastilhas por 100$00, passou automaticamente a comprar-se por 1€ (200$00), o que exponencialmente, na compra de produtos de maior valor, provocou um impacto brutal nos orçamentos familiares, que não viram os ordenados "insuflar" da mesma forma. Assim, a culpa das famílias deixarem de ter dinheiro, deve-se a esta "taxa de câmbio psicológica", que foi largamente aproveitada pelos próprios portugueses em várias áreas de negócio e que lixou o mercado interno, leia-se, os próprios portugueses. E foi isto que nos fez começar a viver acima das nossas possibilidades. Sem nos apercebermos, ganhávamos o mesmo e gastávamos os dobro, com os lucros a reverterem a favor das grandes empresas (principalmente as de monopólio, como a PT, a EDP, a EPAL, os bancos, etc.) que, na maior parte das vezes, investiam mais no estrangeiro do que em Portugal, já para não falar daquelas que, mesmo tendo lucros brutais, continuavam a chupar na teta dos subsídios comunitários.
Mas tudo isto tem como base uma crise de valores. O que é nacional é bom e pode ser mesmo muito bom, mas não se acredita nisso. É preciso tirar tudo a ferros. Nós continuamos a importar mais do que exportamos, porque nós não acreditamos naquilo que estamos a vender. Portugal precisava de bons comerciais, de lóbis, do caralho alado, algo que fizesse o país ser apetecível a quem está lá fora, mas também a quem está cá dentro. Aprenda-se com o Zezé Camarinha. É um bimbo, é, mas ele sabe vender o que é português, incluindo o bigode e o sotaque à vela. O Zezé fala tão bem inglês como o Mourinho. Eles sabem que os detalhes não interessam, porque estão a fazer um favor em tentar falar estrangeiro. São portugueses, gostam de Portugal, têm orgulho nisso. E é isso que nos falta. Mas Portugal está cheio de snobs que gostam é de pronunciar os nomes estrangeiros com minúcia. Vê-se em todo o lado, na cultura, no entretenimento, na rádio, na televisão, no cinema, no que comemos, no que bebemos, etc. E quando se quer combater isso, vai-se para o popularucho, para o vão de escada, para o baratucho, porque isso é que vende. Perdemos tempo e dinheiro com merda. Com a merda da Casa dos Segredos, com a merda do Toca a Dançar, com a merda da Maya e das Júlias e das Fátimas e dos Gouchas. Não se educa, choca-se, porque a população envelhecida só merece é merda. É isto que nos espera. Já não há espaço para Julios Isídros com sentido cultural, para Zip Zips com sentido de entretenimento junto do povo sem o tratar como atrasado mental, para teatro na TV (sem ser as revistas e o La Féria), para coisas que tenham conteúdo e não tenham a Teresa Guilherme.
É como o Benfica. Porque é que o Benfica não tem jogadores portugueses? Porque é que a seleção nacional não consegue arranjar um bom avançado? Porque é que os clubes portugueses preferem gastar dinheiro com jogadores estrangeiros do que com os jovens portugueses, já que não ganham nenhuma competição internacional à mesma? Porque é que não se fomenta uma cultura nacional, seja em que área for? Só assim é que o dinheiro fica cá. Só assim é que se pode crescer a partir de dentro para fora, só assim é que podemos ir para a rua exigir alguma coisa, porque por muito que queiramos mandar governos abaixo, os que para lá forem não têm outro remédio senão baixar as calças ao banco central. Quando se pede dinheiro emprestado tem de se pagar. Faz parte da honra, algo que também já se esqueceu. Eu pago sempre o que devo, e devíamos pagar todos. O que não devíamos era mamar tanto na teta dos outros e depois dizer para eles se foderem. Isso não se faz porque não gostaríamos que nos fizessem isso a nós.
Só uma última questão. Quando se fala em desemprego, a última coisa com que nos devemos preocupar é com o desemprego jovem, senhores ministros. Os jovens têm como se amanhar. Vão para uma caixa de supermercado, um call center, tiram mais um curso, pedem ajuda aos pais, vão à aventura para outro país sozinhos ou acompanhados, resumindo, desemerdam-se, até porque actualmente é muito fácil encontrar jovens que ficam em casa dos pais até aos 30 anos. O que nos devemos preocupar seriamente é com o desemprego sénior. Porque esses sim, não se conseguem desemerdar. Esses sim têm contas para pagar, filhos para criar, jovens para ajudar, avós para cuidar, famílias para sustentar. Esses sim não têm tempo para se aventurarem, não têm capacidade para levar a família para o estrangeiro, mudar de casa, pagar os empréstimos da casa e do carro. Esses sim estão fodidos, e não são os jovens com ordenados de 500 euros que os vão ajudar. É preciso garantir o trabalho de quem sustenta, não de quem é sustentado. Porque uma casa com mãe e pai desempregados, até podem ter 10 filhos, que não vai aguentar. E se a intenção é criar uma sociedade em que os filhos sustentam os pais, bem podemos começar o borrar os pés todos.
Ainda assim, a crise até está a ter um efeito benéfico, mesmo que ainda a um nível sub-reptício. Está a ensinar-nos a valorizar o que é nosso, a perceber que ser patriótico, amar um país, a sua cultura, a sua história, não é ser fascista, nem retrógrada, nem saudosista. As pessoas já saem à rua na luta pelo seu futuro, os políticos já não são senhores intocáveis, as empresas já não são blocos de cimentos opacos porque já se percebeu que muitas delas fazem lucros à conta da desinformação e da passividade dos clientes. Finalmente há luta. Lutemos, então.

segunda-feira, outubro 15, 2012

Moonrise...














Wes Anderson está seriamente a tornar-se um daqueles realizadores que me fazem querer ver um filme só por estar lá o nome dele. É tudo tão bom que parece que o mundo, eventualmente, numa dimensão paralela, até poderia ser perfeito... desde que tivesse um toque vintage.
Este filme é Nutella audiovisual.




















Ultimamente, não sei porquê, há sempre uma frase que me marca nos filmes que gosto. Desta vez, apanhei uma frase que nem sequer apareceu legendada na versão que vi. No momento em que o escoteiro fugitivo se vê encurralado pelos seus perseguidores, ele sobe para um monte de pedras e exclama: "I will stand here and I will fight no more forever!" A frase pairou sobre mim de tal forma que pensei em ser o meu único comentário ao filme, como se resumisse todas as ideias. Mas resolvi colocar a frase no google e surgiu-me uma miríade de coisas, baseadas nesta célebre frase de um chefe índio. A curiosidade tem destas coisas...

sexta-feira, outubro 12, 2012

quinta-feira, outubro 11, 2012

Em bico...

A sério, já vi este vídeo cerca de duzentas vezes...

quarta-feira, outubro 10, 2012

(Lost) control...


Não sei se me fez bem ver este filme. Com três letrinhas apenas podem-se escrever vários nomes e naquele outro lado do espelho haviam muitos reflexos em vidro fosco. As angústias, as dúvidas, o bem maior e o mal menor, o cérebro em luta com o coração, a escrita como fuga e o palco como o lugar mais visível onde se quer ser invisível. Tudo isso representado na vida de alguém que morreu no ano em que eu nasci, aos 23 anos, numa fase da vida igual àquela em que me encontro agora. Só que esta história não acaba bem. Mas em vez de me deixar subjugar pela ficção da realidade, prefiro acreditar que talvez sejam estes os messias dos tempos modernos, que se sacrificam para salvarem as almas dos seus semelhantes, mesmo que para isso levem consigo talentos que poderiam salvar a humanidade de muitas outras formas...

terça-feira, outubro 09, 2012

Lennon...


Diz que hoje faz aniversário...

segunda-feira, outubro 01, 2012