sexta-feira, novembro 16, 2007
Devaneio necessário
Passo o dia a escrever. E a ler. Escrevo e leio. E vejo. Escrevo, leio e vejo. Sempre em palavras. Mesmo as imagens. O abstracto é-me difícil de ler. E de compreender. Não consigo ler nem compreender o abstracto. Consigo sentí-lo. Não consigo interpretá-lo. Nem concretizá-lo. É-me difícil interpretar ou concretizar o abstracto. Consigo criá-lo. Criar o abstracto é-me fácil. Mas não de uma forma inteligente. Inteligível sim, inteligente não.
Passo o dia a criar. Gosto de criar. Pela escrita. Só pela escrita. Mesmo as imagens. Crio imagens pela escrita. Não digo que crie imagens credíveis nem consistentes. Gosto do desafio de criar imagens com palavras. Gosto de descrever imagens. Criar o abstracto através do concreto.
Passo o dia a pensar. Penso muito. Demasiado. Penso sobretudo em tudo. Penso no que fiz, no que faço, no que tenho para fazer. Vejo-me de longe. Vejo-me ao pormenor. Critico-me. Desespero-me. Rio-me. Auto-analiso a minha auto-análise. Mas quem sou eu para pensar no que penso sobre mim?
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1 comentário:
"De quem é o olhar
Que espreita por meus olhos?
Quando penso que vejo,
Quem continua vendo
Enquanto estou pensando?"
F.P. O grande
BOM NATAL ruizito!
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