terça-feira, março 11, 2008

O sexo exótico


Ontem tive uma experiência. Não me perguntem se foi boa ou má. Foi uma experiência.
Vi este filme:

Em português: "Sabor a melancia".
O que posso eu dizer?...
Tinha curiosidade em ver e, por pouco, a curiosidade matava o gato.
Diferente de todos os filmes que já vi até hoje (e já vi para cima de bastantes...), esta é uma realidade que deverá fazer muito mais sentido se tivermos fumado umas coisas para rir. Mas em dose de cavalo.
Que bom é haver este outro extravagante planeta, o asiático, dentro do nosso, tão certinho, para que seja possível assistirmos, sem culpa, a um modus criativus de estirpe extraterrestre.
Com planos mais parados que os filmes do Manoel Oliveira, esta esquizofrenia de 109 minutos mostra-nos o amor em tempo de seca. Sem água nas torneiras, a fruta mais húmida é sem dúvida a melancia. Rija por fora, suculenta por dentro. Verde por fora, ruborizada por dentro. Etc. Etc....
As posições da câmara fazem com que todos os planos sejam representações vaginais, sejam elas uma ponte curvada, o eixo de um cruzamento, o recanto de um quarto, um beco muito estreito, etc, etc....
A trama gira à volta da realidade sexual, seja ela real (não é tão redundante como parece), ficcional (o mundo da pornografia) ou fantástica (com números musicais dignos do submundo da broadway). Com sexo semi-explícito, mas muito revelador, este é definitivamente um filme para não agradar a ninguém. Mas é um segredo que sabe bem guardar. Que permanece connosco depois do seu orgásmico final. Que nos faz sorrir sempre que nos vem à memória. E suspeito que será algo recorrente durante os próximos anos...

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