quinta-feira, junho 26, 2008

Música que dá vontade de abraçar...


Já que estamos numa onda musical, aqui está a música que já dediquei à gatinha que mais amo. Eu sei que é uma balada "r&b" e que, nestas músicas, até os gangster rappers são os cãezinhos mais dóceis, mas o que é certo é que esta toca questões que são realmente relevantes para mim e que me fazem perceber que o amor, ao contrário do que se procura cada vez mais na sociedade actual, não é o agora, é o depois.

"Lately you've been, questioning
If I still see you the same way
'cause through these tryin years
We've, more then both physically changed

Don't you know you'll always be the most
Beautiful woman I know
So let me reassure you darling, that
My feelings are truly unconditional, see

I'll love you when you hair turns gray, girl
I'll still want you if you gain a little weight, yeah
The way I feel for you will always be the same
Just as long as your love don't change

No, I was meant for you, and you were meant for me, yeah
And I'll make sure that I'll be everything you need, yeah
Girl the way we are is how it's gonna be
Just as long as your love don't change

'cause, I'm not impressed, more or less
By them girls on the tv and magazines
'cause honestly I beleive, that
Your beauty is way more than skindeep

'cause everything about you makes me feel
I have the greatest gift in the world
And even when you get on my last nerve
I couldn't see myself being with another girl

I'll love you when you hair turns gray, yeah
I'll still want you if you gain a little weight, yeah
The way I feel for you will always be the same
Just as long as your love don't change,

No, I was meant for you, and you were meant for me, yeah
And I'll make sure that I'll be everything you need, yeah
Girl the way we are is how it's gonna be
Just as long as your love don't change

So, don't waste your time
Worry about
Small things that ain't relevant to me
'cause, to my, understanding, you're all I want and need

See, what I'm done say is I'm here to stay
And as long as you love doesn't change, for me
Baby, darling I swear, that I, I swear I ain't goin' nowhere

I'll love you when you hair turns gray, girl
I'll still want you if you gain a little weight, yeah
The way i feel for you will always be the same
Just as long as your love don't change,

I was meant for you, and you were meant for me, yeah
And i'll make sure that i'll be everything you need, yeah
Girl the way we are is how it's gonna be
Just as long as your love don't change"

Musiq Soulchild
Dontchange

sexta-feira, junho 20, 2008

Ando com uma orquestra na cabeça...



Nunca consegui escrever em silêncio. Tenho demasiados pensamentos para que consiga ter sossego suficiente para seguir um racioncínio. Ponho em questão tudo o que escrevo à medida que vou escrevendo. Para mim, escrever em silêncio é uma guerra épica contra as vozes que falam no interior dos meus ouvidos. E eu tenho/oiço demasiadas vozes. Já para não falar nos barulhos insurdecedores produzidos pelo bicho da madeira, pelo vento na janela, pelos passos dos vizinhos, pelo frigorífico, pelo pó a colar-se aos móveis, pelos pêlos a crescer no corpo e pelo eco do silêncio.
Tudo isso me distrai.
Por isso, sempre que escrevo tenho de estar de fones nos ouvidos e a música tem de ser suficientemente serena para não me atrapalhar os pensamentos, suficientemente complexa para eu não me farte de a ouvir depois de dois ou três loops e que seja cantada por uma voz tão inebriante que deixe a minha imaginação trilhar caminhos surpreendentes.
Exemplos constantes na minha lista são Radiohead, Rufus Wainwright, Badly Drawn Boy, Feist, Joni Mitchel, Jill Scott, Musiq, John Legend, Kanye West, Phoenix, Snow Patrol, Coldplay, Rita Redshoes, David Fonseca, JP Simões, Dead Combo e alguns lounge mixes e etc.
Mas recentemente, na lista dos mais tocados, está uma banda que oiço quando escrevo, quando não escrevo e que assobio quando não estou a ouvir: Beirut



Pelo que percebi, já muita gente ouviu falar desta banda americana, mas para mim foi uma daquelas surpresas que parecem não parar de surpreender a cada audição desta "musical assemblage". Pensem nas melodias de um Emir Kusturica & No Smoking Orchestra a 33 rotações e com uma voz que parece saída de um conto de fadas e que nos embala para um mundo de boémia melancolia. É o que estou a ouvir enquanto escrevo estas palavras...

quinta-feira, junho 19, 2008

É a falta de cultura, estúpido!


À conta do Jornal Público ando a descobrir os clássicos.

quarta-feira, junho 11, 2008

Finalmente, um desporto à minha "dimensão"...


Quando não se tem nada para dizer, basta pisar uma pequena poça de lodo na internet e descobrem-se coisas que nos desarmam.

Eu até ando com vontade de fazer um desporto qualquer. Talvez isto seja a solução.
Para todos vós, meninos e meninas, origamis penianos!

Eu já sei fazer este...

segunda-feira, junho 02, 2008

Amy a afogar-se no Rio...


Gosto de tascas.
É uma tara minha.
Gosto de tascas, de todo o conceito orginal, do balcão em aço inox, sempre húmido, onde os copos deslizam de mão em mão, das mesas desengonçadas onde só se sentam duas pessoas e meia, da montra de bebidas espirituosas para consumo exclusivo da casa, do cheiro constante a álcool que atrai as moscas e afasta as melgas, dos donos, o senhor ou a senhora de bigode, que passam o dia a limpar copos e que todos tratam por tu, dos clientes habituais que vêem a vida através do fundo das garrafas, dos diálogos que são apenas monólogos, dos olhares vagos e, sobretudo, das vozes. Adoro as vozes. Aquelas vozes que já vêm apodrecidas do goto, que apenas conseguem falar em segredo mas que, com um penálti ou dois bem marcados, são audazes o suficiente para trautear uns fadunchos ou uma baladas das antigas. Não há nada melhor que um bom fado castiço, cantado por uma voz quebrada à beira da obliteração.
Por essa razão, quando oiço alguém dizer que a Amy Winehouse tem uma bela voz, penso para mim que também o Sr. Xico, da Tasca do Zé, em Alcântara, e o Sr. Felisberto Caracol (nome verdadeiro) do Cantinho Saloio, ali para os lados de Alverca, também teriam talento suficiente de estar no Palco Mundo do Rock In Rio, se ao menos alguém apostasse neles...
Mas acho que sei porque é que estas boémias estrelas de becos e vielas nunca conseguiriam tal façanha: nenhum destes perdidos da fé é viciado na maldita cocaína e, por conseguinte, não possuem "star quality".
Se vivesse em Lisboa e se chamasse Amélia Adega, a Amy Winehouse nem conseguiria encher as três mesinhas do canto da Tasca da Ti Albertina, no Bairro da Mouraria. Ninguém teria estômago para aguentar tal decadência...