segunda-feira, dezembro 22, 2008
sexta-feira, dezembro 19, 2008
segunda-feira, dezembro 15, 2008
Boas festinhas...
Depois de ter visto este genial “postal” de Natal do meu amigo Quinta, fiquei um pouco renitente em relação a qual seria a minha mensagem para este Natal. Que coisa mais estupidamente incrível poderia eu fazer para superar o visionamento de duas mãos a mexer numa rata sueca, ao som de uma das melhores melodias natalícias alguma vez feitas?
Vai daí, lembrei-me: nada seria mais natalício do que mostrar um grande plano da minha boca enquanto eu devoro fatias enormes de bolo rainha fora do prazo, ao mesmo tempo que canto uma versão em holandês da música Silent Night, sendo simultaneamente barbeado por uma gatinha austríaca em biquíni enquanto ela se vai banhando com canecas de cerveja à medida que assobia o hino da Suíça em Ré menor entre a falha dos dentes da frente e tenta comer uma salsicha alemã sem morder.
Perfeito! Boas festas!
Vai daí, lembrei-me: nada seria mais natalício do que mostrar um grande plano da minha boca enquanto eu devoro fatias enormes de bolo rainha fora do prazo, ao mesmo tempo que canto uma versão em holandês da música Silent Night, sendo simultaneamente barbeado por uma gatinha austríaca em biquíni enquanto ela se vai banhando com canecas de cerveja à medida que assobia o hino da Suíça em Ré menor entre a falha dos dentes da frente e tenta comer uma salsicha alemã sem morder.
Perfeito! Boas festas!
quinta-feira, dezembro 04, 2008
“I’m a human being, goddamnit!”
Apesar de pouco activo, aprecio o espírito activista. Aliás, foi a ler as páginas da revista ADBUSTERS que descobri o meu espírito culturalmente subversivo.
Por isso, prometi a mim mesmo que iria partilhar com toda os gatos e gatas que conheço (e que não conheço, através deste blog) a necessidade de verem o documentário “Zeitgeist”.
A veracidade ou não do que lá se diz e se mostra é, como sempre, passível de ser posta em causa (mais uma teoria da conspiração e etc.). Mas essa é uma das condicionantes da comunicação informativa no mundo actual. Suspeita-se das verdades por parecerem demasiado cruas e ocultam-se as lacunas para que não se transformem em mentiras. Neste caso, mesmo as imagens mais chocantes poderão, a princípio, ser vistas com indiferença porque reagimos como se estivéssemos a ver uma película de acção. Mas a pouco e pouco, vamos percebendo que afinal nem tudo bate certo, e essa é a única mensagem que deixo à vossa consideração. Ninguém é dono da verdade, mas a dúvida também pode ser uma arma social. Eu assumo que fiquei sobressaltado. Porque as imagens que lá se mostram não são ficção, são reais, e tiveram consequências. E as consequências não podiam ser mais verdadeiras.
Um filme destes (um documentário, uma produção independente, uma “seca” de 2 horas,...) poderá até passar despercebido a muita gente. Mas convém que não passe despercebido a toda a gente. É demasiado importante, principalmente para que se quebrem alguns mitos que regem/definem/manipulam a nossa sociedade. E são exactamente esses mitos que são postos em causa.
Resumidamente, este é um daqueles filmes de que se fala esporadicamente numa conversa de café quando, a meio de uma frase, alguém interrompe: “Por falar nisso, já viste o Zeitgeist? Não? Tens de ver. Depois falamos melhor sobre esse assunto.”
Vejam, grátis, aqui (com possibilidade de seleccionar legendas em português).
Ainda estou a ganhar fôlego para ver o novo ZEITGEIST: ADDENDUM.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Quem és tu...?
Nas várias experiências que tive em algumas das minhas sete (nove?) vidas, passei por várias provas que escamotearam a minha forma de ser. Não me refiro a provas que me foram impostas pelo destino. Essas somos obrigados a superar, a bem ou a mal. Refiro-me a provas que me foram impostas por terceiros, a testes, a exames de âmbito profissional mas de cariz pessoal, que puseram em causa a minha individualidade, que me obrigaram a dissertar sobre quem eu sou ou sobre quem poderia ser. Nessa altura, sempre me assaltou a dúvida de se deveria responder consoante a minha própria integridade ou consoante quem perguntava.
Escolhi sempre ser íntegro, honesto, sincero.
Talvez por isso não me seja reconhecida muita ambição.
Assumo que trabalho para viver. Não vivo para trabalhar. E orgulho-me disso.
Muitos sociólogos afirmam que o facto das mulheres estarem cada vez mais dedicadas à carreira tem contribuído para um aumento da taxa de divórcios (não tem a ver com machismo nem feminismo, é apenas uma constatação do progresso social). Já ninguém tem tempo para a família. A família passou para décimo quinto lugar. Não há tempo para nada. Tem de se dar tudo pela empresa. E o problema é que os filhos não se criam sozinhos. Há até quem já pense em engravidar de uma empresa porque ao menos assim ninguém se importa de fazer horas extraordinárias. E para quê? Para um dia sermos despedidos e relativizarmos a importância de tudo? Para um dia nos reformarmos e sermos demasiado velhos para reconhecermos o prazer de viver? Ou para termos os colegas de trabalho, aqueles que nunca nos suportaram, que disseram mal de nós nas nossas costas e que desejavam o nosso lugar, a comer canapés no nosso funeral (“menos um, talvez agora seja aumentado”)?
Pensem nisso, enquanto eu vou ali fazer amor com a nova impressora do escritório...
Modelo: Che
Foto: José Goulão
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