Para quem pensava que os artistas não se divertiam, aqui estão duas peças fundamentais na monumentalidade nacional que, inesperadamente, revelaram uma surpreendente ligação entre si. Pode ser apenas uma deturpação da minha mente, mas acompanhem-me nesta análise e tirem as vossas próprias conclusões.
No Parque Eduardo VII, encontramos a conhecida peça de João Cutileiro dedicada ao 25 de Abril. Para alguns, simobiliza algo relacionado com a revolução dos cravos (ninguém sabe ao certo o quê), mas para muitos é obviamente um símbolo fálico que, ainda por cima, esguicha.
Do outro lado da cidade, mesmo junto à Torre de Belém e em frente ao Forte do Bom Sucesso, está o Monumento aos Combatentes do Ultramar. Este monumento representa coisas e vidas de uma profundidade abissal, tão profunda quanto abstrata. Na apresentação desta obra, alguém viu que aquilo simbolizava "a união entre todos os povos envolvidos na guerra do ex-ultramar português, sem constrangimentos nem ressentimentos". Perfeito. Mas para os olhos mais treinados, aquilo é a versão feminina da obra do Cutileiro.
Ou seja, basicamente o que os artistas quiseram dizer foi que, na tropa, por muitas guerras que se lute, por muitas pessoas que se matem, por muitas ordem que se cumpram, acabamos sempre f...f...furstrados.
Make love, not war :P
1 comentário:
e por baixo está a pirâmide onde jazem os ossos da virgem que deu à luz... não há duvida que se divertem... lembraste do josé de Guimarães... grande abraço
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