quinta-feira, setembro 14, 2006

Busquelette


Raramente fico indignado. Na transição defesa-ataque que foi a minha puberdade nunca senti a
necessidade de me indignar. Tudo me parecia natural. A rejeição, a injustiça, o adeus. No entanto, à medida que me fui reconhecendo como ser-humano, presente num determinado tempo e espaço, fui ganhando uma consciência crítica que me foi abominando, aos poucos, a realidade, as pessoas, e tudo o que está para além do meu infinito. Um desencanto que partilho com duas ou quatro moscas intrigantemente afectas ao meu ouvido esquerdo. O Benfica já não é o meu Benfica e não tenho SportTv. Só me resta ter sete vidas... mas acho que já perdi uma algures.

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