quinta-feira, maio 20, 2010

Kabuki (ou o teatro de viver)...


Este livro mudou a minha vida. Mas não foi só a minha. Também mudou a vida do autor e, a julgar pelas cartas transcritas no final do volume, mudou a vida de muita gente um pouco por todo o mundo. Nestas últimas semanas, a influência deste profundo, belo e emocionante "teatro" de palavras e imagens fez com que estivesse para aqui a fazer extensas reflecções sobre o que é a vida, o que é a morte, o que é a arte e até sobre o que é um salto de pára-quedas. Dava por mim a reflectir sobre estas e outras questões, sem me aperceber da enorme influência que este livro estava a ter sobre mim. Mas agora que cheguei ao fim e revi o que tinha lido através das palavras dos outros leitores, concluí que nunca nenhum livro me tinha feito ver a vida como este fez, nem analizá-la de forma tão profunda e tão... real. Mesmo lendo aos bocadinhos, em altas horas da noite, com os olhos já quase revirados, consegui absorver o seu conteúdo e reflectir sobre ele. Fala-se em filosofias, teorias, biografias, grafias, magias, alquimias, verdades e mentiras, sempre com uma humanidade e uma subtileza que desafiam qualquer pensador, qualquer curioso. Uma troca de cartas anónimas, que servem para reforçar a hiper-teatralidade das personagens, são a base para se falar da realidade que usurpa qualquer um de nós em determinado ponto da nossa vida. Nada fica por dizer nesta história, mas fica muito mais por querer saber.
Por curiosidade, escrevi o post "Ligar os pontos" dias antes de chegar ao capítulo intitulado "Connecting the dots", onde surge esta página:

Este é o sétimo volume da colecção "Kabuki", do artista e escritor americano David Mack. Esta é a colecção que tem dado à BD a capacidade de ser mais do que apenas histórias aos quadradinhos. Esta é a revolução artística e conceptual que tem revolucionado a linguagem dos Comics e contribuído para enraizar neste meio de comunicação artístico aquilo que faz parte de qualquer obra superior: alma.
Aconselhado a todos aqueles que apreciam a beleza, em todas as suas formas e sentidos.

2 comentários:

O Meu Outro Eu Está a Dançar disse...

:) fiquei curiosa!

None disse...

E assim conseguiste pôr-me com vontade de o ler... :o)