E agora deixo-vos durante 15 dias com água na boca :)
Vou ali e já venho.
Cheers!
sexta-feira, julho 30, 2010
Hoje, sinto-me feio...
Tive o prazer de ter aulas de teatro com o António Feio. Mas apesar de não ter sido durante muito tempo, tive uma oportunidade fantástica de me apresentar a ele. No primeiro ou segundo dia de ensaios, estavamos todos reunidos no palco a ouví-lo falar sobre os exercício que iriamos fazer durante aquela sessão. Alguns de nós já tínhamos experiência teatral, outros não. Depois de alguns minutos a ouví-lo, levantámo-nos. Nesse momento, ele disse: "Espalhem-se." E eu atirei-me para o chão com estrondo. Espalhei-me. Ele continuou muito sério e, com uma voz muito serena, disse-me: "Tu deves ser o palhaço do grupo." E eu, a partir daí, soube que o tinha marcado para sempre.
Ou talvez não.
De qualquer forma, ele foi sempre inspirador e, sem dúvida, um dos grandes actores cómicos que este país já teve e deixa um legado extraordinário quer no teatro, no cinema e na televisão. Foi uma pena que tenha perdido esta batalha. Haveria muito mais para fazer.
A última mensagem que deixou, presente no trailer do filme "Contraluz" faz pensar. E faz pensar não só porque é um lugar comum, dito sobretudo por aqueles que começam a ver que não têm mais tempo para "aproveitar a vida", mas acima de tudo porque nos faz questionar sobre o que é "aproveitar a vida ao máximo". O que significa isso? Significa que não nos devemos deixar prender por nada? Que devemos satisfazer todos os nossos desejos e loucuras? Ou, pelo contrário, significa procurar o bem-estar, a plenitude, o conformismo?
Prefiro não pensar muito nisso e lembrar-me acima de tudo das palavras que ele me dirigia nesses saudosos ensaios no Teatro de Benfica: "Se não fosses tão bonito, tinhas talento para seres meu filho." (...talvez não tenham sido bem estas palavras...)
Obrigado, António.
quinta-feira, julho 29, 2010
quarta-feira, julho 28, 2010
O poder de uma ideia...
Que filme genial! (se não viram e querem ver, é melhor não lerem o texto que se segue...)
Desde "Memento" (e sem esquecer os magníficos quadros épicos de Batman) que Christopher Nolan não tinha um momento de poesia cinematográfica tão puro e, ao mesmo tempo, tão complexo. Este é o tipo de filme que eleva o cinema ao seu expoente máximo. Claro que uma demanda desta significância tem as suas lacunas, mas nada subtrai ao prazer enorme que é ver e decifrar cada momento desta películoa, até ao último segundo (que me fez salta da cadeira com um arrepio e um sorriso nervoso de incredibilidade e reverência à genialidade do conceito). Como se diz na própria história, "uma simples ideia que muda tudo."
E é de ideias que se fala. Ideias, sonhos, realidade, vida e amor. É daqueles filmes que sobrevive durante o intervalo em jogos de adivinhação, leituras, análises, discussões, e se prolonga para além da ficha técnica e da sala de cinema, principalmente se formos dormir a seguir.
Mais do que incidir sobre até onde podemos influenciar os outros, o título original permite a dualidade de leitura que é: até onde nos podemos influenciar a nós mesmos? É essa parte que me faz arrepiar. As ideias que implantamos na nossa mente têm mais força do que aquelas que tentamos implementar nos outros. As nossas memórias, a racionalização das nossas emoções, os nossos desejos, os nossos medos, são muito mais difíceis de controlar do que qualquer ideia que seja exterior a nós, que não tenha nada onde se "colar". Mas, por vezes, essas ideias surgem na nossa consciência sem que tenhamos uma percepção de como foram lá parar. Na vida real isso é assustador. Neste filme, isso é magnífico.
Este é um filme que nos faz questionar a nossa essência, a nossa mente e a nossa própria existência. Um filme com várias histórias pararelas magistralmente geridas, com sequências originais nunca antes vistas e um sentimento profundo de que se está a contar uma história inteligente (sem ser intelectualóide), que toca a todos e que nos faz pensar muito, muito mesmo, sobre quem somos, como somos e o que influencia a nossa forma de pensar e ver o mundo que nos rodeia. Mas não só...
"Se eu te disser para não pensares em elefantes, qual é a primeira coisa em que pensas?"
terça-feira, julho 27, 2010
Verão...
Chavala, não faças a mala
Espera pela Primavera
E no Verão, das flores lilases,
Anda chavala, vamos fazer as pazes
Não chores mares e cascatas
Virão novas serenatas,
e o Sol voltará a brilhar,
num rés de chão ou num terceiro andar
Chavala, chavala
Se às vezes pensares em mim
Eu sei, eu vou pensar em ti
E havemos de nos encontrar
Mas agora resta-nos sonhar
E se eu sair da prisão
Com uma pistola de sabão
Se tu estiveres com alguém
Eu vou chorar e chamar pela minha mãe
Chavala, chavala
by Irmãos Catita
quinta-feira, julho 22, 2010
quarta-feira, julho 21, 2010
terça-feira, julho 20, 2010
Dia do amigo...
A amizade, tal como todas as outras emoções, não tem apenas uma definição. Hoje, para celebrar o dia internacional do amigo, lembrei-me desta:
Cheers, friends of the zone! :)
Cheers, friends of the zone! :)
segunda-feira, julho 19, 2010
sexta-feira, julho 16, 2010
Summer...
A minha música de Verão vai ser esta (Kid Cudi, Rostam Batmanglij (Vampire Weekend) e Bethany Cosentino (Best Coast)):
Para elas, espero que seja esta:
Para elas, espero que seja esta:
quinta-feira, julho 15, 2010
Putos...
O puto Zé encontrou-a.
Eu via-a sempre a caminho de casa, quando regressava da secundária do Lumiar e, mais tarde, da Universidade. Muitas dessas vezes acompanhado pelo puto Antunes, outras pelo puto Kimosabe, raramente pelo puto Couto, menos ainda pelo pelo puto Fonseca e acho que nunca pelo puto Silva ou pelo puto Cunha (daí o seu achado). Estava lá antes das obras do viaduto e lá permanece depois das obras do vidaduto. Não sei se foi ela que me inspirou subliminarmente ou se só a vi depois da criação do gang. Sei que me lembro dela e gosto que ela seja real, não apenas fruto da minha imaginação. Não sei quanto tempo mais irá durar, não sei se irá sobreviver à crise, à ASAE ou a outros ataques externos. Ou se irá ser consumida por si mesma, por alguma crise de ferrugem ou alguma zanga entre os donos. Só sei que está lá, agora, como um monumento aos bons velhos tempos que me empenho para estender até ao futuro. Os putos foram mudando, crescendo, tomando novos rumos, adoptando novas responsabilidades. Uns desapareceram, outros já deram origem a novos putos e os restantes continuam a evoluir, a experimentar novas coisas, a perseguir os seus sonhos, a satisfazer as suas curiosidades, a explorar a sua criatividade, a descobrir os mistérios da vida, da amizade, do amor, da paixão, e os desafios que fazem com que tudo isso seja valioso na sua existência. Mas o que une os putos é muito mais do que a vida real, é um fio invisível, quase umbilical, mesmo que estejamos noutro país ou noutra dimensão. O que nos liga é um momento nas nossas vidas em que proferímos um juramento, com direito a baptismo e tudo, numa altura em que a amizade era o bem mais precioso do universo. Coisas de putos... mas que, mesmo que seja só na memória, podem durar para sempre. Como a mítica "rolote".
O puto Zé encontrou-a. Agora será eterna.
quarta-feira, julho 14, 2010
terça-feira, julho 13, 2010
Ontem vi o pior filme da minha vida. E sim, era sobre uma relação entre duas mulheres que, sem serem lésbicas, entram num jogo de descoberta e curiosidade. Os meus conhecidos mais afastados, dirão "Pois, não gostaste porque não teve sexo suficiente. Ou não houve nudez suficiente. Ou elas não se tocaram o suficiente." A esses eu direi: "Não! Foi o pior filme que vi na vida, mesmo com o sexo, a nudez e a interacção suficientes. Mesmo assim, foi simplesmente uma bela merda!"
Como é que se dá dinheiro a um realizador, ainda por cima dinheiro dos contribuintes, para se fazer uma merda destas? Patrocinado pelo ICAM, RTP, FICA, entre outras empresas estatais, esta aberração cinematográfica não tem ponta por onde se lhe pegue. Se fosse para ver o corpo da Débora Monteiro, podiam ter feito um videoclip para a Playboy. Mas nem isso podia ser realizado pelo João Mário Grilo.
Para além dos planos desfocados, das cenas supostamente mais intensas que começam do nada, sem um crescendo que contextualize o espectador no ambiente da cena, sem o mínimo de bom gosto, sem qualquer subtileza, com uma lentidão constrangedora, com sequências inconsequentes para a história que duram eternidades, etc, o que me fez vir a gritar "foda-se, que merda" do cinema até casa foi mesmo o argumento.
A história tem incongruências escabrosas e os diálogos estão cheios de monólogos hiper-teatrais que obrigam os actores a falarem como se fossem robots (excepto aqueles que já sabem o que a casa gasta e transformaram os textos em discurso próprio, salvando as suas cenas, como o Nicolau Breyner, o João Perry e, em alguns casos, a Beatriz Batarda). De resto, nenhum dos outros actores conseguiu, sequer, parecer uma pessoa real a fazer um papel. Pareciam todos fantoches. Principalmente Marcello Urgeghe (um dos que fala mais) e dos piores actores que já vi no cinema (senão o pior)! Tudo isto, com um actor como o António Cordeiro a fazer de figurante, sem dizer uma palavra!
Mas a maior merda ainda estava para vir.
Como se já não bastasse a história parecer uma manta de retalhos, os diálogos/ entoações/ emotividades serem de bater com a cabeça nas paredes e tudo aquilo ser, basicamente, estúpido, a meio do filme surge uma "participação especial". E de quem?
Eu vou dar-vos o enquadramento da cena: Estamos na grandiosa festa de aniversário daquele que, supostamente, é de um dos homens mais ricos do país. A casa é enorme, os convidados são imensos e os criados até se metem dentro do lago do jardim para irem buscar um avião telecomandado (presente dos convidados para o anfitrião) que caíu na água. Quando voltamos à casa, abre-se a pista de dança com uma música ritmada. E quando surge a cantora que vai animar a festa de um dos homens mais ricos do país, quem surge por trás da cortina?... A Romana.
Fdx, Grilo!
E quando já nada me conseguia acalmar na cadeira do cinema (só estavam duas pessoas na sala) para acabar em beleza, o filme conclui com um assassinato, seguido de uma sequência que começa com a legenda "2014". Ficamos a pensar: "Porquê 2014 e não 2013, 2015 ou "alguns anos mais tarde". Deve ser um ano especial, certo?" Errado. Aquilo até podia ter sido na semana seguinte.
Este filme fez-me pensar seriamente em tornar-me crítico de cinema. Porque uma coisa é haver financiamentos privados que podem fazer o que quiserem ao dinheiro, outra coisa é andarmos todos a pagar merdas destas, com tantos projectos interessantes por aí. Bastava ler o guião para perceber que isto ia ser uma bosta. Mas acho que os financiadores leram apenas o título!
Ridículo.
segunda-feira, julho 12, 2010
Pop the jam...
No sábado não fui ver pearl jam.
Na minha evolução não fui eu que cheguei até eles, foram eles que chegaram até mim, via Kevin Altieri e Todd McFarlane, através deste videoclip.
Os nossos trilhos chegaram a cruzar-se mas raramente se sobrepuseram.
It's evolution, baby...
sexta-feira, julho 09, 2010
Staying alive...
A análise:
The Drums - Pareciam saídos de uma receita da Bimby, onde se misturou Beach Boys, Rolling Stones, Joy Division, The Smiths e uns toques de Madness!
Devendra Banhart - Prometia ser esquisito e foi. Talvez um bocado demais. Perdi o interesse depois da Carmensita. Mas a interacção com o público foi fixe, e a versão de "Tell it to my heart" foi de mandar a barraca abaixo!
Florence + The Machine - Apesar da energia, andar aos saltos só resulta até à terceira música. Depois perdem-se as letras e a partir daí as músicas (e a Florence) perdem a força. No entanto, é bom de ver ao vivo para apreciar a voz dela no seu expoente máximo.
The XX - Acho que prefiro ouvir o cd sentadinho num sofá. As músicas são muito paradas e eles também. Quem é mega fã deve ter gostado do "sing-along", mas o espectáculo perde-se com os ambientes melódicos e cénicos muito soturnos.
La Roux - Tentou compensar os dois concertos que já falhou em Portugal. Partiu a loiça toda e deixou saudades. Com mais um álbum e temos concerto para ficar na memória.
O veredicto:
THE DRUMS MADE MY DAY! Apesar de tê-los visto sozinho no meio da multidão, foi impossível não ser contagiado por aquela rapaziada e dançar como se não houvesse amanhã. E é bom quando um grupo ainda não tem os tiques de vedetas e dão tudo o que têm... e ainda mais uns trocos!
The Drums - Pareciam saídos de uma receita da Bimby, onde se misturou Beach Boys, Rolling Stones, Joy Division, The Smiths e uns toques de Madness!
Devendra Banhart - Prometia ser esquisito e foi. Talvez um bocado demais. Perdi o interesse depois da Carmensita. Mas a interacção com o público foi fixe, e a versão de "Tell it to my heart" foi de mandar a barraca abaixo!
Florence + The Machine - Apesar da energia, andar aos saltos só resulta até à terceira música. Depois perdem-se as letras e a partir daí as músicas (e a Florence) perdem a força. No entanto, é bom de ver ao vivo para apreciar a voz dela no seu expoente máximo.
The XX - Acho que prefiro ouvir o cd sentadinho num sofá. As músicas são muito paradas e eles também. Quem é mega fã deve ter gostado do "sing-along", mas o espectáculo perde-se com os ambientes melódicos e cénicos muito soturnos.
La Roux - Tentou compensar os dois concertos que já falhou em Portugal. Partiu a loiça toda e deixou saudades. Com mais um álbum e temos concerto para ficar na memória.
O veredicto:
THE DRUMS MADE MY DAY! Apesar de tê-los visto sozinho no meio da multidão, foi impossível não ser contagiado por aquela rapaziada e dançar como se não houvesse amanhã. E é bom quando um grupo ainda não tem os tiques de vedetas e dão tudo o que têm... e ainda mais uns trocos!
quinta-feira, julho 08, 2010
quarta-feira, julho 07, 2010
terça-feira, julho 06, 2010
segunda-feira, julho 05, 2010
Santini, eat your heart out!...
sexta-feira, julho 02, 2010
quinta-feira, julho 01, 2010
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