quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Sessão dupla...

Feel good musical of the weekend...


Feel bad musical of the weekend...

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Goliardo...


Para dar continuidade à temática castiça das tascas, tintol e afins, consegui finalmente não perder um voucher da "Vida é Bela" que me foi oferecido (obrigado!) e fazer o tão ansiado Curso de Iniciação à Prova de Vinhos, na carismática e semi-secreta associação "Os Goliardos".
Apesar de ter sido apenas uma pequena introdução ao assunto, já deu para começar a saber "provar os vinhos à lupa". Saí de lá satisfeito, principalmente com a simpatia e disponibilidade da goliarda-mor Sílvia Mourão Bastos, mas a perceber que saber apreciar um vinho não se aprende num curso, aprende-se ao educarmos o nosso paladar. Quantas mais referências tivermos na nossa memória gustativa, mais coisas conseguiremos identificar em cada bebida. O curso serve sobretudo para sabermos em quantas "partes" se divide um vinho e perceber que muitas das suas características dependem da forma como é produzido e de quem o produz. Por isso é que os Goliardos só compram vinhos directamente aos produtores, visitando as suas herdades e conhecendo-os pelo nome.
Agora só me falta voltar lá para participar num dos seus míticos jantares...
Dica: se comprarem o curso no site, fica mais barato do que pela "Vida é Bela".

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Armar peisheirada...


Ainda não se ouvem fados, mas já se pintam paredes.

Espaço catita, com comida de primeira apanha!

Ide!

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

"Live a little"...


(Atenção: BIG SPOILER!)
Antes mais, este poster é genial.
Depois, que bem que me soube não ter visto o trailer deste filme. É bom ser surpreendido. Acho que mesmo as pessoas que conhecem a história do "Lago dos Cisnes" de trás para a frente conseguem ser surpreendidas por este filme. Não pelo final, que toda a gente já desconfia desde o início, mas o percurso que nos leva ao final. Depois do primeiro "Requiem for a dream" (bom, mas sem ser surpreendente) e da ligeira loucura que foi "The Fountain", o realizador Aronofsky já tinha mostrado que sabe contar histórias "gritty" no seu filme anterior "The Wrestler" (o que me faz ter grandes esperanças para o seu próximo filme sobre a personagem mais "gritty" da BD, "The Wolverine"). Mas voltando ao "Black Swan", este filme faz-nos sentir como um peixe num anzol. Agarra-nos de uma forma dolorosa e não nos larga. Desde as personagens até à forma como é filmado, tudo nos puxa para o abismo, na extraordinária companhia da Natalie Portman (que merece o Óscar só por causa da cena em que decide "viver um pouco"... muito ajudada pela realização!). Das coisas boas do filme (para além da Natalie e da Mila), aquilo que mais gostei foi do som (que nem sequer foi nomeado para o Óscar... mas o que é que eu percebo disto?). Os detalhes sonoros são de um requinte que sustentam a malvadez como eu nunca tinha apreciado antes num filme. Para isso, muito ajudou o sistema surround do cinema do Campo Pequeno. Muito bom. Outro detalhe que me ia tirando o sono, foi ter percebido que pelo menos em duas cenas o efeito de espelho foi aplicado na realidade. Primeiro na cena em que elas estão no bar e a Mila passa para o lado esquerdo da Natalie. Mas depois toda a cena é filmada como se a Mila estivesse do lado direito. A outra cena foi quando a Natalie desce as escadas para falar com o Vicent Cassel. Quando ela o apanha, ele prepara-se para descer as escadas do lado direito, mas quando a cena acaba, ele desce as escadas do lado esquerdo. Se eu não estiver todo baralhado, foi um toque muito cool, porque o filme joga de uma forma brilhante (sem ser exagerada) com a questão dos reflexos.
As minhas ilações do filme:
- O "verdadeiro" cisne negro é a mãe da Natalie. É desse legado que vem o seu lado negro. (a eterna questão da importância das mães no desenvolvimento emocional das filhas - a cena do bolo é excepcional)
- A Mila é a personificação daquilo que o lado negro da Natalie deseja ser/ter, enquanto a Winona é a personificação do lado branco. Quando a Winona se autodestrói, o lado bom da Natalie também se destrói e dá espaço para o lado negro se libertar. (a eterna questão da inveja e do desejo entre as mulheres)
- A transformação física da Natalie é uma alucinação da sua transformação mental. (a eterna questão da mente feminina muitas vezes deturpar a realidade - ex. mulheres magras que acham que são gordas)
- As feridas nas costas é o lado negro a querer libertar-se de um corpo/mente altamente condicionados. Coçar é um acto instintivo, sem controlo racional. Curiosamente, o acto final de libertação não implica coçar, mas implica tocar com os dedos. (a eterna questão da batalha entre o instinto e a racionalidade feminina, complementada com a resistência à exploração íntima da sua sexualidade)
- Os quadros que a mãe faz são a representação da incessante procura da perfeição de ambas. (a eterna questão das mães que desejam ver-se reflectidas nas filhas, seja a nível físico, emociocional, profissional ou outros)
Resumindo, acho que o intuito deste filme foi evidenciar o conceito da ambiguidade feminina. Todas as mulheres têm um lado "negro" e um lado "branco" (pelo menos!). Algumas escolhem esconder um dos lados para assim conseguirem controlar melhor o equilíbrio das suas vidas. Neste caso, explora-se a descoberta do lado negro, mas há também as mulheres que têm dificuldade em descobrir o seu lado branco, como as mulheres que têm medo de assumir relações, de se deixar amar, de se deixar levar emocionalmente, de querer ter filhos, de envelhecer, de viverem sem o desejo sexual dos homens, etc, etc. Essa é a luta eterna das mulheres. Conseguirem abraçar todos os lados da sua complexidade interior. E este é um filme que nos faz pensar um pouco sobre essa questão, apesar de ter sido escrito e realizado por quatro homens. Mas quem melhor que os homens para provocar na mulher a urgência de libertar o seu lado secreto?... Talvez outra mulher?
Em conclusão, o filme é mesmo muito bom, mas não era preciso pregar tantos sustos para manter a intensidade. Esse recurso demonstra algumas limitações do realizador.
No entanto, acho que vou beber um shot quando anunciarem o Óscar para melhor actriz...

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Not in the script...


Ontem vi os Script ao vivo pela segunda vez. Don't ask. E sim, os Script até podem ser uma banda que conquista o público, com músicas românticas que no refrão dizem "If you see my friend, doesn't matter where or when, tell me if you see kay", mas a verdade é que estes meninos, que arrotam alegremente quando bebem cerveja de homens, they got nothing on me, when it comes to music! :P
Afina aí o bacalhau, Escalopes! Dá-le mais uma de força, Quintinha!

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

E depois?...


Duas letrinhas apenas: Nã.
Explico: Enquanto o nosso centenário Manoel está aí para as curvas a fazer filmes que gozam com os prazeres da vida, o Clint está velho e a fazer filmes que deambulam pelos martírios da morte. Vai daí, fez um filme sobre o que estará para lá do peido mestre. Só que o filme fica num limbo periclitante, entre o drama e a comédia, entre ser um filme que só se gosta porque é realizado pelo Clint (que até sabe fazer filmes bons quando lhe apetece) e ser um filme que não se gosta porque passamos duas horas a perceber que estamos a ver um filme. A única personagem que nos consegue transportar para dentro do ecrã é um puto de 12 anos. Ou seja, tal como na história, em que as personagens vivem entre a vida e a morte, o espectador também fica entre o ecrã e a sala de cinema. E no fim, acaba-se por não se perceber muito bem o que se passou ali. O filme é uma reflexão, mas é uma reflexão demasiado vaga para dar um filme. Será que há vida depois da morte? O próprio guião responde: "Viver constantemente a morte não é viver." Por isso, para quê pensar nisso, Clint? Enjoy life, dude!
Ah, note to self: Deixar de ver trailers! Estragou-me a melhor parte do filme.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

O meu primeiro fado...


Voz: Rui Quinta
Guitarra: Tiago "Escalopes"
Cliente: Peisheirada (Tasca de sushi)

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Teatro aberto...


"A sobriedade faz-me ver um garfo em vez de dois. Estar sóbrio faz-me perder metade do mundo."

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

O Bardem matou-me...


Eu já desconfiava ao que ia. Para mim, Iñárritu era Amores Perros e Bardem era (principalmente) Mar Adentro e No Country For Old Men. Tinha visto o trailer de relance e o filme estava todo lá (note to self: tenho de deixar de ver trailers!). Mas nada me tinha preparado para entrar nos domínios da morte e ser recebido como só a morte sabe receber: com demora, decadência e displicência. Este filme é a morte em todas as suas manifestações. Os sinais estão por toda a parte. Nas pragas, nas cinzas, no paranormal, na putrefação, no desencanto. Mas mais do que ser algo que está para lá da vida, neste filme a morte atravessa a fronteira para o lado de cá. E é isso que mais perturba. Para além de toda a desumanidade, de todo o desespero e da procura incessante de esperança no cenário mais impiedoso, o que mais revolta o estômago é a interferência do fim antes do fim chegar.
É um filme perturbador que quase me levou ao limite das forças. Não só por causa das 2h30 que durou, mas acima de tudo porque me agarrou pelas goelas e me arrastou com ele até à beira do abismo. Ainda assim, nada menos que fenomenal, porque se fosse mau tinha-me deixado indiferente.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

My favorite motel...


É com incontido orgulho que acrescento este grupo à minha playlist.
Novo projecto português de um bom amigo.
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