quinta-feira, fevereiro 10, 2011

E depois?...


Duas letrinhas apenas: Nã.
Explico: Enquanto o nosso centenário Manoel está aí para as curvas a fazer filmes que gozam com os prazeres da vida, o Clint está velho e a fazer filmes que deambulam pelos martírios da morte. Vai daí, fez um filme sobre o que estará para lá do peido mestre. Só que o filme fica num limbo periclitante, entre o drama e a comédia, entre ser um filme que só se gosta porque é realizado pelo Clint (que até sabe fazer filmes bons quando lhe apetece) e ser um filme que não se gosta porque passamos duas horas a perceber que estamos a ver um filme. A única personagem que nos consegue transportar para dentro do ecrã é um puto de 12 anos. Ou seja, tal como na história, em que as personagens vivem entre a vida e a morte, o espectador também fica entre o ecrã e a sala de cinema. E no fim, acaba-se por não se perceber muito bem o que se passou ali. O filme é uma reflexão, mas é uma reflexão demasiado vaga para dar um filme. Será que há vida depois da morte? O próprio guião responde: "Viver constantemente a morte não é viver." Por isso, para quê pensar nisso, Clint? Enjoy life, dude!
Ah, note to self: Deixar de ver trailers! Estragou-me a melhor parte do filme.

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