segunda-feira, janeiro 23, 2012

O silêncio da vitória...

Tal como o desporto ao qual se refere, Moneyball é uma seca do caraças. Faltou-lhe as cheerleaders.
Eu sei que as histórias reais não dão muito espaço de manobra, mas num filme sobre baseball onde a personagem principal é a estatística, é preciso ser-se muito ambicioso para pensar que será um filme para ver sem palitos nos olhos. No entanto, o "Pitas" até aguenta o ritmo da coisa e consegui ver o filme até à 1h30 da manhã sem adormecer.
Mas estes filmes dão que pensar. Não pelo tema, não pela marca, mas pela intenção. São filmes destes que permitem a posteridade de pessoas, de equipas, de feitos. São filmes como estes que dão a conhecer ao mundo e ao grande público (apesar da veraciade duvidosa dos detalhes) pessoas e acontecimentos que marcam um país, uma geração, um povo, um clube, um indivíduo, dando-lhes visibilidade e, mais do que um lugar na história, um lugar na memória de quem vê. Eu nunca teria tido conhecimento da existência de Billy Bean se não fosse por este filme. E também não me interessaria por saber, certamente. Mas é assim que um país se orgulha dos seus, e é assim que uma indústria prospera. E em Portugal, quem são os nossos?...
(Cine-estúdio Mário Cesariny, Sessão Especial)

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