segunda-feira, dezembro 19, 2011

Life...

Malick, não sei se te hei de dar um abraço ou um par de estalos.
Não sei se te hei de dar um abraço pelos planos ou um par de estalos pela realização.
Não sei se te hei de dar um abraço pelo enredo ou um par de estalos pelo storytelling.
Não sei se te hei de dar um abraço pela direcção de actores ou um par de estalos pela manta de retalhos em que os envolveste.
Não sei se te hei de dar um abraço pela ousadia ou um par de estalos pelo delírio.
Não sei se te hei de dar um abraço pela temática ou um par de estalos pela forma como trataste o tema.
Não sei se te hei de dar um abraço pelo simbolismo ou um par de estalos pelo abstracionismo.
Não sei se te hei de dar um abraço pela estória ou um par de estalos pela história.
Não sei se te hei de dar um abraço pela obra de arte ou um par de estalos pelo filme.
Compreendo que o filme trata de um tema que não é facil de explicar. A "Árvore da Vida" (ou KABBALAH, como se designa o seu conhecimento na mística judaica) é uma visão do mundo e da vida de alguma complexibilidade, onde se mistura uma visão humanista com uma visão divina. Mas Malick, podias ter simplificado a coisa e não complicado ainda mais. Para mais informações, recomenda-se este texto: http://cabalamaconaria.blogspot.com/2009/04/imortalidade-e-arvore-da-vida.html.
Uma curiosidade: sendo eu um sintomático "abraceiro", como se viu pela crítica altamente acutilante a este filme, adquiri um puzzle que mais tarde emoldurei e pendurei na parede da minha minha casa. A obra de Klimt, "O Abraço".
Olho muitas vezes para este imagem e revejo-me naquele abraço. No entanto, eu já tinha conhecimento que esta imagem fazia parte de uma pintura maior. Aquelas ramificações continuam e existe uma outra personagem presente. O que eu não me recordava era do título da obra. E foi a pesquisar sobre o assunto deste filme que descobri: "A Árvore da Vida".

















(Cine XXI, 3ª sessão)

Sem comentários: