segunda-feira, janeiro 31, 2011

Look up...


Is it a bird, is it a plane
But beyond is lover
Is it a bird, is it a plane
It's the superman Lover

I'm stronger than a locamotive, yeah,
That old saying is true.
But I can't understand sometimes, babe
Why I'm so weak for you.
Listen
I can leap tall buildings in a single bound.
When it come to gettin over you baby,
Well, I can't get off the ground.

But they call me the Superman Lover, yeah
They'd call me the Superman Lover, yeah
But something's wrong, something's wrong with me, it's you.
Something's wrong, yeah, yes it is

Faster than a speeding bullet
I've outflown a few, yes I have
But I must be flying awful slow sometime, babe,
I can't keep up with you.
I got X-ray vision, and I can see, see through steel too babe,
I know there's something wrong with me,
Cuz I can't see through you.

But they call me the Superman Lover, yeah
They'd call me the Superman Lover, yeah
But something's wrong, wrong, wrong, wrong, there's something wrong with me, yes it is.

Look, look up in the sky,
Come on look, look, look
And you'll see me flying by
Why don't you just look, look
And if you do, come on and look, look
I'm flying straight to you

They call me the Superman Lover, yeah
They'd call me the Superman Lover, yeah
But something's wrong, something's wrong with me, it's you

Look, look up in the sky,
Come on look, look, look
And you'll see me flying by
Why don't you just look, look
And if you do, come on and look, look
I'm flying straight to you

They call me the Superman Lover, yeah
They'd call me the Superman Lover, yeah
But something's wrong, something's wrong with me, it's you
Something wrong, oh yes it is

Is it a bird, is it a plane
What did you discover?
It's the superman, madam

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Extraordinary...


Se o Earth X é o apogeu de toda a história do Universo Marvel, este Black Dossier é o "trigo limpo, farinha amparo" de toda a mitologia ficcional da história das artes em geral e da literatura em particular. A ideia inicial da colecção League of Extraordinary Gentlemen era pegar em personagens carismáticas do imaginário clássico literário, como Allan Quatermain (As minas de Salomão), Mina Murray (Drácula), Capitão Nemo (20.000 léguas submarinas), Dr. Jekyll/Mr. Hyde (O estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde) e Hawley Griffin (O homem invisível), e juntá-los num grupo de heróis para combater outras personagens famosas, como o Professor Moriarty (arqui-inimigo de Sherlock Holmes) durante a época vitoriana.
Claro que este é um daqueles conceitos sem fim, em que tudo é possível, onde os recursos são ilimitados, porque tanto se podem ir buscar as personagens dos livros, como se podem ir buscar as próprias estórias e preencher os vazios que as estória omitem. E claro que só um homem com poderes divinos, como Alan Moore, conseguiria ter conhecimento para gerir todas estas variantes e fazer coincidir tamanha miríade de pontas soltas da história da literatura universal.
Depois de dois grandes volumes e um filme (onde foram incluidas personagens como Dorian Gray e Tom Sawyer), surge este livro onde, supostamente, se explica a origem desta "Liga", evocando obras artísticas que remetem até à antiguidade grega. Surpreendentemente, Alan Moore consegue dar-nos uma lição de história ficcional e mitológica, através da "biografia" de uma personagem imortal e omnisexual (filho(a) do profeta grego Tirésias) que atravessou as diversas épocas, participando nos mais diversos episódios literários, revelando os elementos da primeira Liga de Cavalheiros Extraordinários (como D'Artagnan e Don Quixote) e assumindo até que teria sido ele(a) a servir de referência ao quadro da Mona Lisa de Leonardo Da Vinci (justificando a dualidade de interpretações acerca de quem teria sido o(a) modelo).
Este livro mistura BD, cartoon, prosa, poesia e até uns óculos 3D em cartão para montar e ler as últimas páginas, como se nós estivessemos dentro delas. Um toque de génio.
Mais um livro daqueles que se guardam no cofre, para depois mostrar às gerações vindoras...

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Intervenção...


Há um génio desconhecido em Portugal chamado Pedro da Silva Martins (Compositor, Letrista e Guitarra Clássica dos Deolinda).

terça-feira, janeiro 25, 2011

And the shot goes to...


Este ano vou ver os óscares com uma garrafa de licor beirão ao lado. Cada aposta que ganhar, bebo um shot. Vamos ver se consigo ver os óscares até ao fim...

Best Motion Picture of the Year
127 Horas (2010)
Cisne Negro (2010)
The Fighter - Último Round (2010)
A Origem (2010)
Os Miúdos Estão Bem (2010)
O Discurso do Rei (2010)
A Rede Social (2010)
Toy Story 3 (2010)
Indomável (2010)
Winter's Bone (2010)
Vencedor: A Origem (2010)
(Quase de certeza que não ganha, mas se eu mandasse ganhava de certeza.)


Best Performance by an Actor in a Leading Role
Javier Bardem for Biutiful (2010)
Jeff Bridges for Indomável (2010)
Jesse Eisenberg for A Rede Social (2010)
Colin Firth for O Discurso do Rei (2010)
James Franco for 127 Horas (2010)
Vencedor: Jesse Eisenberg for A Rede Social (2010)
(Se ganhar é surpreendente, mas eu fiquei a acreditar mais que ele era o Mark Zuckerberg do que quando vi o próprio Mark Zuckerberg.)


Best Performance by an Actress in a Leading Role
Annette Bening for Os Miúdos Estão Bem (2010)
Nicole Kidman for Rabbit Hole (2010)
Jennifer Lawrence for Winter's Bone (2010)
Natalie Portman for Cisne Negro (2010)
Michelle Williams for Blue Valentine (2010)
Vencedor: Natalie Portman for Cisne Negro (2010)
(Quase de certeza que não vai ganhar, mas aposto nela.)


Best Performance by an Actor in a Supporting Role
Christian Bale for The Fighter - Último Round (2010)
John Hawkes for Winter's Bone (2010)
Jeremy Renner for A Cidade (2010)
Mark Ruffalo for Os Miúdos Estão Bem (2010)
Geoffrey Rush for O Discurso do Rei (2010)
Vencedor: Christian Bale for The Fighter - Último Round (2010)
(Não vi nenhum dos nomeados mas, pelos globos de ouro, ganha este.)


Best Performance by an Actress in a Supporting Role
Amy Adams for The Fighter - Último Round (2010)
Helena Bonham Carter for O Discurso do Rei (2010)
Melissa Leo for The Fighter - Último Round (2010)
Hailee Steinfeld for Indomável (2010)
Jacki Weaver for Animal Kingdom (2010)
Vencedor: Amy Adams for The Fighter - Último Round (2010)
(Ainda não vi nenhum dos nomeados mas, pelo que tenho ouvido (não sei se ganhou o globo de ouro), parece que será esta.)


Best Achievement in Directing
Darren Aronofsky for Cisne Negro (2010)
Ethan Coen, Joel Coen for Indomável (2010)
David Fincher for A Rede Social (2010)
Tom Hooper for O Discurso do Rei (2010)
David O. Russell for The Fighter - Último Round (2010)
Vencedor: David Fincher for A Rede Social (2010)
(Foi o único que vi até agora… e o Christopher Nolan não foi nomeado)


Best Writing, Screenplay Written Directly for the Screen
Um Ano Mais (2010): Mike Leigh
The Fighter - Último Round (2010): Scott Silver, Paul Tamasy, Eric Johnson
A Origem (2010): Christopher Nolan
Os Miúdos Estão Bem (2010): Lisa Cholodenko, Stuart Blumberg
O Discurso do Rei (2010): David Seidler
Vencedor: A Origem (2010): Christopher Nolan
(Talvez a categoria onde este filme tem mais chances de ganhar.)


Best Writing, Screenplay Based on Material Previously Produced or Published
127 Horas (2010): Danny Boyle, Simon Beaufoy
A Rede Social (2010): Aaron Sorkin
Toy Story 3 (2010): Michael Arndt, John Lasseter, Andrew Stanton, Lee Unkrich
Indomável (2010): Joel Coen, Ethan Coen
Winter's Bone (2010): Debra Granik, Anne Rosellini
Vencedor: Toy Story 3 (2010): Michael Arndt, John Lasseter, Andrew Stanton, Lee Unkrich
(Era lindo se ganhasse mesmo.)


Best Animated Feature Film of the Year
Como Treinares o Teu Dragão (2010): Dean DeBlois, Chris Sanders
O Mágico (2010): Sylvain Chomet
Toy Story 3 (2010): Lee Unkrich
Vencedor: Toy Story 3 (2010): Lee Unkrich
(Acho que aqui bebo um shot de certeza!)


Best Foreign Language Film of the Year
Biutiful (2010): Alejandro González Iñárritu(Mexico)
Canino (2009): Giorgos Lanthimos(Greece)
Hævnen (2010): Susanne Bier(Denmark)
Incendies (2010): Denis Villeneuve(Canada)
Fora da Lei (2010): Rachid Bouchareb(Algeria)
Vencedor: Biutiful (2010): Alejandro González Iñárritu(Mexico)
(Estou indeciso entre este e o Canino, mas parece-me que este tem muito mais a favor. Actor, realizador… e título!)


Best Achievement in Cinematography
Cisne Negro (2010): Matthew Libatique
A Origem (2010): Wally Pfister
O Discurso do Rei (2010): Danny Cohen
A Rede Social (2010): Jeff Cronenweth
Indomável (2010): Roger Deakins
Vencedor: Cisne Negro (2010): Matthew Libatique
(Pelas imagens que vi, gostava que fosse este. Mas deve ser nestas categorias que “A Rede Social” vai começar a garantir a noite.)


Best Achievement in Editing
127 Horas (2010): Jon Harris
Cisne Negro (2010): Andrew Weisblum
The Fighter - Último Round (2010): Pamela Martin
O Discurso do Rei (2010): Tariq Anwar
A Rede Social (2010): Kirk Baxter, Angus Wall
Vencedor: A Rede Social (2010): Kirk Baxter, Angus Wall
(Aqui aposto no cavalo mais forte.)


Best Achievement in Art Direction
Alice no País das Maravilhas (2010): Robert Stromberg, Karen O'Hara
Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 1 (2010): Stuart Craig, Stephenie McMillan
A Origem (2010): Guy Hendrix Dyas, Larry Dias, Douglas A. Mowat
O Discurso do Rei (2010): Eve Stewart, Judy Farr
Indomável (2010): Jess Gonchor, Nancy Haigh
Vencedor: Alice no País das Maravilhas (2010): Robert Stromberg, Karen O'Hara
(Este filme merece muito este prémio.)


Best Achievement in Costume Design
Alice no País das Maravilhas (2010): Colleen Atwood
Eu Sou o Amor (2009): Antonella Cannarozzi
O Discurso do Rei (2010): Jenny Beavan
A Tempestade (2010/II): Sandy Powell
Indomável (2010): Mary Zophres
Vencedor: Alice no País das Maravilhas (2010): Colleen Atwood
(Não sou muito bom a escolher roupas, mas este foi o que deu mais nas vistas.)


Best Achievement in Makeup
Barney's Version (2010): Adrien Morot
The Way Back (2010): Edouard F. Henriques, Greg Funk, Yolanda Toussieng
O Lobisomem (2010): Rick Baker, Dave Elsey
Vencedor: O Lobisomem (2010): Rick Baker, Dave Elsey
(Basta ver o trailer para perceber que este ganha. A não ser que a academia prefira narizes postiços, barrigas de cerveja e feridas de guerra.)


Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Score
127 Horas (2010): A.R. Rahman
Como Treinares o Teu Dragão (2010): John Powell
A Origem (2010): Hans Zimmer
O Discurso do Rei (2010): Alexandre Desplat
A Rede Social (2010): Trent Reznor, Atticus Ross
Vencedor: A Origem (2010): Hans Zimmer
(Não sei quanto às outras, mas esta banda-sonora deixou marca. Quando vi o Tron lembrei-me dela.)


Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Song
127 Horas (2010): A.R. Rahman, Rollo Armstrong, Dido ("If I Rise")
Country Strong (2010): Tom Douglas, Hillary Lindsey, Troy Verges ("Coming Home")
Entrelaçados (2010): Alan Menken, Glenn Slater ("I See the Light")
Toy Story 3 (2010): Randy Newman ("We Belong Together")
Vencedor: Toy Story 3 (2010): Randy Newman ("We Belong Together")
(É capaz de ganhar o “Entrelaçados”, mas como não vi, aposto no que conheço.)


Best Achievement in Sound Mixing
A Origem (2010)
O Discurso do Rei (2010)
Salt (2010): Jeffrey J. Haboush, William Sarokin, Scott Millan, Greg P. Russell
A Rede Social (2010)
Indomável (2010)
Vencedor: A Origem (2010)
(Não faço a mínima ideia, mas continuo a dar óscares ao Origem.)


Best Achievement in Sound Editing
A Origem (2010)
Toy Story 3 (2010)
TRON: O Legado (2010)
Indomável (2010)
Imparável (2010)
Vencedor: TRON: O Legado (2010)
(Se é o único onde o Tron pode ganhar, que ganhe.)


Best Achievement in Visual Effects
Alice no País das Maravilhas (2010)
Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 1 (2010)
Hereafter - Outra Vida (2010)
A Origem (2010)
Homem de Ferro 2 (2010)
Vencedor: Homem de Ferro 2 (2010)
(É capaz de ser a categoria mais renhida. Neste não devo beber shot.)


Best Documentary, Features
Exit Through the Gift Shop (2010): Banksy
GasLand (2010): Josh Fox
Inside Job - A Verdade da Crise (2010): Charles Ferguson
Restrepo (2010): Tim Hetherington, Sebastian Junger
Waste Land (2010): Lucy Walker
Vencedor: Exit Through the Gift Shop (2010): Banksy
(Só para ver quem sobe ao palco para receber o prémio. Se ganhar o Inside Job, os violinos vão começar a tocar cedo.)


Best Documentary, Short Subjects
Killing in the Name (2010)
Poster Girl (2010)
Strangers No More (2010)
Sun Come Up (2010)
The Warriors of Qiugang (2010)
Vencedor: Poster Girl (2010)
(Não vi nenhum. Aposto no título.)


Best Short Film, Animated
Dia & Noite (2010)
The Gruffalo (2009) (TV)
Let's Pollute (2009)
The Lost Thing (2010)
Madagascar, carnet de voyage (2010)
Vencedor: Dia & Noite (2010)
(Esta curta é um mimo. Para mim, é difícil a Pixar não ganhar um prémio.)


Best Short Film, Live Action
The Confession (2010/IV)
The Crush (2009)
God of Love (2010)
Na Wewe (2010)
Wish 143 (2009)
Vencedor: The Crush (2009)
(Entre este, God of Love e Wish 143, escolhi aquele com que mais me identifico.)

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Stranger...


Yeah, it was interestingly strange...
O Woody Allen inglês não me parece estar interessado em histórias. Parece-me, acima de tudo, interessado na fauna humana. Não acho que esteja interessado em histórias porque os seus filmes deixaram de ter princípio, meio e fim. Este oblitera o fim, apesar da voz off fazer questão de o anunciar. É um filme aberto, em aberto e que, no final de contas, gosta tanto de espreitar pela janela (da casa, da alma, do coração) como de fechar os estores... porque um filme ainda não dá uma vida.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Avé César...

A única obra integral que desejo ter...

("Estudante universitária."; "Em que universidade?"; "Na da vida."; "Olha minha filha, toma lá para pagares as propinas... e volta cá quando tiveres acabado o curso.")

terça-feira, janeiro 18, 2011

Querer mais...


Podia ser tanto e acabou por ser muito pouco. Um daqueles filmes sobre o que leva uma pessoa a pular a cerca, com a novidade de se ver a perspectiva masculina e a feminina ao mesmo tempo, que efeito tem em ambas as partes e que resultado provoca.
No entanto, a meu ver faltou uma catártese, tanto no início como no final (apesar de ser um bom final). Falta a razão de ser e de não ser, para além da história ser brutalmente mais condescendente para com o lado feminino da questão, atribuindo-lhe salvação mesmo quando ela não a merece. Há coisas que não batem certo e que nos fazem ficar presos em diversas questões do filme, não dos deixando correr com ele de mão dada pelas ruas de Itália e Marrocos. É uma história de traição, desamores e paixões treslocadas, mas que acaba por ser demasiado saltitona, tendenciosa e pouco densa. Mas a intenção está lá e a mensagem está lá, só o título é que é quase demasiado bom para o filme.
Sobre este tema, ainda está para chegar um filme melhor que este:

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Mega Tron...


Este filme é simplesmente cool!
E, tal como todos os outros filmes que já vi em 3D, não precisa do 3D para nada.
Um filme de ficção científica com todas as qualidades "old school", que nos dá vontade de voltar atrás no tempo e ter aquela sensação que a internet e os computadores são utopias do futuro, tal como sentiram aqueles que viram o primeiro filme da saga em 1982 (que pode ser visto aqui!)
E pergunto-me se os Daft Punk sabiam que tinham nascido para fazer esta banda-sonora. Até nos fazem acreditar que eles foram os primeiros a atravessar o portal daquele universo para a nossa realidade...

Não é genial, mas é mega fixe!

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Nua e crua...


Mais uma experiência para riscar da minha "to do before you die list"... :)

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Consistência...


Há mulheres que são inevitavelmente desejadas. Há mulheres que são desejadas no momento em que entram numa sala. Há muitas mulheres bonitas, mas não é dessas que falo, apesar da maior parte das mulheres desejadas serem bonitas. Falo das mulheres que atraem o desejo dos outros (homens e/ou mulheres) só pelo brilho que têm, pela aura, pela presença, por uma simples benece natural. Há mulheres que se apercebem disso e são raras as que tentam ocultá-lo. Há outras que, por não se aperceberem disso, acabam por ainda ser ainda mais especiais e complicar mais as coisas para elas e para os homens que as rodeiam. As mulheres que têm esse dom e que não se apercebem, correm o risco de serem mal interpretadas, isto porque, não se apercebendo do seu impacto, e ao darem um pouco mais da sua disponibilidade, da sua simpatia e até da sua intimidade, podem ser vistas como alguém que está a retribuir o desejo que lhe é inevitavelmente atribuído. Isso cria complicações a nível emocional, relacional e até no seu quotidiano pessoal e profissional. Porque as mulheres inevitavelmente desejadas, são-no todos os dias, faça chuva ou faça sol.
É por isso, por saber que essas mulheres existem, que nunca quis ter uma relação com nenhuma. Não tenho autoconfiança suficiente em mim próprio para partilhar o espaço com alguém que é constantemente alvo de desejo, assédio, fantasias e afins. Não que tenha nada contra isso, mas prefiro estar com alguém que convoque o desejo dos outros do que com alguém que o provoque inevitavelmente. Prefiro alguém que seja bonita (e por isso não as quis misturar com as desejáveis) mas que seja subtil, discreta, que seja atraente sem ofuscar ninguém e que, acima de tudo, desperte a curiosidade (sem revelar tudo de uma vez só).
Dei-me conta desta ilação quando estava ainda na adolescência. Não invejava os "bad boys" que namoravam com as miúdas mais giras porque a minha baixa autoestima sempre me fez crer que eu não seria capaz de igualar o estatuto quase divinal de tais raparigas para manter uma relação com alguém que desse muito nas vistas. Não que eu fosse ciumento ou possessivo. Nunca tive esse sentimento em relação a nada. Simplesmente nunca gostei de ostentar riqueza. Se há futilidade em algumas mulheres, esta é, para mim, a suprema futilidade dos homens. Naquela altura, namorar significava apenas uma coisa: ter paciência para aturar a namorada. E eu não tinha. Os "bad boys" também não (e tratavam-nas mal) mas isso parecia chatear-me mais a mim do que a elas. Eu não teria feitio para tratar mal ninguém só para dizer que andava com uma miúda gira. Por isso passei simplesmente a "curtir" com as raparigas que me atraíam fisicamente e a criar grandes amizades com as raparigas que me despertavam curiosidade intelectual, sem namorar com ninguém. Foi aí que percebi que começava a surgir em mim um medo de assumir relações com mulheres demasiado espampanantes. Mas penso que isto acontece com a maioria dos homens. Todos gostam de ver carros desportivos nas revistas, mas a maior parte sabe que se guiasse um, certamente iria enfiar-se na primeira árvore. O mesmo acontece com as mulheres das revistas e do cinema. Todos as veneram, mas muitos poucos as suportariam por mais de dois dias. Eu não conseguiria porque, a partir do momento em que a imagem perfeita se dissipasse, não restaria nada, nem a curiosidade.
Este entrelaçado de observações e psicanálise, surgiu na sequência de um dos programas "O amor é", do Prof. Julio Machado Vaz, na Antena 1. O tema era o crescente número de mulheres divorciadas e a interlocutora mencionou o facto de, antigamente, os casamentos serem arranjados pelos pais (como ainda acontece em algumas culturas). Dizia ele: "Minha cara, tocou num ponto fundamental. Eu compreendo os divórcios, até porque eu próprio sou divorciado, mas antes os casamentos duravam porque eram baseados num contrato, numa intenção assumida de juntar duas famílias, fosse por interesse financeiro ou outro interesse qualquer. Esse era o ponto de partida e havia muito respeito por essa decisão. Depois, se o casal se desse bem, melhor ainda. Se não se desse bem, teriam de resolver as suas questões de forma a conseguirem conviver um com o outro até ao fim dos seus dias. Actualmente casa-se por amor. É algo muito mais subjetivo e volátil. Porque assim que se pensa que o amor acabou, por uma situação ou outra, é muito fácil acabar-se com qualquer casamento."
Curiosidade, desejo, sexo, amor. Tudo isto me fez pensar na consistência dos sentimentos...

terça-feira, janeiro 11, 2011

Give me head...

Há quem veja séries de pessoas a emagrecer para fazer exercício. Para mim, esta é a série que me ajuda a definir os abdominais...

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Top toy...

Para Quentim Tarantino, este foi o melhor filme de 2010:

Se o tigre Tarantino ficou rendido a este conto "infantil", imaginem um gatinho como eu. Confesso: nunca chorei tanto a ver um filme. A última vez que tal me acontecera foi com outro filme da Pixar: "Monsters Inc.". Há magia naquela empresa. A par dos Ghibli Studios, são as duas produtoras de filmes que mais compreendem a essência de uma história, mais do que simples cinema. Não se perdem em mensagens meramente moralistas. As personagens têm todas uma alma própria. E só se fazem filmes se houver uma razão para os fazerem. Por isso tocam tantas pessoas de uma forma tão forte.
Ainda assim, para mim também teria sido o melhor filme de 2010... não fosse ter aparecido este:

Damn! I still shiver...

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Got an "S" in (front of) my chest...


Depois da carroça do Pai Natal ter amassado o meu bólide ao ponto de não se conseguir abrir portas nem janelas, tomei a decisão de remar contra a crise e mudar de direção... assistida.
Não sendo eu um gajo talhado para os negócios, acho que fiz o melhor negócio da minha vida. Vendi um carro sobrevalorizado (Citroen C3, com 8 anos, a precisar de portas novas, grelha nova, pneus novos e faróis novos), por um carro subvalorizado (um Suziki Sx4, com dois anos de vida e menos de 13.000 km, como novo, vendido a menos de 6 mil euros do que um novo).
Sei que a Suzuki não é a melhor marca do mundo em carros, mas neste ano que passou vi acontecerem coisas em marcas como a BMW e Mercedes que nunca pensei que fossem possíveis. E eu não tenho dinheiro para sustentar carros que, quando dão despeza, podem levar um gajo à falência. Por isso, resta-me rezar para que este novo menino não tenha tão mau Karma como o anterior e se aguente por uns bons anos.
Para além disso, o "S" parece que estava à espera deste felino...

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Vet...

Tenho um amigo que é veterinário. Neste Natal deu-me uma das maiores prendas que já me deram: uma folha de papel.
Há amigos assim, que pensamos que não conhecemos bem mas que nos conhecem como ninguém, que estão sempre lá mesmo sem assumirem protagonismo, que tomam conta de nós quase sem darmos por isso, que estão atentos ao que nos faz bem e fazem de tudo para preservar o nosso bem estar sem pedirem nada em troca. Não é só este amigo que me faz isto, mas ele é veterinário, é entendido em felinos.
Também sou assim com algumas pessoas. Gosto de ser. É bom. Sabe bem. Fazer bem aos outros só porque sim faz-nos viver para além da nossa própria vida...

terça-feira, janeiro 04, 2011

A derradeira paixão...


Se me perguntarem, não sei como é que se fazem amigos assim. O Quinta é o tipo de amigo que não se faz, simplesmente acontece. Isto porque o Quinta não é amigo de pessoas, é amigo de tudo aquilo que rodeia uma pessoa e que, por consequência, se reflete nessa pessoa. O Quinta é o amigo que continua a ser amigo mesmo se eventualmente a pessoa desaparecer. O Quinta é amigo daquilo que faz uma pessoa especial, das suas características particulares. E mesmo se a pessoa não for nada de especial, ele torna-a especial. O Quinta é amigo das ideias, da áurea, do éter, do que vem de fora para dentro e do que vem de dentro para fora. Os corpos dos amigos do Quinta são apenas as fronteiras entre aquilo que é mais precioso para ele: as emoções e as ideias.
O Quinta é a pessoa mais criativa que conheço mas, ao contrário de muitos criativos que conheço, não afasta a criatividade dos outros. Aceita-a. Exuda-a. Incita-a. E, muitas das vezes, obriga-a a revelar-se, mesmo quando se revela tímida. O Quinta é daquelas pessoas que faz a ligação entre diversos seres vivos e tem o talento de os juntar para os fazer crescer, evoluir e, quem sabe, descobrirem mais sobre si próprios e sobre o mundo que os rodeia.
Repito, não sei como se fazem amigos destes. Já nem me lembro como nos encontrámos. Só sei que, eventualmente, nos encontrámos e nos continuamos a encontrar.
Recentemente, ele incluiu-me no seu grupo Dunno Collective. Fazemos muitas coisas parvas e estranhas, o que tem mantido viva a nossa consciência colectiva, a nossa criatividade e a nossa iniciativa pessoal. Algo que costuma apagar-se com o tempo, com o conformismo do quotidiano ou simplesmente com a vida adulta.
Mas mais importante que tudo, o que o Quinta fez por mim foi despertar (e, felizmente, diversificar) a minha curiosidade. Porque é a curiosidade que nos faz seguir em frente, que nos faz querer ver mais além, que nos faz querer saber mais, que nos faz ter experiências, que nos faz errar e aprender. É a curiosidade que nos guia quando somos crianças e estamos a descobrir a realidade sem noção dos perigos que nos rodeiam, é a curiosidade que nos faz superar os nossos medos, que nos faz querer conhecer o desconhecido e, no limite, que nos faz querer viver mais um dia, porque nunca se sabe o que pode acontecer amanhã. Por isso, considero que a curiosidade é a derradeira paixão. Sem ela, é difícil ter razões para querer viver e há muitos que chegam a morrer por ela (por isso, às vezes, dá jeito ser gato).
Este Natal o Quinta resolveu dar uma prenda aos amigos. Um blogue. A mim ofereceu-me este. Não podia estar mais orgulhoso. Agora tenho uma "casa de férias".
Obrigado Quinta. Espero estar à altura.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

I give it all for the wookie...

This year, I would like to be in my shoes...

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