segunda-feira, janeiro 22, 2007

Just perrrrfect!


Afinal já gosto de Londres. Da primeira vez que lá fui (com 15 anos e com os meus pais) senti-me muito decepcionado. O que me ficou na memória foram os prédios escuros, o tempo escuro, o "Underground" claustrofóbico (e escuro!) e muita sujidade por todo o lado. Fiquei num hotel com cheiro a mofo, vi um espectáculo (o mais antigo em cartaz na altura) numa sala com cheiro a mofo, percorri mais de 95% da cidade a pé em apenas dois dias para ver monumentos muito pouco emocionantes (excepto as catacumbas onde o Churchill esteve durante a 2ª Guerra Mundial) e não trouxe grandes recordações a não ser a pouca vontade de lá voltar.

Mas desta vez tudo foi diferente.

Com mais um gato amigo e duas gatinhas, fomos para casa de um casal de felinos cheios de estilo em Cambridge, que nos acolheram com muitos mimos. Como a viagem relâmpago pedia rapidez, o dia de sábado foi passado a percorrer milhas para ver todos os monumentos importantes. Com outra vontade, outro olhar e outra carga cultural, já tudo fez mais sentido: senti a grandeza dos sítíos emblemáticos, consegui apreciar a beleza da paisagem, consegui perceber a importância das obras, entrei em sítios que me estimularam os sentidos (a Tate galery, a St. Paul's Cathedral - onde estavam os meninos do "coiro" a cantar como nos filmes -, a Millenium bridge, a House of Parlament - que vi explodir no V for Vendetta (geek!) -, o Big Ben, etc) e vi que, afinal, as felinas inglesas, às vezes, muito raramente, se olharmos com muita atenção, também conseguem ser bonitas (já que, como toda a gente sabe, são as mais assanhadas da Europa!).
No entanto, tudo culminou na noite fria de Sábado com o melhor espectáculo ao vivo que eu já vi na vida: Cirque du Soleil, versão Alegria! Com a melhor surpresa que me podiam ter dado: o melhor palhaço do mundo! (isto hoje não dou tréguas a ninguém!)

É certo que os lugares não eram os melhores (terceiro anel, ao canto, quase sobre os bastidores...), mas deu para ver (muita da acção passava-se no ar) e para me emocionar. O Cirque du Soleil é uma experiência imperdível. É tudo o que nós esperamos de um circo moderno e muito mais (a música da banda ao vivo e a voz da cantora que acompanham o espectáculo, ainda ecoa na minha cabeça...). No fim do espectáculo, fizemos o que qualquer tuga teria feito, quando em Londres, numa sala de espectáculo de renome mundial: fomos até aos camarotes mais caros ("só para ver o palco") e acabámos a emborcar uns shots que os esbanjadores dos "bifes" tinham deixado ficar nos tabuleiros. Já quentinhos por dentro, saímos do Royal Albert Hall por volta das 10h30pm e passeámos alegremente pelo bairro mais "in" de Londres: Nothing Hill, South Kensington. Depois de consultado o horário dos comboios, corremos para o "Underground". Esperava-nos mais uma hora de viagem até Cambridge para um merecido jantar quase à 1h00am. O vôo para Lisboa era dali a 6 horitas.

Numa onda "mais design", fiquei a conhecer uma marca que aconselho a toda a gente (principalmente a professores de fotografia): a "Innocent". Com anúncios e copy de embalagem ultra-divertidos, é uma marca que apetece conhecer e provar. Olhem só para o logotipozinho...

2 comentários:

Anónimo disse...

Que belo fim de semana amigo... e com cirque du soleil, voltamos a acreditar no circo e a viver toda a magia de quando eramos crianças, só que agora com conhecimento e capacidade para entender tamanho espetáculo, é realmente emocionante e imperdível ao vivo, pelo menos uma vez, mas depois da primeira, queremos sempre mais, e mais, e mais, e mais até não poder mais... fico feliz por teres gostado do teu grande fim de semana... mas o melhor de tudo isto, é na primeira vez que se sai de casa própria, a magnifica sensação do regresso, não para casa dos pais, não para casa da namorada... mas para nossa casa... grande abraço... estou muito contente por ti, vulgo, vocês.

El Felino disse...

Em perfeita sintonia, amigo Kimo, em perfeita sintonia...