quarta-feira, dezembro 22, 2010

Festinhas...


Voltei ao Ignite com o grupo de pessoas que exorcisa o que de mais criativo/demente/parvo há em mim. Fomos falar sobre "o poder de dizer olá". Este foi o video que acompanhou a nossa apresentação, que inclui algumas das nossas criatividades/demências/parvoíces... e o momento em que fomos para o Saldanha fazer uma homenagem ao Senhor do Adeus/Olá.
Este Natal, digam olá a alguém. Pode mesmo mudar o mundo...

sexta-feira, dezembro 17, 2010

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Presents...

Or... that's how tired I am these days.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Bells...


Namorado: "Are you serious...?"

Jingle...

quinta-feira, dezembro 09, 2010

terça-feira, dezembro 07, 2010

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Christmas time...

Dear Santa,
I know I asked for a new car this year, but you didn't have to f*** up my current one... and then run away!

Dammit!

sexta-feira, dezembro 03, 2010

The american...


This movie was great... for me to poop on!!
Começo a denotar um padrão. A partir de agora vou desconfiar sempre de filmes onde o actor principal também é produtor executivo. Inevitavelmente acaba sempre por ser: Miúdas 10, Cinema 0.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Han Solo...


Terça-feira, dia 30 de Novembro, concerto de Neil Hannon a solo (com piano e guitarra acústica), precedido por Cathy Davey a solo (com uma simples guitarra elétrica), subiu definitivamente para o Top 2 dos melhores concertos que já vi na vida. Quando se é bom, não é preciso muito aparato.
As coisas simples são, sem dúvida, as mais sublimes.

terça-feira, novembro 30, 2010

segunda-feira, novembro 29, 2010

sexta-feira, novembro 26, 2010

Amor e sexo, o velho e o novo...


Ontem fui ao lançamento deste livro. Conheço a escritora-jornalista há já alguns anos e cedo descobrimos um ponto comum. A curiosidade sobre a sexualidade, as suas nuances, as suas manifestações e até a sua condição clínica. Esta busca incessante de conhecimento levou-nos a que nos fossemos reencontrando ao longo do tempo nas mais diversas e ocasionais... ocasiões. Primeiro de uma forma indireta, através do livro "Fantasias eróticas das mulheres portuguesas" que encontrei por acaso, empilhado numa banca de feira e que, ainda hoje, tenho guardado como um pequeno tesouro, todo sublinhado e cheio de apontamentos. Mas apesar de o ter comprado por causa do título, só depois de o ter aberto quatro ou cinco vezes é que identifiquei a foto da autora. Foi por causa desse livro que, anos mais tarde, decidi inscrever-me no curso de Saúde Sexual onde, sem sabermos, nos reencontrámos naquelas aulas cheias de mistérios e incertezas. Eramos os únicos que não pertenciam à classe médica. Apenas uma jornalista e um curioso. Depois do curso mantivemos contacto mas seguimos com as nossas vidas. Cada um à sua maneira foi procedendo às respectivas descobertas e deambulações no mundo da sexualidade, até que recebi o convite para o lançamento desta sua viagem à memória do amor e da sexualidade portuguesa.
Ainda sem ter tido a oportunidade de o ler, sei que este será um documento importante para o conhecimento da história sexual dos portugueses, ainda tão pouco estudada. Este é um tema que sempre me despertou a atenção porque sei a impacto que a história tem no desenvolvimento de um país, seja a nível individual, social, cultural e mesmo sexual. As crenças, os mitos, os medos, os desequílibros, as ideologias e até as mútuas exigências de homens e mulheres. Em Portugal vivemos numa constante luta com o nosso passado, com as restrições que foram impostas aos nossos avós e que ainda se refletem nas novas gerações, seja por ainda as respeitam, seja por se revoltarem contra elas. Um processo que, como a autora deu a entender na sua apresentação, "ainda ninguém sabe muito bem quanto tempo levará até que nos consigamos, homens e mulheres, libertar desses fantasmas do passado."
Muitas pontas ficaram ainda soltas. Só a apresentação do livro dava para uma discussão alargada sobre vários assuntos, mas por enquanto contento-me em ler o livro.
Mas ainda tenho outro tema que preciso ver investigado em profundidade. Talvez a Isabel Freire aceite um novo desafio para o seu próximo livro...

quarta-feira, novembro 24, 2010

sexta-feira, novembro 19, 2010

Limbo...


Comprei este livro... ainda não sei porquê.

quinta-feira, novembro 18, 2010

Provo-calor...

Está frio lá fora...

quarta-feira, novembro 17, 2010

Fados...


(Re)escrevi três fados para um novo restaurante. Mais um desafio proposto pelo Quinta. A princípio achei uma que era uma proposta complicada mas, como sempre, o meu primeiro impulso foi dizer "eu alinho". O restaurante apresenta um conceito inovador: Sushi à portuguesa (um pouco mais abrangente que este). O desafio é apresentar o restaurante atráves de conhecidos fados lisboetas, alterando-lhes a letra, com o intuito de gravar as músicas e compilar uma banda-sonora que irá fazer parte do ambiente sonoro do próprio restaurante. A verdade é que, à medida que me foram sendo dadas as informações acerca do restaurante (que ainda não abriu), comecei a tomar o gosto de construir rimas e métricas e trocadilhos maliciosos (deram-me essa liberdade) em formato de canção.
Numa altura da minha vida, há já alguns anos, tive uma banda de "punk-rock". Era o vocalista e escrevia as letras (em inglês). Não me lembro de nessa altura ter tido tanto prazer em escrever lyrics como agora.
A verdade é que este projeto do restaurante Peisharia (situado no Rato), abriu-me o apetite para uma área criativa que já não explorava há anos e, quem sabe, possa vir a dar novos frutos...

terça-feira, novembro 16, 2010

Neuro...


Ontem assisti a uma conferência de Neurociência. Não se preocupem. Eles ainda não sabem quase nada...

segunda-feira, novembro 15, 2010

sexta-feira, novembro 12, 2010

Senhores do Adeus...

E de modos que ontem foi assim...

Senhores do adeus from El Felino on Vimeo.

quinta-feira, novembro 11, 2010

Adeus vampiros castanhos...

Ontem, os vampiros deram um concerto muito certinho.
Hoje, o senhor certinho que fazia adeus às pessoas fez o seu último adeus.
Mas tudo isto vai ser compensado pelo Dia das Castanhas.
E aqui está a minha castanha preferida do momento:

(podem vê-la no festival Super Bock em Stock, 4 de Dezembro, Teatro Tivoli)

quarta-feira, novembro 10, 2010

Halloween...


Vou ter um Vampire Weekend a meio da semana.
How cool is that?...

segunda-feira, novembro 08, 2010

Social comics derby weekend...


Ilações do fim-de-semana:
Sexta: Mesmo se fores um génio, nunca conseguirás suprimir uma catátese feminina.
Sábado: Mesmo se fores um geek, nunca poderás substimar a ubiquidade feminina.
Domingo: Mesmo se fores um benfiquista, nunca irás desejar que um jogo acabe 5 para 1.
Aprende-se muito em 3 dias...

sexta-feira, novembro 05, 2010

Anti-herói...


E sem querer, os pontos ligaram-se. Há uns dias, postei este clip, sem saber a sua verdadeira importância, o seu significado. Ontem fui ver este filme, e tudo ganhou uma nova dimensão. Na verdade o que me fez querer ir ver o filme foi o facto de saber que tinha sido realizado por Joann Sfar (autor de BD francês) e que Serge Gainsbourg foi o criador da canção "Je t'aime... moi non plus". Ah, e a Laetitia Casta a fazer de Brigitte Bardot. Sem dúvida, um mix muito apelativo.
E não saí defraudado. Como o realizador diz no fim do filme: "Gosto tanto de Gainsbourg que não me interessam as verdades sobre ele. Prefiro as mentiras." E, acrescento eu, as fantasias. O filme é surpreendente do princípio ao fim, levando-nos para o universo paralelo onde os grandes génios deambulam, um universo só deles, onde tudo é possível, onde guardam as suas ideias, a sua criatividade, os seus paradoxos e até mesmo as suas outras vidas, as suas outras formas. A vida "heróica" de Gainsbourg foi plena de excessos, sucessos, declínios e revoltas. Tudo o que uma boa biografia precisa. Mas a visão de Joann Sfar leva-nos mais além, para lá da imagem pública do cantor e compositor, para lá da percepção, para lá da realidade, com um toque de magia que só um homem habituado a mover-se por entre painéis e vinhetas poderia conseguir. Um filme sublime, sem pudores, que não nos dá uma tareia, mas que nos deixa completamente rendidos ao génio e ao galantismo de um homem que tinha tudo para não ser nada.

quinta-feira, novembro 04, 2010

Bem disposto...

Este filme... É TÃO FOFO!!!
Mas não é genial.
E tem uma banda-sonora de sonho.

quarta-feira, novembro 03, 2010

Come around...


Este disco tem tornado as minhas viagens mais curtas...
Esta música tem dado comigo em doido para tentar perceber onde é que eles foram buscar aquela base musical, mas finalmente percebi. Não sei se é um tributo ou um plágio, mas sei que soa bem.

Cheers, for fears!

terça-feira, novembro 02, 2010

Misunderstandings...


A complexidade simplificada... ou a simplicidade complicada.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Oh boy...


Finalmente, uma revista com miúdas portuguesas mesmo giras (sem bonecas de borracha)... e com uma página 24 que vai ficar para a história!

segunda-feira, outubro 25, 2010

B day after...


Tanx... I needed that! :)

Obrigado a todos!

sexta-feira, outubro 22, 2010

Sexta mista (e ainda mal começou)...


O dia começou com mais uma capitulação. O homem que tudo media, que tudo pesava e que tudo lia, tornou-se mais leve que o próprio oxigénio que respirava e deixou uma cantora lírica a cantar sozinha no coro da igreja do Ervedal (acredito que a sua voz ainda virá com o vento até aos meus ouvidos). Esse homem, que se deslocava de bicicleta e que só comia carne sem gordura e vegetais cozidos, marcou a minha infância pela sua bondade e a minha juventude pela sua sagacidade. Certo dia, quando entrámos em sua casa, depois de alguns anos sem lá ir, fez-nos o seguinte convite, como quem oferece café ou chá: "Desejam ir para a cozinha, que tem 23 metros quadrados, ou para a sala, que tem 36 metros quadrados?" Marcou-me. A sua esposa, outra tia-avó, é uma senhora tão doce que, neste momento em que se despede do único homem da sua vida, os seus olhos devem estar a escorrer mel...
Depois desta notícia em plena autoestrada, chego ao trabalho, onde o único email que tenho na caixa de correio apresenta o título: "Parabéns!" Sigo o link anexado e deparo-me com isto! As emoções reviravoltam-se. Sinto-me orgulhoso e feliz. Primeiro por ter recebido esta notícia e depois por poder contribuir para um projeto que é feito, não apenas de comida, mas de amor, de dedicação e de muita simpatia. Ainda mal acordei.
Ah, e amanhã é o meu aniversário...

quinta-feira, outubro 21, 2010

Arrependimentos...


Um filme que prometia ser um verdadeiro enfardamento, revelou-se uma mera belinha na testa.
Há tanta coisa errada neste filme que nem sei por onde começar.
Acho simplesmente que um filme realista que é pouco credível não resulta.
Mesmo a banda sonora, composta por um gajo desconhecido chamado Philip Glass, foi vilipendiada por uma música que, para além de não se enquadrar com as imagens que sonorizava, tornou-as em clichês pouco dignos de um cinema que se quer "alternativo".
Por comparação, uma lição muito maior foi descrita hoje no "O amor é", rubrica do Prof. Júlio Machado Vaz, na Antena 1. Dizia ele, citando um provérbio chinês, sobre o tema "escolhas":
"Mestre, como adquiro sabedoria?"
"Boas escolhas."
"E como faço boas escolhas?"
"Experiência."
"E como adquiro experiência?"
"Más escolhas."

quarta-feira, outubro 20, 2010

Lunch box...


Nos dias úteis vou almoçar a um restaurante onde sou servido pela minha "avó". O restaurante self-service, daqueles que delizamos com um tabuleiro pelas várias partes de uma refeição, tem uma senhora a servir as comidas quentes que enche pratos sem meias medidas. Os pratos, que na verdade são pequenas travessas, são subjugados por enormes quantidades de alimentos, sejam eles quais forem. Quanto mais melhor. E não implica que só comamos uma variedade. Se quisermos, podemos misturar carne com peixe, batatas com arroz e migas e tudo e tudo para encher o bandulho. Normalmente tenho de dizer para parar, senão tenho receio da frágil madeira do tabuleiro não conseguir aguentar com tal enfardamento no prato, quando tentar chegar à mesa. Mas foi nessa limitação que percebi que estava de volta à casa da minha avó. Quando disse pela primeira vez "Pronto, está bom, não precisa pôr mais" levei com um olhar daqueles que levava quando pastelava as comidas da D. Fernanda. "O quê, só três bifes? Não comeste nada ainda. Vá que a avó vai-te fazer mais um bife e mais uma batatinhas." - "Mas vó, eu já comi sopa." - "Sim, mas a sopa comes sempre." E depois passava a tarde sem me conseguir levantar do sofá. O que vale é que o meu metabolismo sempre foi mais ou menos acelerado.
Mas o que me fez recordar tudo isto, foi algo que aconteceu um destes dias. Cheguei para almoçar, peguei num tabuleiro e dirigi-me à vitrine onde estavam os pratos quentes. A senhora, sempre com cara de poucos amigos, perguntou o que eu queria. Eu, tendo de escolher entre bacalhau com natas, bacalhau à brás, moelas e chocos com ervilhas, apontei para o último. Havia o suficiente para duas pessoas. Mas, depois de remexer com a colher no recepiente metálico, a senhor achou que era pouco e foi à cozinha perguntar se havia mais. Disseram-lhe que não. Então, inconformada, voltou para junto de mim a dizer "Olhe, não há mais, só há isto. Se quiser pode misturar com outra coisa qualquer." Eu, vendo que aquilo era mais que suficiente, disse "Pode ser isso. Para mim está bom." Então, a avó, começou a encher o prato e, à medida que o fundo ia desaparecendo e os chocos, as ervilhas, as cenouras e os choriços se iam amontoando, com o molho quase a sair por fora, foi dizendo. "Olhe que isto é pouco. Vou-lhe pôr um bocadinho de arroz também e, se ficar com fome, volte cá que eu encho-lhe o prato com aquilo que quiser." Claro que eu iria ficar cheio de fome depois daquela pratada... ainda por cima com mais uma taça cheia de uvas para comer.
E, como é óbvio, isto não aconteceu num restaurante de uma grande metrópole.

terça-feira, outubro 19, 2010

Marquesa...


"Porra!", disse a Marquesa, batendo com as mamas em cima da mesa. Mas, lembrando-se da educação que recebera na Suíça, retirou o "porra" e disse "Chiça!".
O Marquês, que a observava pelo canto da sua luneta, levantou-se e disse:
"A Senhora Dona Marquesa cagou-se!"
"Eu? Foda-se!"

Hoje de manhã, o meu reino perdeu a sua Marquesa.

segunda-feira, outubro 18, 2010

Cirque...


I need my magic back...

sexta-feira, outubro 15, 2010

Preciso de onomatopeias...


Bardot & S.Gainsbourg - Comic Strip
Carregado por Salut-les-copains. - Videos de musica, clipes, entrevista das artistas, shows e muito mais.
Hoje assisti à defesa de uma tese sobre "Estilos de masturbação feminina e orgasmo no coito", pela sexóloga Vânia Beliz. O coordenador da tese foi o meu professor no curso de Saúde Sexual, Prof. Dr. Nuno Monteiro.
Foi relativamente instrutivo, mas não foi surpreendente.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Dance...


..."though your heart is aching"...

quarta-feira, outubro 13, 2010

Reading...


"You might be able to fake an orgasm, but you will never be able to fake your way through writing a sex scene." - pag. 53

A perspetiva feminina de como escrever estórias eróticas... loving it!

terça-feira, outubro 12, 2010

Boys & Girls...

Nos últimos dias visitei dois mundos. Um de rapazes, outro de raparigas. Foram dois mundos que não me agitaram, mas que foram crescendo na minha memória à medida que me fui afastando deles. Mas foram dois filmes que me fizeram crer que em livro serão muito melhores. Isto porque tudo o que nos poderia surpreender, fazer pensar, fazer sonhar, está nas entrelinhas, nos silêncios, nas contemplações. A evolução dos personagens passa por resoluções de questões internas, de supressão da própria realidade, o que não joga muito bem com o conceito de filme, mesmo com recurso a narrador presente e subjetivo.

O primeiro, das meninas, tocou-me apenas ligeiramente, deixando pequenos fragmentos espalhados pela minha mente. No seu todo pareceu-me demasiado volátil, sem grande consistência e, por vezes, um pouco mal amanhado em termos de realização. É engraçado acompanhar as deambulações de uma mulher perdida no mundo, à medida que vai interiorizando o seu lugar em diversas civilizações, em diversas relações e em diversos caminhos, mas o sumo que resulta daquele muesli cultural e sentimental, não é suficiente para nos dar asas, nem revitalizar corpo e mente.

Do mundo dos rapazes saí decepcionado. Saí decepcionado por ter sido enganado. Fui enganado porque li ou vi um resumo sobre o filme que não correspondia à verdade. O próprio cartaz promete demasiado. Essa decepção, aliada às vizinhas que insistiam em demonstrar alto e bom som a pena que sentiam pela personagem do Clive Owen, fez-me passar ao lado de um filme que, a espaços, poderia ter sido mais importante do que acabou por ser. Este é um filme sobre homens. Não sobre gajos. Homens em diferentes estados da vida. Com diferentes estados de alma e que têm de aprender (a palavra fulcral!) a viver sozinhos por imposição da vida, ou aliás, da morte. Isolados do mundo, numa terra venenosa, controem um novo conceito de família, de pedagogia, de amizade, de amor e de vivência que nenhuma mulher consegue compreender. Mas, mais uma vez, este filme baseia-se num livro que deverá ser muito mais profundo e interessante.
Valem as bandas sonoras. Para as meninas, o Eddie Vedder. Para os meninos, os Sigur Rós. Duas formas sonoras de contemplar a solidão, o tempo e o espaço que traduzem em sons e versos aquilo que nos livros é dito em mil palavras.

segunda-feira, outubro 11, 2010

E para sempre, os heróis...


Os filhos dos mineiros chilenos enclausurados numa gruta há mais de dois meses.
Não podia vir mais a propósito...

sexta-feira, outubro 08, 2010

Ainda os heróis...

Maravilha...


Ler isto fez-me acreditar em Deus. Não no Deus barbudo e peneirento que se monta nas nuvens, mas num Deus de óculos escuros e bigode grisalho com um sorriso simpático chamado Stan Lee, o criador do Universo Marvel. A sua capacidade criadora deu origem a heróis que perduram há mais de 50 anos e que têm inspirado jovens e adultos em todo o mundo. Este tipo de reverência pareceria ridícula, não fosse a importância que um universo paralelo como o da BD teve ao longo da fase mais conturbada da minha vida. Esse refúgio, para além de me "proteger" de uma realidade por vezes inóspita, deu-me algumas lições importantes que, de outra forma, não me teriam sido ensinadas por quem de direito. Considero até que este universo de heróis cheios de imperfeições humanas (ao contrário da perfeição sobre-humana de heróis como o Super-Homem) pode mesmo ter-me salvo de um futuro muito mais desequilibrado e insustentável, quer a nível emocional, quer ao nível da perceção minha própria realidade e daquilo que me rodeia. Foram histórias que me inspiraram a ser uma melhor pessoa e a fazer o que está correto. Apercebi-me disso racionalmente há pouco tempo. Numa situação de escolha entre sofrer ou fazer mal a outra pessoa, preferi magoar-me a mim. Ninguém me ensinou isso diretamente. Daí considerar que só posso ter aprendido através dos exemplos que lia nestes livros. Sacrificar-nos por alguém é a maior prova de altruísmo e não é fácil tomar essa decisão se não soubermos o que isso significa. A natureza humana privilegia a auto-preservação. Comprometer esse conceito básico é possivelmente a decisão mais árdua que um ser humano pode tomar. Nem sequer tem a ver com solidariedade, o ato de ajudar o próximo. Tem a ver com abnegação. Sacrificar-nos a nós mesmos por um bem maior. E isso é uma lição de vida maior que qualquer outra. Por muito que queiramos algo, o bem-estar daqueles que gostamos é sempre mais importante. Esse é o conceito de salvar. Perceber que nós não somos as coisas mais importantes do mundo e que há coisas muito mais preciosas.
Ao longo de anos, segui as aventuras de inúmeros heróis, identificando-me mais com uns do que com outros, e alternando os meus gostos à medida que ia crescendo. No entanto, ao comprar o Earth X nunca pensei que todos esses anos, todas essas histórias e todos esses heróis pudessem fazer tanto sentido em termos criativos, em vez de serem apenas criações díspares e autistas. É certo que Stan Lee criou a maior parte deles, mas talvez nem ele tenha percebido até que ponto todas as suas ideias faziam um sentido maior quando conjugadas, do que serem simplesmente um coletivo de personagens coloridas e bizarras.
Earth X é a bíblia para quem vive no Universo Marvel. Passado num futuro em que os heróis (finalmente) envelheceram, esta é a história de como tudo o que aconteceu ao longo de 50 anos culminou num momento de cataclismo mundial, em que todos os heróis são postos à prova uma última vez. Através dos olhos do ser que observou toda a evolução do planeta Terra, ficamos a saber como um mundo de super-heróis seria possível e até credível, contrapondo essa teoria para a nossa própria realidade. Muitas das teorias apresentadas podem ser aplicadas no mundo real. Religião, política, história, arte, fenómenos naturais. Tudo isso é justificado. E é surpreendentemente lúcido e credível. Um verdadeiro deleite para quem viveu neste universo tanto ou mais tempo que eu. Um clássico para os clássicos. Só é pena o Alex Ross ter ficado pelas capas.

quinta-feira, outubro 07, 2010

segunda-feira, outubro 04, 2010

Motivação...


A felicidade é a maior motivação...

U2, 4U...

Nunca tinha visto um concerto num estádio. Nunca tinha visto os U2 ao vivo (nem sequer estava na minha "to do list", mas há coisas mais importantes na vida do que os nossos próprios caprichos), nunca fui fã dos U2 antes de "How to dismantle an atomic bomb", nem nunca tinha comprado um bilhete para um concerto com 1 ano de antecedência.
Neste sábado, it was a beautiful day. O caos reinava à nossa volta sem nunca nos tocar. A cidade que mais me seduz em Portugal fervilhava de emoção por todos os cantos. O estádio de Coimbra era uma ilha rodeada de pessoas por todos os lados que, a pouco e pouco, se deixou inundar. No centro da ilha, erguia-se um monstro, uma nave, uma catedral onde milhares de almas convergiram para bradar aos céus. A espera não custou nada. Os Interpol foram uma merda. Mas eis que no entra e sai da banda, fui abordado por um casal alentejano de meia-idade, com o teor alcoólico já nas alturas. Pararam ao meu lado sem conseguirem perfurar mais na multidão. Ficaram ali a tirar fotos um ao outro. Ela sempre com um ar maroto, ele sempre muito entusiasmado. De repente, ele olha para mim e pergunta: "Olha para ela. Como é que se resiste a uma mulher destas?" E eu respondo: "Não sei. Mas olha que resistir faz mal ao coração." E ele: "Tens razão. E olha, ainda por cima tem uma garganta... queres ver?" A minha sobrancelha arqueou. Ele continuou: "Oh amor, canta lá um fadinho." Ela: "Um fadinho? Qual é que queres?" Ele: "Canta o senhor vinho." Ela: "O senhor vinho? Então cá vai." E lançou-se na desgarrada. Pessoas a tentarem passar por nós e eu a dizer "Agora não, que se está a cantar o fado." Quando acabou, só eu e ele é que batemos palmas, mas foi o suficiente para ela sorrir e agradecer com uma vénia. Ela era de Portalegre. Ele era de Elvas. Beijaram-se, cumprimentaram-me e voltaram para o meio da multidão. "Bom concerto.", gritaram. "U2", disse-lhes eu. E nesse momento começou o concerto mais esperado do ano. Simplesmente, perfeito.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Fusion...


Sexta-feira de degustação. Primeiro um jantar de fusão gastronómica, num restaurante que desarma qualquer um, só pelo conceito: Sushi Alentejano. Ainda bem que comecei a gostar de sushi (mesmo que tenha sido há meros meses atrás) para poder apreciar este mimo que me fizeram ao palato, na rua ramalho ortigão, nº 9. Mais informações, aqui. Para além das Hamburganheira (carne com farinheira) e Hamburgalheira (carne com alheira), existe uma variedade de ideias vencedoras, incluindo nigiris (com queijo de Nisa e pêra; com alheira e ananás; com pimento ao sal; etc), rolos de arroz (com bacalhau e broa; com linguiça e vegetais; etc) e ademais maluqices tugó-nipónicas. Para acompanhar, aconselha-se a sangria de frutos silvestres. Pelos comentários do site referido, pode-se ver que o serviço pode causar perturbações, mas acho que tem a ver com o facto do restaurante ter reaberto há cerca de dois meses e o pessoal da casa ainda estar em fase de "fusão" com o estabelecimento. No entanto, se forem servidos pelo dono, serão bem servidos de certeza.
Depois do repasto, ida ao teatro ver a peça "Um elétrico chamado desejo", no Teatro Nacional D. Maria II. O filme já tinha visto há muito tempo. Apenas algumas referências batalharam com a versão teatral. Mas uma experiência de teatro é sempre maior. E esta peça está muito bem contruída, quer em termos de cenário, quer em termos narrativos. Excelentes intepretações, principalmente do Albano Jerónimo. Não estava à espera que ele conseguisse fazer um papel de homem. Mas consegue e é credível. Alexandra Lencastre muito cliché e Lúcia Moniz a fazer de Lúcia Moniz. Mas nesta peça quem ganha destaque é sem dúvida a dramaturgia e a encenação.

Há muito que não ia ao teatro. A diferença entre ver as coisas num ecrã ou vê-las num palco, ao vivo, é a sensação é que nos estão a lavar a alma. A osmose não se vê mas existe. A iminência do acaso. O risco do agora. A proximidade. A realidade. O momento. Tudo isso me faz sentir vivo, sempre fez. A arte viva é uma realidade paralela, onde podemos fingir que vivemos e sermos aquilo que quisermos.
Soube bem.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Solitary...


Este foi talvez o filme mais importante da minha vida.
Talvez não me lembre dele durante muito tempo, mas nunca tantos demónios foram exorcizados em tão pouco tempo. Uma lição de vida incrível. A minha sorte é que levo 30 anos de avanço...

quinta-feira, setembro 23, 2010

Um gigante invisível...


Imaginem que estão em frente a uma coisa gigante (uma casa, um cartaz, uma pessoa), com o nariz encostado a ela. Conseguem ver alguma coisa? Dificilmente. Muito menos perceber o que essa coisa gigante é. E, no entanto, ela é gigante e está mesmo em frente ao vosso nariz. Esse é o tema deste filme. Não podia ser mais simples e não podia ser mais cativante.
Vencedor de um Urso de Prata (Grande Prémio do Júri) no Festival de Cinema de Berlim, este é daqueles filmes que, mesmo estando apenas numa sala em Lisboa, vale a pena ver, só para nos fazer refletir sobre aquilo que somos, vemos e sentimos.

Adivinhem em que sala é que ela estava?

quarta-feira, setembro 22, 2010

Diga?...


Um fim-de-semana com muita piodão...

sexta-feira, setembro 17, 2010

The come... back!


(em resposta ao vídeo das meninas postados mais abaixo)

quinta-feira, setembro 16, 2010

Marvel...

Yep, I'm doing this!

2 down (Spider-Man & Wolverine), 58 to go!
Mais informações aqui!

terça-feira, setembro 14, 2010

Stars...

Há uns tempos atrás fui à exposição promovida pelo El Corte Inglés, na qual se apresentavam inúmeros itens de arte e colecionismo relacionados com a épica saga do Star Wars. Apesar de não ser um fã incondicional, vi todos os filmes, aprecio o conceito mas venero, acima de tudo, o espírito inventivo que marcou uma geração e que fez evoluir o cinema (e não só) a um nível artístico, técnico e criativo nunca antes sonhado. Ao chegar lá, deparei-me com peças originais, posters, figuras, modelos e variações do tema original que senti um leve arrepio. Ao observar os diversos artigos expostos, fiquei abismado com umas estátuas que lá estavam e que eram simplesmente sublimes. Perguntei o preço e disseram-me que não estavam à venda por serem de um colecionador privado. De repente, fiquei com uma vontade atroz de levar para casa uma peça daquele universo. Não, não parti as vitrines nem roubei as preciosas estátuas e fugi a bordo de um starfighter. Comecei a ver quais das outras estátuas poderiam habitar a minha casa, impregnando-a com a força dos Jedis. Mas como os tempos são de crise, o orçamento não era muito alargado e não consegui decidir-me por nenhuma. Mas no momento em que me estava a vir embora deparei-me com isto:

E qual era a espectacularidade disto? Era o facto de se poder desmultiplicar nisto:

(Darth Vader com/sem capacete; Anakin Skywalker - Episode II; Anakin Skywalker - Episode I) Por enquanto só tenho o Darth Vader, mas os outros não perdem pela demora.
E para quem não sabe o que é o conceito Star Wars, apresento-vos a versão simplificada :)

segunda-feira, setembro 13, 2010

quinta-feira, setembro 09, 2010

Minuete...

Há os que dançam o mambo horizontal... e há os que dançam o minuete :)

terça-feira, setembro 07, 2010

Catarse...

Sometimes, you need one.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Kids...


Vs.

Atenção: *SPOILER ALERT*
Eu percebo. Trazer um clássico para os tempos modernos, ganhar dinheiro com uma fórmula vencedora, ou simplesmente homenagear aquele que é o melhor executante cinematográfico de artes marciais de todos os tempos (Jackie Chan)... mas podia ser menos dececionante.
Não só porque a maior parte dos diálogos é tirada a papel químico do original, como a cena final, aquela que se destina a perdurar na eternidade, é completamente descabida. Não digo que deveria ser igual, mas perde-se o realismo. Ninguém conseguiu resistir ao avacalhanço tecnológico e criou uma cena que até fazia cair o queixo aos criativos das lutas do Matrix. Uma coisa que poderia ser tão simples e tão motivadora para os jovens que, inspirados por este filme, queiram aprender kung-fu, torna-se num exercício só possível nos jogos da playstation, ou então capaz de provocar a morte a quem o tentar executar. Enquanto nós, na altura do original Karate Kid, aproveitavamos qualquer oportunidade para imitar o derradeiro golpe do jovem Daniel LaRusso, temo que com esta cena ridícula comecem a aparecer por aí crianças de doze anos com os pescoços partidos ou lesões piores. O filme até tem cenas engraçada, algumas piscadelas de reverência ao filme original, mas fica mesmo muito na sua sombra. Outra cena que quebra toda a potencialidade do realismo inerente ao espírito original do filme é a subida à montanha onde se encontra a "fonte do dragão". Os adultos percebem que aquilo é uma forma do professor dar um alento extra ao seu aluno, fazendo-o pensar que aquela água é mágica, mas para as crianças, a quem este filme é dirigido (não aos adolescentes, como era o outro), ficam com a ideia que é preciso um aditivo para se chegar ao potencial do pequeno Dre. E se não houver "água do dragão", que aditivo irão usar? São estas pequenas divergências que fazem com que este Karate Kid contamine o espírito do primeiro, tornando-o não só um filme mais pobre, mas principalmente um filme emocionalmente mais vazio.
Já para não falar que o novo Karate Kid é aprendiz de... Kung-Fu!
Winner: Danniel LaRusso and Mr. Miyagi

quinta-feira, setembro 02, 2010

terça-feira, agosto 31, 2010

Eterno feminino...


Conheço cada vez mais felinas que se queixam de pensar demasiado. Para um homem, a pergunta que surge perante tal revelação é: “O que significa isso?”
A meu ver, é uma questão inerentemente feminina mas com uma justificação de âmbito nacional. A mulher portuguesa pensa demais. Não por ser mais inteligente que as outras, mas por ter demasiadas barreiras psicológicas. Desde logo barreiras sociais. A história do nosso país, pequeno, provinciano, católico e tacanho delimitou o pensamento vanguardista que motivou revoluções um pouco por toda a Europa ao longo dos séculos. E quando esse pensamento chegou, através da influência cultural de países como a França, a Inglaterra e, mais tarde, os EUA (que nos influenciaram muito mais do que os países ditos “latinos”, como a Espanha ou a Itália), recebemos também as suas regras contraditórias e hipócritas (típico das sociedades anglo-saxónicas) que confundiram ainda mais aquelas mulheres portuguesas que, um dia ou outro, vislumbraram um relance de emancipação. Dessas sociedades recebemos, simultaneamente, o excesso da libertinagem e a repressão abusiva dessa mesma libertinagem. Essa contradição assustou (e continua a assustar) muita gente, criando cada vez mais reações extremas e conceptualizações sociais que provocam pensamentos dúbios. Essas divergências extremas são um dos principais bloqueadores do pensamento feminino atual. Isto replica-se na difícil compreensão daquilo que separa uma mulher feminina de uma feminista, uma mulher responsável de uma mulher submissa, uma mulher forte de uma mulher intransigente, uma mulher segura de uma mulher dominadora, ou uma mulher que sabe ser mulher de uma que só quer ser a antítese masculina (ou, pior ainda, seu semelhante).
Por outro lado, a mulher portuguesa tem de gerir barreiras comportamentais. Confrontada com o aclamado “machismo” da sociedade portuguesa, a mulher tende a achar que precisa de conquistar o seu lugar, sobrepondo-se ao homem em todas as vertentes emocionais e mentais (quando não físicas), agregando uma responsabilidade e um peso sobre si que é demasiadamente insustentável, mas é considerado necessário como prova de que uma mulher aguenta tudo, tanto ou melhor do que os homens. Ironicamente, este recurso abusivo das suas capacidades, faz com que as mulheres tenham mais razões para se vitimizar o que, numa sociedade “machista”, dá muito jeito, nem que seja para fazer com que os homens fiquem ainda pior na fotografia. Este tipo de comportamento, leva a que o dia-a-dia da mulher seja penoso e caracterizado por um aglomerado de informações, deveres, tarefas e responsabilidades que deixa pouco espaço para digerir toda a informação de forma cadenciada, fluida e adaptada ao seu raciocínio, que é muito mais complexo do que os homens, dada a relação intrínseca entre as vertentes racionais e emocionais do cérebro feminino. Este bloqueio leva a que a mulher se sinta incapaz de tomar decisões rápidas, que a satisfaçam, provocando sempre um estado de ansiedade, insegurança e exaustão que, em muitos casos, provocam constantes depressões e crises existenciais. Neste caso, a mulher reflete insistentemente sobre o seu lugar no mundo e no meio social (seja ele pessoal ou profissional) onde se insere, sem nunca conseguir arriscar por medo de consequências que ela própria desconhece.
Outra barreira tem a ver com a educação. A mulher portuguesa atual ainda é um produto das suas avós, antes do 25 de Abril. E mesmo aquelas que nunca sentiram a ligação com esse tempo, sentiram com certeza os resultados do pós-25 de Abril. Porque a seguir à repressão, não veio a liberdade, veio o excesso. E como todos os excessos, teve consequências extremas. Onde uns abraçaram a incondicionalidade da nova era, outros construíram barreiras ainda maiores, porque a repressão, ainda que má, é mais segura e menos arriscada que a liberdade incondicional. Por isso, a mulher portuguesa também tem essa dupla vertente na sua educação. E quando falo em educação não me refiro apenas a relações diretas, entre pais e filhos. A educação é também aquela que se recebe das pessoas da mesma geração. Assim como fumar foi e é uma educação social, que em tempos distinguia as mulheres “socialmente emancipadas”, muitos outros exemplos também podem ser considerados educação social, como por exemplo o uso da pílula, o uso do preservativo, o uso de drogas, ou simplesmente o uso de piercings ou outras afirmações culturais e de moda (como, em tempos, a minissaia ou o biquíni). E enquanto umas assumiram as suas educações (qualquer que fosse a “escola”), outras revoltaram-se contra as regras impostas apenas por reação antagónica, por vezes sem rumo, sem referências e sem propósitos conscientes para passar às gerações seguintes. Essa diversidade de conceitos educacionais, essa falta de bases de aprendizagem própria, causa também uma miríade de condicionantes mentais que dificultam a perceção do que é certo ou do que é errado, do que é a sublimação da liberdade ou do que é abuso de liberdade. Neste caso, a mulher portuguesa põe em causa a sua própria condição de mulher, instigando-se quando acha que se entregou de mais ou de menos a uma situação, se sabe o que quer ou se anda à deriva, se procura algo concreto ou se se deixa levar pelas emoções e pelo acaso. E se a ocasião faz o ladrão, muitas vezes se questionam se, por seguirem os seus instintos, estarão a quebrar alguma lei.
Finalmente, as barreiras emocionais. Estas são as mais brutais. Emocionalmente, e aliado à evolução do conhecimento acerca da sexualidade feminina, a mulher atual caminha para uma tal complexidade que é cada vez mais difícil compreender-se a si mesma. Analisar uma emoção, um pensamento, um evento ou uma situação casual, torna-se cada vez mais complicado e moroso. Os pequenos problemas diários começam a tornar proporções cada vez maiores devido à complexidade de pensamentos necessários para os resolver. Essa falta de eficiência acaba também por contribuir para uma falência da sua perceção racional e emocional. Para além disso, o facto de querer estar sempre em cima de todos os assuntos e tentar gerir tudo aquilo que interfere com a sua vida (incluindo família, amigos, colegas, acidentes, premonições, eventos, medos, sonhos, inseguranças, memórias, passado, etc.), torna as suas reações ainda mais complicadas porque, muitas das vezes, umas decisões dependem das outras. Neste caso, decidir o que é mais correto, gerir as emoções inerentes às relações com os outros, ou compreender os sentimentos que definem uma relação de amor, paixão, amizade, etc, com todas as suas componentes emocionais, físicas, psicológicas e sexuais, torna-se ultra-complexo. Principalmente quando se percebe que os homens urbanos (porque nas regiões menos cosmopolitas a realidade é bem diferente, as mulheres sabem quem são e os homens também) estão cada vez mais básicos, mas virados para a sua aparência, mais superficiais. Será que tem a ver com o facto de as mulheres quererem sobrepor-se a eles em todas as situações, tirando-lhes o ímpeto masculino?
Estas observações são pessoais e, muito possivelmente, erróneas. Mas é esta a minha leitura com base naquilo que tenho lido, visto, conversado, vivido, analisado. Talvez daqui a uns anos a minha experiência de vida me permita ver as coisas de outra forma, mas nessa altura as mulheres que vou conhecer já estarão noutro patamar das suas vidas e os tempos já serão outros. De qualquer forma, esta análise serve apenas para condensar algum do conhecimento que venho adquirindo e para, a partir daqui, poder partir para outras ilações. É provável que esse caminho me leve a contradizer algumas destas teorias, ou talvez a confirmá-las. O que eu gostaria mesmo era de encontrar uma solução para os problemas das pessoas, principalmente as mulheres, que me rodeiam e que admiro. Porque a satisfação feminina é quase um milagre. O facto de um homem, um ser que se considera básico, conseguir satisfazer um outro ser de tal complexidade, é o epíteto da magia, da superação. Por isso é que os homens correm mais longe, mais rápido, mais forte. E por isso é que não se devem sobrepor valores. Porque se os homens virem que não precisam de correr, são os primeiros a acomodar-se.
A meu ver, é preciso simplificar, não ter medo de perder de vez em quando, não ter medo de ganhar de vez em quando, não ter medo de arriscar, não ter medo de tomar decisões sem pensar nas inúmeras variantes que daí podem resultar. Obviamente que este tipo de conselhos provém de uma mente masculina, básica, pragmática, que considera que a salvação feminina está na simplificação. Assim como uma mulher aconselharia um homem a ser mais complexo emocionalmente, a ser mais atento, a ser mais cauteloso, a ser mais consciencioso. Mas somos apenas dois sexos, opostos, contraditórios e o equilíbrio harmonioso não pode pender para nenhum dos lados. Está, como sempre estará, no meio. E no meio, está a união entre o sexo e o espírito.
I’m getting there.

segunda-feira, agosto 30, 2010

Inspira...


Este fim-de-semana tive uma das conversas mais inspiradoras da minha vida. Se há palavras que nos dão esperança e nos abrem o espírito, este foi um exemplo disso. Uma conversa sem tabus, sem medos, sem bloqueios. Apenas o prazer de dizer o que nos vai na alma e receber conhecimento que nos permite evoluir.
Ah, e tenho de ler este livro:

A noite de sexta-feira foi, no mínimo, radical. Estava mesmo... mesmo a precisar. (Nota mental: nunca mais fazer o percurso Benfica-Bairro Alto a pé antes de jantar. Experimentar fazer depois de jantar... para desmoer.)
A noite de sábado foi, no mínimo, antológica. Não há nada melhor do que uma casa cheia de gargalhadas e de bebedeiras que não acabam com camisolas amarelas. (Nota mental: riscar "beber um Syrah com mais de 10 anos" da lista de coisas a fazer antes de morrer.)
Ah, e vi um milagre a acontecer na Luz. Aliás, dois.

sexta-feira, agosto 27, 2010

Double dare...


Ontem foi noite de sessão dupla. Duas de seguida. Ménage à troi no cinema... não, não foi assim tão interessante.
A primeira tareia foi-me dada com maldade mas, assumo, por culpa minha. Eu sabia ao que ia, e ainda assim fui. O senhor Richard Kelly já me tinha deixado boquiaberto durante 2 horas com a bomba atómica que é Donnie Darko. Foi literalmente o filme onde eu só senti que estava a respirar quando acabou. Nunca vira filme tão estranho na vida. Vai daí, sabendo que o senhor voltara às lides da entranheza, ainda por cima metendo a Cameron Diaz ao barulho, dando-lhe finalmente um papel sério, sem ser apenas o de miúda gira e superficial, tinha de ver para crer. Vi. E, não fosse o intervalo, não teria pestanejado. Sem ser melhor que Darko, é uma história estranha que deixa um amargo de boca mais àspero que lamber uma lixa durante duas horas e depois, com a língua em sangue, mastigar pedras de sal embebidas em molho pesto.
Três ilações: Primeira: a história, baseada no conto "Button, Button", que já tinha sido apresentada num episódio da série Twilight Zone (podem ver aqui), é verdadeiramente estranha e cativante, mas é demasiado amarga, depressiva, negativa e não deixa nenhuma luz ao fundo do túnel. A mensagem é clara: a humanidade, pessoa a pessoa, vai-se condenando a si mesma. Não há redenção. Há apenas a lei do salve-se quem puder. E as prioridades só voltam a ter relevo na nossa consciência quando já não há saída. É uma mensagem que, numa altura de depressão global, nos deixa de rastos.
Segunda: a estranheza do filme é conseguida de várias formas, mas há momentos em que se torna um bocado ridículo, o que corta um bocado a emoção (nesses momentos não pestanejei, mas arqueei a sobrancelha).
Terceira: é curioso perceber quem é que carrega sempre no botão das diversas caixas e o que isso poderá significar. Para além disso, o nome da personagem principal feminina é "Norma".

Depois de um açoite destes, tinha de desanuviar a cabeça e voltar a acreditar que o mundo (mesmo que não seja este) pode ter salvação. Então refugiei-me no meu universo preferido, o da fantasia, e fui ver "O último airbender", de M. Night Shyamalan (sim, o mesmo do Sexto Sentido).
Tinha ouvido dizer que era um filme para pessoas com um Q.I. muito reduzido e receio ter de dar razão a essa crítica. Enquanto assistia ao filme em 3D (uma roubalheira que não vale a pena), só pensava como é que M. Night Shyamalan se tinha metido naquilo. Ele realizou o "Unbreakable", um dos melhores filmes sobre super-heróis de sempre e que se baseia no realismo da história, para que é que ele se foi aventurar num estilo que não lhe diz nada? Para além de coisas ridículas como todos os figurantes serem asiáticos e as personagens principais (supostamente das mesmas tribos que os figurantes) serem todas caucasianas ou indianas (excepto o pequeno avatar, que é perfeito para o papel, diga-se de passagem). Ou seja, aquele filme podia ter sido realizado por um gajo qualquer. Não se vê ali M. Night Shyamalan em lado nenhum, a não ser no seu já habitual "cameo" à la Hitchcock.
De qualquer forma, serviu para elevar o espírito e conseguir dormir mais ou menos descansado.
Só não posso é ver botões à minha frente...

quarta-feira, agosto 25, 2010

Dispensáveis...


A curiosidade era muita. Saber o que ia resultar da junção de um elenco com mais testosterona do que o Hulk na Primavera.
E não defraudou. Apesar do conceito ser totalmente ridículo (os maus, afinal, são bons, mas são dizimados à mesma), a acção é mais que muita e há cenas de pancadaria incríveis, principalmente aquelas protagonizadas pelo melhor actor de acção da actualidade, Jason Statham. Comparado com este, até o Jet Li parece acabado.
Para além disso, ver Randy Couture e Steve Austin à fruta é um pequeno mimo para todos os fãs do UFC (também com a aparição dos irmãos Nogueira) e da WWE, com a gentileza de não deixar sair o derrotado pela porta pequena.
E a participação de Arnold é de chorar a rir. Stallone, Arnold e Bruce Willis na mesma cena. É de antologia.
Curiosamente, a "alma" destes heróis dispensáveis é Mickey Rourke. Bem jogado.
A verdade é que Stallone nunca comprometeu na realização dos seus filmes (com destaque para o último Rocky), dando-lhe sempre uma densidade emocional e uma personalidade muito própria. Mas, desta vez, a sua cara tem demasiada "acção" para se conseguir aguentar nos ecrãs. Ou então o cirurgião plástico dele é descendente do Picasso.
Um filme de acção old school, que representa uma homenagem a alguns dos seus principais interpretes (com as faltas assinaldas pelos espectadores presentes na sala de Van Damme e Chuck Norris).

terça-feira, agosto 24, 2010

"I'm your ghost"...


I was a ghost writer, once upon a time. Not cool, not cool at all.
Há uma cena em que o "escritor fantasma" tem de escrever/inventar um comunicado para os media. Aquilo que Ewan Mcgregor pede para a secretária do seu cliente fazer reflecte exactamente aquilo por que passei. «Write this: "I have always been a passionate - no, scrub that. I've always been a strong - no, committed! - supporter of the work of the International Criminal Court." Was he?» Pois, tough job.
O filme é típico Polansky. Um thriller nas entrelinhas, com diálogos que não se levam muito a sério e com um twist final que deixa aquele sabor amargo na boca, mostrando a realidade de que os bons nem sempre ganham. Um enredo demasiado político para meu gosto mas, como sempre, dei mais atenção aos detalhes do que à "big picture". E que belos detalhes. A cena da bicicleta é de génio.

segunda-feira, agosto 23, 2010

Ste(e/a)l...

My super watch from El Felino on Vimeo.


A Fossil lançou-o para pouco tempo depois o tirar do mercado. Não devem haver muitos por aí a funcionar. É uma verdadeira raridade... só para quem tem nervos de aço.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Por falar em rabinhos...

SHOWstudio: The Fashion Body - Buttocks from SHOWstudio on Vimeo.


Peço desculpa, meninas, mas este é o meu diário... é sempre um risco ;)

quinta-feira, agosto 19, 2010

Legos...


Preciso de férias destas férias. Mas é isso que faz com que 15 dias pareçam 1000.
Rescaldo: belos rabinhos, este ano :)

sexta-feira, julho 30, 2010

Água doce...

E agora deixo-vos durante 15 dias com água na boca :)

Vou ali e já venho.
Cheers!

Hoje, sinto-me feio...


Tive o prazer de ter aulas de teatro com o António Feio. Mas apesar de não ter sido durante muito tempo, tive uma oportunidade fantástica de me apresentar a ele. No primeiro ou segundo dia de ensaios, estavamos todos reunidos no palco a ouví-lo falar sobre os exercício que iriamos fazer durante aquela sessão. Alguns de nós já tínhamos experiência teatral, outros não. Depois de alguns minutos a ouví-lo, levantámo-nos. Nesse momento, ele disse: "Espalhem-se." E eu atirei-me para o chão com estrondo. Espalhei-me. Ele continuou muito sério e, com uma voz muito serena, disse-me: "Tu deves ser o palhaço do grupo." E eu, a partir daí, soube que o tinha marcado para sempre.
Ou talvez não.
De qualquer forma, ele foi sempre inspirador e, sem dúvida, um dos grandes actores cómicos que este país já teve e deixa um legado extraordinário quer no teatro, no cinema e na televisão. Foi uma pena que tenha perdido esta batalha. Haveria muito mais para fazer.
A última mensagem que deixou, presente no trailer do filme "Contraluz" faz pensar. E faz pensar não só porque é um lugar comum, dito sobretudo por aqueles que começam a ver que não têm mais tempo para "aproveitar a vida", mas acima de tudo porque nos faz questionar sobre o que é "aproveitar a vida ao máximo". O que significa isso? Significa que não nos devemos deixar prender por nada? Que devemos satisfazer todos os nossos desejos e loucuras? Ou, pelo contrário, significa procurar o bem-estar, a plenitude, o conformismo?
Prefiro não pensar muito nisso e lembrar-me acima de tudo das palavras que ele me dirigia nesses saudosos ensaios no Teatro de Benfica: "Se não fosses tão bonito, tinhas talento para seres meu filho." (...talvez não tenham sido bem estas palavras...)
Obrigado, António.

quinta-feira, julho 29, 2010

M.o.k.


Ontem estava muito Hot, para um Mok (Man On Kitchen) fazer Wok.
But he did it!

quarta-feira, julho 28, 2010

O poder de uma ideia...


Que filme genial! (se não viram e querem ver, é melhor não lerem o texto que se segue...)
Desde "Memento" (e sem esquecer os magníficos quadros épicos de Batman) que Christopher Nolan não tinha um momento de poesia cinematográfica tão puro e, ao mesmo tempo, tão complexo. Este é o tipo de filme que eleva o cinema ao seu expoente máximo. Claro que uma demanda desta significância tem as suas lacunas, mas nada subtrai ao prazer enorme que é ver e decifrar cada momento desta películoa, até ao último segundo (que me fez salta da cadeira com um arrepio e um sorriso nervoso de incredibilidade e reverência à genialidade do conceito). Como se diz na própria história, "uma simples ideia que muda tudo."
E é de ideias que se fala. Ideias, sonhos, realidade, vida e amor. É daqueles filmes que sobrevive durante o intervalo em jogos de adivinhação, leituras, análises, discussões, e se prolonga para além da ficha técnica e da sala de cinema, principalmente se formos dormir a seguir.
Mais do que incidir sobre até onde podemos influenciar os outros, o título original permite a dualidade de leitura que é: até onde nos podemos influenciar a nós mesmos? É essa parte que me faz arrepiar. As ideias que implantamos na nossa mente têm mais força do que aquelas que tentamos implementar nos outros. As nossas memórias, a racionalização das nossas emoções, os nossos desejos, os nossos medos, são muito mais difíceis de controlar do que qualquer ideia que seja exterior a nós, que não tenha nada onde se "colar". Mas, por vezes, essas ideias surgem na nossa consciência sem que tenhamos uma percepção de como foram lá parar. Na vida real isso é assustador. Neste filme, isso é magnífico.
Este é um filme que nos faz questionar a nossa essência, a nossa mente e a nossa própria existência. Um filme com várias histórias pararelas magistralmente geridas, com sequências originais nunca antes vistas e um sentimento profundo de que se está a contar uma história inteligente (sem ser intelectualóide), que toca a todos e que nos faz pensar muito, muito mesmo, sobre quem somos, como somos e o que influencia a nossa forma de pensar e ver o mundo que nos rodeia. Mas não só...
"Se eu te disser para não pensares em elefantes, qual é a primeira coisa em que pensas?"

terça-feira, julho 27, 2010

Verão...


Chavala, não faças a mala
Espera pela Primavera
E no Verão, das flores lilases,
Anda chavala, vamos fazer as pazes

Não chores mares e cascatas
Virão novas serenatas,
e o Sol voltará a brilhar,
num rés de chão ou num terceiro andar

Chavala, chavala

Se às vezes pensares em mim
Eu sei, eu vou pensar em ti
E havemos de nos encontrar
Mas agora resta-nos sonhar

E se eu sair da prisão
Com uma pistola de sabão
Se tu estiveres com alguém
Eu vou chorar e chamar pela minha mãe

Chavala, chavala

by Irmãos Catita

quinta-feira, julho 22, 2010

terça-feira, julho 20, 2010

Dia do amigo...

A amizade, tal como todas as outras emoções, não tem apenas uma definição. Hoje, para celebrar o dia internacional do amigo, lembrei-me desta:

Cheers, friends of the zone! :)

segunda-feira, julho 19, 2010

Pic-nic...


Há muito tempo que não pic-nicava...